sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Rio acordou em chamas


A Cidade Maravilhosa acordou cedo, em muitos lugares teve gente que não dormiu. A população assustada enfrenta mais um desafio: Sobreviver nesse mundo vil.



O céu azul tornou-se escuro. A fumaça densa escondia o brilho. A cidade das gentes queria uma explicação. Mas tudo o que ouvíamos eram muitos tiros e confusão.


O Rio acordou em cinzas e das janelas dos olhos vi blindados nas ruas. Muitos repórteres e polícias. Por toda a parte carros pegando fogo. O povo heróico queimava terra. Até parece, que estávamos em guerra.


O Rio acordou de um sonho, a cidade do samba, tinha outra música. A Cidade luz, Cidade do Cristo, do Pão de açúcar, cidade das praias e do calçadão. Agora... Era tudo ilusão.

Cidade Sede. Cidade Luz. Na penumbra da noite, sombras. Nas pinceladas do artista a nossa existência tornou-se drama. O Rio de Janeiro acordou em chamas.



O Rio acordou cedo trazendo de volta o nosso medo. A cidade cheia de cor e de encantos mil era agora um imenso mundo vil.




Só nos resta esperar, que tudo volte ao seu lugar e que na Cidade do mar a PAZ volte a reinar!

Marion Vaz

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fruto Proibido

Lá está ela, no meio do jardim!
Formosa e carregada de frutos.
Parecem tão belos, desejo sentir o aroma.

Passo a passo chego mais perto
Como se algo me atraísse. Talvez não sejam assim tão ruins.
A falsa amiga também está lá, ela me observa,
Sorri como se dissesse: Não tem nada de mais em ver!




Chego mais perto, mais...
Perto demais.
A cor vibrante me cativa, preciso tocar, preciso...




Olho a minha volta, não há mais ninguém.
Ninguém para me criticar, ninguém para me acusar.

Rasteira, a serpente caminha a minha volta,
E destila o seu veneno cruel: Pegue! É seu! Não queres ser igual a Deus?

Envolvente, deslumbrante, lá está ele: O fruto proibido!
As minhas mãos o tocam, deslizam sentindo a leveza,
O aroma me atrai e meus lábios o desejam. Coma! Sinta o sabor!

A razão falha, as Ordenanças desaparecem encobertas por uma névoa. Não posso mais resistir à tentação! Pensa a Bela do Édem.

Na primeira mordida a inocência se esvai,
E o desejo toma forma de...
Pecado!



Marion Vaz

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Luz na Escuridão


Jesus define uma das principais características do crente: “vós sois a luz do mundo”
(Mateus 5. 14).




Imagino que ser luz implica que alguém está em trevas, tateando, perdido, até mesmo esquecido em meio a uma escuridão espiritual. A luz deve dissipar as trevas ao redor do pecador, que uma vez iluminado, tenha entendimento para encontrar o Caminho da salvação.

Essa é a grande responsabilidade diante de Deus porque as trevas são densas. Requer um compromisso de dar um testemunho verdadeiro diante da sociedade, para que o nome do Senhor seja glorificado e não envergonhado. Aquele que pratica as mesmas obras do descrente tem a mesma serventia que uma lâmpada queimada. A luz que há nele são trevas (Mt 6.23).

Ao optar em ser nova criatura, o homem começa seu processo de santificação. Suas atitudes devem concorrer para a paz e a harmonia por onde quer que passe. Jesus afirma que a luz deve estar no velador, acima de todos, para que possa clarear e ser vista por todos.

A Bíblia relata a história de dois homens que davam exemplo de retidão e sabedoria: José e Daniel. Homens íntegros e tementes a Deus, contra os quais “não se podia achar ocasião ou culpa alguma”. Que exemplo a ser seguido! Parafraseando, eram como cidades erguidas sobre os montes, cidades que não se podiam esconder. Cidades que se destacavam na paisagem. E é isso que se espera do bom cristão, que possua características que se destaquem no dia a dia.

