Tecnicamente existem métodos que facilitam o aprendizado: objetivos, conteúdo, procedimento e recursos. Mas aprender também requer planejamento por parte do professor e motivação por parte do aluno. Requer tempo e dedicação.
O tempo disponível é que vai definir se alguém alcançará ou não os seus objetivos. A dedicação, o esforço físico e mental também concorrerá para a tão sonhada vitória.
O professor deve ser o modelo que inspira o crescimento mental e intelectual do aluno. Ele é o fazedor de sonhos. O perfil psicológico do professor influi de forma considerável na aprendizagem. E aqueles que adotam uma postura democrática certamente terão mais rendimentos.
Todos os seres humanos têm necessidade de aprender. Não uma mera memorização de dados e equações. Seja através do método individual ou em grupo, é o professor o canal, o veículo para transmitir as informações.
O perigo está naqueles que perderam a vocação e ao longo dos anos acabam prejudicando o futuro do educando. Mas o mestre vai direcionar cada aluno em suas atividades, descobrindo talentos, valorizando o potencial de cada um e aliados a família, sociabilizando-os como elementos indispensáveis em nosso país.
E o que esperar do educador religioso? Quanta responsabilidade! Para ensinar a Palavra de Deus deve haver dedicação diz o apóstolo Paulo aos romanos (12.7). “Fazer discípulos é tornar alguém tão apto quanto o é o mestre”, explicou o pastor Antonio Gilberto num seminário de evangelismo.
Na vida espiritual a motivação para aprender ou ensinar depende do amor que se tem a Deus e do quanto se deseja agradá-lo. No livro de Josué encontramos os seguintes ensinamentos acerca da Palavra de Deus:
“Não te aparte da tua boca, o livro dessa Lei, antes medita nela dia e noite para que tenhas o cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito” (Js 1.8).
O melhor conteúdo está nas Sagradas Escrituras. O procedimento correto é meditar nela o tempo que for necessário, pois ela é o baluarte contra o erro. O salmista já declarava o seu amor: “Oh!Quanto amo a tua Lei” Salmo 119.94
O Educador cristão precisa de requisitos básicos como preparo intelectual, maturidade emocional e espiritual. Educar é mais do que limitar-se ao tempo e espaço da sala de aula, diz o pastor Miguel Vaz em sua obra Caminhos para os Jovens. O professor não medirá esforços para alcançar seus objetivos.
Aprendendo com os próprios erros
Quanto aos alunos, para aprender é preciso humildade para submeter-se aos métodos do educador. É preciso dispor de tempo e energia para assimilar a lição. Mas existem aqueles que preferem aprender com dificuldade, com seus próprios erros. Encontramos vários personagens na história bíblica que seguiram por esse caminho.
A decisão do filho pródigo em abandonar a casa de seus pais para morar em outra cidade, também lhe custou toda a fortuna e a saúde. Aprender com os próprios erros causou constrangimento e ele teve que voltar para casa para pedir perdão.
A insubmissão também pode ser sutil como no caso dos discípulos sobre perdoar alguém. Limitar o perdão apenas em sete vezes seria o suficiente, embora Jesus ordenasse que um número maior demonstrasse a capacidade de suportar seu opressor.
Às vezes, o educando não quer abrir mãos de seus próprios conceitos. É o professor que tem obrigação de mostrar a diferença entre o que é mais fácil e o que é realmente certo.
O jovem rico também tinha aprendido os Mandamentos e os cumpria desde a mais tenra idade. No entanto, o apego aos seus bens não lhe permitiu aprender um pouco mais para se tornar uma pessoa melhor.
Aprendendo com Jesus
Ao iniciar seu ministério Jesus adotou uma postura simples. Falava do reino de Deus e ensinava por parábolas. Utilizava-se do cotidiano para ministrar valores espirituais.
Se para ensinar é preciso dedicação, para aprender é preciso desprendimento como fez Maria ao assentar aos pés de Jesus para ouvi-lo. Como os doze discípulos que seguiam seu mestre aonde quer que fosse. É abrir o coração como fizeram aqueles dois homens no caminho de Emaús. É procurar Jesus a noite se não houver como fazê-lo em plena luz do dia a exemplo do fariseu Nicodemos. É reconhecer nele um profeta como naquela simples conversa com a mulher samaritana. Jesus continua insistindo: “Aprendei de mim...”
O Educador tem diante de si uma grande responsabilidade: O educando.
São os futuros grandes homens da nossa nação, que optarão em serem arquitetos, médicos, jornalistas, agentes sociais, juízes, advogados, vendedores, políticos ou mestres. Atuarão em várias áreas administrativas e jurídicas e nas diversas camadas sociais.
Se desejamos um país melhor temos que investir na educação de nossos jovens e adolescentes.
No sentindo religioso teremos professores de Escola Dominical mais dedicados, mestres que ensinarão a outros, doutores da Lei, ministros e pastores. Seremos abençoados com a prontidão e a gentileza de porteiros, obreiros e diáconos.
Àqueles que ousaram seguir por essa longa estrada a fim de promover o crescimento intelectual dos seus alunos, uma palavra de ânimo: A difícil arte de ensinar é um dom que Deus concedeu a pessoas que não vão desistir diante das dificuldades.
Marion Vaz
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