segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Quem nos separará do amor de Deus?


Texto bíblico: Romanos 8.35-39

Na epístola aos romanos, lemos que nada pode afastar o crente do amor de Deus, que para demonstrar esse sentimento enviou seu filho Jesus para morrer pelos pecadores. Jesus por sua vez, se entregou, oferecendo-se em sacrifício pleno e absoluto. Continua a indagação: O que poderia se colocar entre o homem e seu Deus? É no versículo 35 que encontramos uma longa lista de obstáculos que poderiam impedir a comunhão com Deus e alguns deles, poderiam afastar o homem completamente de Sua presença. Vejamos: tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada. Observe que tais obstáculos têm relação com os problemas diários do homem. São problemas pessoais, de ordem física.

No entanto, no versículo 38 encontramos uma relação diferente, já no sentido espiritual: morte, vida, anjos, principados, potestade, presente, porvir, altura, profundidade, alguma criatura. Isso nos desperta para o fato de que o homem seria afligido tanto na vida material como na espiritual. Tudo no intuito de afastá-lo do seu Senhor. Não são obstáculos comuns como você pode perceber.

Na vida de Jó podemos notar alguns desses sofrimentos, tribulações, fome, morte, injustiças, perdas, enfermidades, e esta classificada de maligna que tomou conta de todo o seu corpo, da ponta dos pés a cabeça (Jó 2.7-8); ele também sofreu o abandono dos familiares e da esposa (v.9). Sofrimento tal que desejou não ter nascido (3.3). Esta lista de problemas mencionadas na epístola de Romanos é largamente desenvolvida na epístola aos Hebreus 11, quando o texto bíblico fala dos heróis da fé. São acrescentados: escárnio, perigos, mortes a fio da espada, humilhações, açoites, enforcamentos, serrados ao meio, crentes que foram despedaçados por animais e permanecerem fiéis a Deus mesmo diante de tais atrocidades.

O que nos entristece é que nos dias de hoje, por muito menos do qualquer uma dessas atrocidades, crentes abandonam a fé. E alguns, falham em seus testemunhos de uma maneira tal que são criticados publicamente via internet. Como numa declaração no Facebook que denunciava o cristão como uma pessoa que lia muito sobre o amor e jamais o praticava. E ainda havia comentários de outras pessoas que confirmavam o fato exposto.

Fico em dúvida quanto à pergunta: Quem nos separará do amor de Deus? Ou O que nos separará desse imenso amor? Ou ainda: Onde está o amor que o mundo espera reconhecer nos corações daqueles que se dizem cristãos? Talvez a autora de tal argumentação tenha seus motivos para afirmar categoricamente que o cristão não tem amor. Talvez fosse apenas especulação. Talvez não.

Marion Vaz

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