Um bom testemunho por parte do crente inibirá o descrente a ponto de controlar suas palavras e atitudes na presença do servo de Deus.


Visão Turva

Mas como iluminar se a luz é fraca ou pior: nula? Como perceber que a luz não faz mais efeito algum sobre o pecador?

A resposta é simples: Quando o crente se esconde e quer passar despercebido (Mt 5.15). Quando é tido como mais um no meio da multidão e ninguém sabe que ele é crente! Quando comete pecado e não sente mais a presença do Espírito Santo de Deus. Quando as atitudes passam a ser iguais ou piores que as do descrente. E existem sim pessoas que se enquadram nessa situação! Às vezes, usando o bom e velho ditado popular, queremos “tapar o sol com a peneira” e os maus exemplos ficam por aí, perambulando pelas corredores das igrejas!

Quando a luz é fraca, a visão fica turva e não pode mais fazer diferença entre o que é certo ou errado. E no pior dos casos acham-se desculpas para tal procedimento.

Ficamos estarrecidas diante do crescente número de pessoas que não demonstram uma conversão genuína. Não basta apenas induzir o pecador a Cristo. É preciso conduzi-lo, estruturar na fé e na palavra para que não se tornem presas fáceis do diabo. A tendência humana é deixar-se influenciar pela maioria e ser luz deixa de ser essencial para agradar aos amigos. O perigo dessa flexibilidade é a gangorra espiritual. O cogitar entre dois pensamentos, um desequilibro que gera a morte.


“Que comunhão tem a luz com as trevas?” Pergunta o apóstolo Paulo aos coríntios (6.14).



A Luz Domina as trevas

Certo comentarista querendo ser eloqüente em seu discurso disse a seguinte frase aos seus ouvintes: A luz briga com as trevas!

Esse mesmo pensamento induz muitas pessoas a uma guerra espiritual contínua quando na verdade a Luz domina sobre as trevas! Basta acender uma lâmpada num determinado ambiente para que ele fique claro.

E na vida espiritual também. A Luz prevalece! Não há motivo para um impasse, para constrangimentos, para empate com se fossem “mocinho e bandido” brigando, como nos filmes da TV.

A luz que se transmite deve ser um farol na vida daqueles que estão em trevas. Consciente dessa responsabilidade, Tiago descreve em sua epístola: “aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados” (5.20).


Marion Vaz

terça-feira, 9 de novembro de 2010

ENEM - Exame Nacional de Ensino Médio


Criado em 1998 para avaliar a qualidade geral do Ensino Médio em todo país, o objetivo do Enem é orientar as políticas educacionais do Brasil. Muitas faculdades e universidades usam a nota do Exame Nacional em seus processos seletivos.



Mas o Enem perdeu sua funcionalidade quando passou a ser uma “ponte” para uma vaga na faculdade. Em decorrência disso, nos últimos anos, N cursinhos preparatórios vem surgindo numa proporção tal, que se tornou mais lucrativo (penso) que uma quantidade mínima de candidatos seja aprovada, para terem no próximo ano, as matrículas renovadas!

A exposição de nomes de alunos qualificados não me parece suficientemente uma vitória, em virtude do contingente de alunos com pontuação inferior ao estipulado para passar no Enem. Parece-me absurdo que o estudante brasileiro tenha que se submeter a esse tipo de vexame!

O ideal seria que ao concluir o Ensino Médio, o estudante já tivesse vaga garantida numa faculdade do Governo. Caso optasse pelo ensino particular, aí sim deveria prestar exame, mas nas modalidades que mais se adequasse a sua escolha profissional! Não vejo razão para fazer prova de química, por exemplo, se vai fazer Jornalismo! Por que fazer prova de física (mecânica) se optou em cursar História? Não que não sejam diciplinas importantes! Abençoados aqueles que tem vocação para Química Quântica e Física Nuclear!

* Só esse ano cerca de 4,6 milhões, entre jovens e adultos inscritos para as provas do Enem. A distribuição das provas pelo Correio custaria em torno de 18 milhões informou o Ministério de Educação. Uma das gráficas ofereceu o serviço de impressão por 65 milhões de reais. No total MEC afirmou que o gasto previsto com o Enem deste ano seria de 178,4 milhões. Ano passado (2009) totalizou 162 milhões.

Além de todo stress, os candidatos precisaram suportar o desconforto de algumas unidades, o deslocamento – muitos candidatos tiveram que enfrentar verdadeiras maratonas para chegar ao local da prova.


Em uma das unidades, a temperatura ambiente da sala onde foi realizado o exame, podia ser comparada com a de um freezer.

Do lado de fora das unidades, verdadeiros “covis de salteadores”: uma caneta preta comum (que poderia custar apenas 0,60 em qualquer lugar) foi vendida a R$ 2,00; biscoitos e chocolates com preços acima da tabela.

E o que falar das provas? O candidato que deseja uma das vagas na Faculdade precisa, num tempo Record, analisar e interpretar um a um os textos apresentados (ao todo 180) e pensar na resposta correta.



E sem falar que a exposição de muitos dos textos são de caráter informativo. Um sistema que deveria auxiliar o candidato acaba por se transformar numa “câmara dos horrores” à medida que se aproxima o término do Exame.

O que observamos é a total desconsideração do Ministério de Educação, que ano após ano submete os nossos filhos a esse tipo de “guerra” onde o cadidato que está sentado ao seu lado passa a ser visto como adversário: "Ou eu ou ele!"

Milhões de reais foram utilizados na elaboração e produção das provas, transporte, segurança, pessoal de apoio (estamos falando de um número elevado de pessoas que trabalham nos dias das provas, como orientadores, mesários e secretários e todos recebem por isso), E quanto não se ganha com a arrecadação de inscrições por parte daqueles que não estão cursando o Ensino Médio, mas desejam se aventurar nessa empreitada? E repito: Ano após ano!

Após obter, a um custo alto, a tão sonhada pontuação, começa outra maratona, conseguir através do Pro Uno uma vaga disponível na Faculdade. Vaga que será disputada por dois ou mais “gabaritados”. Conclusão: Uma verdadeira “corrida pelo ouro”. Pergunto: O que acontece com o aluno que passou no Enem, mas foi rejeitado na hora da matrícula? O que esperar de um sistema educacional que deveria suprir a necessidades dos alunos facilitando o ingresso numa Faculdade?

Como a nota também é utilizada por pessoas com interesse em ganhar pontos para o Programa Universidade para Todos (ProUni), a idéia que eu tenho do Exame Nacional de Ensino Médio é de um exame seletivo, mas não é do tipo que passa aquele que sabe, mas aquele que suportou todas as pressões emocionais e conseguiu acertar a resposta!


Alguém poderia dizer: Nem todos são qualificados por isso não passam! Mas se eles estão a dois passos de obter o certificado de conclusão do Ensino Médio, como não são qualificados? Outra coisa estranha: A prova é realizada ANTES do final do ano, portanto antes do aluno concluir o Ensino Médio. Deve ser por isso que tivemos essa enxurrada de inscrições! Quantos bons alunos ficarão para trás? O que vai acontecer com eles? Pra onde vão? Quantos exames vão ter que enfrentar para conseguir essa bendita vaga?

A nossa Constituição defende o direito a todos de estudar, isso é louvável! Onde estão as faculdades do governo com Ensino Superior gratuito? E o que não falta no Brasil é dinheiro! Eu já percebi que quando falam em desfalques, propinas, facilitações, super faturamento, gastos, etc., todo o cálculo é feito em milhões, nunca num mísero e único real! Os nossos governantes deveria se preocupar em formar bons profissionais, mas não apenas em Cursos Técnicos (o que eu valorizo muito), mas também em Ensino Superior.

Outra coisa que eu também não entendo são os Concursos Públicos. Novamente vemos N cursinhos preparatórios abarrotando as páginas dos jornais. Esses concursos não deveriam ser apenas para pessoas desempregadas? E que tal se o número de inscrições fossem compatíveis com a quantidade de vagas? Mas isso não acontece. São milhões (essa palavra nos persegue!) de inscritos para 200 (duzentas) vagas, por exemplo. E às vezes, parte das vagas é para cadastro de RESERVA! E adivinhem! O cadastro de reserva em muitos casos só dura seis meses, no máximo um ano!

Nessa brincadeira quanto entra para os cofres públicos?! Anh! Milhões! E quantos desempregados continuam engrossando as colunas numéricas das Estatísticas? Alguém arrisca um palpite? Milhões! Se a pessoa já tem carteira assinada por que insiste em prestar concurso público? Mas tem aquele lance dos “direitos iguais”, então voltamos ao velho dilema: Quanto mais pessoas inscritas mais dinheiro em caixa! Por que tudo tem que virar um negócio vantajoso para alguém?

E já que estamos divagando sobre o assunto, porque não há vagas de trabalho para pessoas na faixa etária de 40 a 50 anos? Por que somos excluídos do mercado de trabalho? A maioria das vagas é específica para pessoas até 35 anos! Existem programas para inclusão de aposentados e pessoas da maior idade no mercado de trabalho, mas não tem nada para os “quarentões”! Ufa!

E agora voltando ao assunto... É claro que no final desse artigo, eu não poderia deixar de felicitar os verdadeiros milionários do Enem: os candidatos aprovados!

A vocês, meus caros amigos, as minhas mais sinceras congratulacion porque vocês merecem!

Mas é com tristeza que recebi a notícia que depois dessa maratona toda e todos esses gastos e dois dias consecutivos, sentados numa cadeira (horrorosa) por mais de cinco horas (ao todo 10), o Exame Nacional de Ensino Médio pode ser cancelado por causa de... “problemas no cartão resposta”. Como dizia uma atriz de telenovelas: “Não é brinquedo não!”


Marion Vaz

* Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vestibular
http://oglobo.globo.com/educacao/vestibular

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A Difícil Arte de Ensinar



















Tecnicamente existem métodos que facilitam o aprendizado: objetivos, conteúdo, procedimento e recursos. Mas aprender também requer planejamento por parte do professor e motivação por parte do aluno. Requer tempo e dedicação.

O tempo disponível é que vai definir se alguém alcançará ou não os seus objetivos. A dedicação, o esforço físico e mental também concorrerá para a tão sonhada vitória.


O professor deve ser o modelo que inspira o crescimento mental e intelectual do aluno. Ele é o fazedor de sonhos. O perfil psicológico do professor influi de forma considerável na aprendizagem. E aqueles que adotam uma postura democrática certamente terão mais rendimentos.


Todos os seres humanos têm necessidade de aprender. Não uma mera memorização de dados e equações. Seja através do método individual ou em grupo, é o professor o canal, o veículo para transmitir as informações.





 O perigo está naqueles que perderam a vocação e ao longo dos anos acabam prejudicando o futuro do educando. Mas o mestre vai direcionar cada aluno em suas atividades, descobrindo talentos, valorizando o potencial de cada um e aliados a família, sociabilizando-os como elementos indispensáveis em nosso país.

E o que esperar do educador religioso? Quanta responsabilidade! Para ensinar a Palavra de Deus deve haver dedicação diz o apóstolo Paulo aos romanos (12.7). “Fazer discípulos é tornar alguém tão apto quanto o é o mestre”, explicou o pastor Antonio Gilberto num seminário de evangelismo.

Na vida espiritual a motivação para aprender ou ensinar depende do amor que se tem a Deus e do quanto se deseja agradá-lo. No livro de Josué encontramos os seguintes ensinamentos acerca da Palavra de Deus:

“Não te aparte da tua boca, o livro dessa Lei, antes medita nela dia e noite para que tenhas o cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito” (Js 1.8).




O melhor conteúdo está nas Sagradas Escrituras. O procedimento correto é meditar nela o tempo que for necessário, pois ela é o baluarte contra o erro. O salmista já declarava o seu amor: “Oh!Quanto amo a tua Lei” Salmo 119.94

O Educador cristão precisa de requisitos básicos como preparo intelectual, maturidade emocional e espiritual. Educar é mais do que limitar-se ao tempo e espaço da sala de aula, diz o pastor Miguel Vaz em sua obra Caminhos para os Jovens. O professor não medirá esforços para alcançar seus objetivos.

Aprendendo com os próprios erros

Quanto aos alunos, para aprender é preciso humildade para submeter-se aos métodos do educador. É preciso dispor de tempo e energia para assimilar a lição. Mas existem aqueles que preferem aprender com dificuldade, com seus próprios erros. Encontramos vários personagens na história bíblica que seguiram por esse caminho.

A decisão do filho pródigo em abandonar a casa de seus pais para morar em outra cidade, também lhe custou toda a fortuna e a saúde. Aprender com os próprios erros causou constrangimento e ele teve que voltar para casa para pedir perdão.

A insubmissão também pode ser sutil como no caso dos discípulos sobre perdoar alguém. Limitar o perdão apenas em sete vezes seria o suficiente, embora Jesus ordenasse que um número maior demonstrasse a capacidade de suportar seu opressor.

Às vezes, o educando não quer abrir mãos de seus próprios conceitos. É o professor que tem obrigação de mostrar a diferença entre o que é mais fácil e o que é realmente certo.

O jovem rico também tinha aprendido os Mandamentos e os cumpria desde a mais tenra idade. No entanto, o apego aos seus bens não lhe permitiu aprender um pouco mais para se tornar uma pessoa melhor.

Aprendendo com Jesus

Ao iniciar seu ministério Jesus adotou uma postura simples. Falava do reino de Deus e ensinava por parábolas. Utilizava-se do cotidiano para ministrar valores espirituais.

Se para ensinar é preciso dedicação, para aprender é preciso desprendimento como fez Maria ao assentar aos pés de Jesus para ouvi-lo. Como os doze discípulos que seguiam seu mestre aonde quer que fosse. É abrir o coração como fizeram aqueles dois homens no caminho de Emaús. É procurar Jesus a noite se não houver como fazê-lo em plena luz do dia a exemplo do fariseu Nicodemos. É reconhecer nele um profeta como naquela simples conversa com a mulher samaritana. Jesus continua insistindo: “Aprendei de mim...”




O Educador tem diante de si uma grande responsabilidade: O educando.




São os futuros grandes homens da nossa nação, que optarão em serem arquitetos, médicos, jornalistas, agentes sociais, juízes, advogados, vendedores, políticos ou mestres. Atuarão em várias áreas administrativas e jurídicas e nas diversas camadas sociais.



Se desejamos um país melhor temos que investir na educação de nossos jovens e adolescentes.







No sentindo religioso teremos professores de Escola Dominical mais dedicados, mestres que ensinarão a outros, doutores da Lei, ministros e pastores. Seremos abençoados com a prontidão e a gentileza de porteiros, obreiros e diáconos.

Àqueles que ousaram seguir por essa longa estrada a fim de promover o crescimento intelectual dos seus alunos, uma palavra de ânimo: A difícil arte de ensinar é um dom que Deus concedeu a pessoas que não vão desistir diante das dificuldades.


Marion Vaz

segunda-feira, 1 de novembro de 2010



Dilma Rousseff

É a mulher brasileira entrando para a História.

A Primeira Mulher Presidente do Brasil

Identificando o Cristo

Segundo os estudiosos da Bíblia, ao cumprir seu ministério terreno Jesus confirma sua natureza divina através de pregações, curas e milagres. A multidão que o seguia recebia além do perdão dos pecados, a cura para suas enfermidades. Os discípulos eram testemunhas dos seus feitos.

Mas em certo momento Jesus surpreende-os com uma indagação: Que dizem os homens ser o Filho do homem? (Mateus 16.13). O que queria o Jesus com tal pergunta? Seus atributos divinos não lhe permitia conhecer todos os pensamentos dos homens? Sabia quando estavam sofrendo (Mt 17.17), com medo (v 7), sem fé (Mc 4.40), quando os curava (Lc 8.46). Ele conhecia suas necessidades (Mt 6.25), suas dúvidas, enfermidades e angústias (Lc 7.13).

O que nos dá a entender que Jesus queria mais do que uma simples declaração. Observemos a pergunta feita a Bartimeu: O que queres que eu te faça? E o que dizer da pergunta feita a Filipe antes da multiplicação dos pães e peixes: Onde compraremos pão para estes comerem? E aos fariseus indagou: É lícito fazer o bem no Shabat?

Tanto os conhecia que fazia afirmações quanto ao seu caráter (Mt 23.27), bondade e fé (Lc 7.9) e dignidade (Jô 1.47). Além disso, também era conhecido de todos. O príncipe Nicodemos chamou-o Mestre (Jô 3.2), para a mulher samaritana era um profeta (Jô 4.19) e para o cego Bartimeu era o Filho de Davi (Lc 18.39). Tais afirmações representavam declarações de fé.

Visão Humana

Mas o que responderiam os discípulos? Atônicos disseram o que já tinham ouvido da multidão que seguia por toda a parte: Alguns dizem que és João Batista, outros dizem que és Elias. Há quem diga que és Jeremias!

Quando os homens andavam a certa distância de Jesus perdiam a referência e passavam a vê-lo como uma pessoa comum, no máximo um profeta. E Jesus sabia disso. Alguns apenas ouviram falar dele, de seus feitos, mas não queriam o compromisso de segui-lo.

Essa visão humana que tinham a seu respeito não era novidade para Jesus. O que ele queria era provocar os discípulos, queria uma declaração autêntica daqueles homens que seguiam ao seu lado há tanto tempo. Homens que ouviam a sua voz. Estariam eles receptivos aos seus ensinamentos? Mediante tais declarações, Jesus interrompe os comentários dos discípulos fazendo outra pergunta agora num sentido mais pessoal. Queria a opinião deles: E vós? “Quem dizeis que eu sou?”

Visão Espiritual

Um grande silêncio envolveu a todos. Provavelmente eles se entreolham procurando palavras para descrever o seu Senhor. O que poderiam parafrasear a respeito de Jesus que já não tivessem dito e ouvido: Mestre? Homem de Nazaré? Homem da Galileia? As palavras faltam.

Pedro, desinibido e impulsivo que era, quebra o silêncio para falar em nome dos demais. Queria expor seus sentimentos, como naquela noite de mar agitado, quando pediu a Jesus que fosse ter com ele andando por cima das águas (Mt 14.28).

No momento em que muitos dos discípulos abandonaram a caminhada com Jesus, este perguntou se eles também queriam deixá-lo. É Pedro quem faz a mais linda das declarações: “Para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna!” (Jo 6.68).

Agora, aquele discípulo cuja imagem seria marcada por uma negação: "Não o conheço!" é quem responde a inesperada pergunta de Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!”. A resposta alegra tanto o mestre, que de imediato faz dela a Verdade na qual edifica a sua Igreja que se formaria nos anos subseqüentes, da qual as portas do inferno não prevaleceriam contra ela.

E vós que dizeis a respeito desse Jesus?


Marion Vaz