Observamos no texto sagrado a história de dois irmãos que desde o vente da mãe já enfrentavam diferenças. Jacó e Esaú, filhos de Isaac e Rebbeca nasceram na mesma época, eram gêmeos. Mas havia uma profecia a favor de um e contra o outro. Diz o texto: “Duas nações há no teu ventre, dois povos. Um será mais forte do que o outro, e o maior servirá ao menor” Gênesis 25.23
Os dois jovens cresceram e Esaú tornou-se um grande caçador. Era o primogênito, o herdeiro das promessas do pai. E Isaque amava a Esaú. Jacó, porém era mais calmo, varão simples e habitava em cabanas e tinha o amor de sua mãe.
Jacó, cujo nome apontava para suas fraquezas, estava provavelmente sentado na porta de sua tenda cozinhando algo para comer. Esaú chegou cansado sem uma caça nas mãos e a fome tomando conta de sua razão. Aproveitando-se dessa fraqueza do irmão, Jacó ofereceu um prato de lentilha em troca da primogenitura. Este, de bom grado, não recusou a comida.
Chegado os anos de velhice de Isaque, os olhos faltaram à visão e apenas pelo tato podia diferenciar os filhos, pois Esaú tinha o corpo coberto de pêlos e Jacó tinha a pele mais fina. Temendo o fim de seus dias, chama seu primogênito para trazer uma boa caça e assim preparar-lhe um almoço decente.
Conhecendo as intenções do marido de abençoar um dos filhos, Rebeca chama o filho amado e propõe enganar Isaque. Ela fez uma comida saborosa, cobriu o corpo de Jacó com pele de cabrito para que o pai não pudesse notar a diferença. Com as roupas de Esaú, Jacó recebe as bênçãos do primogênito segundo os costumes da época.
O final da história é do conhecimento de todos. Esaú chega atrasado e descobre que o irmão o enganou de novo, a ele e ao pai. Seu coração se enche de ira e ele deseja a morte de Jacó. O jovem enganador tem que deixar a casa da família e fugir para bem longe.
O relato acima é descrito na Bíblia e assim inicia-se a trajetória de Jacó em direção a vontade de Deus. Hoje, a maioria das pessoas recrimina o jovem Jacó por tudo o que foi mencionado: Sutileza, engano, rebeldia, provocação, dissensões familiares, decepções... Quantos erros! O típico caso de rejeição caso o Senhor Deus não tivesse planos para sua vida e sua descendência. Jacó casa-se com duas mulheres: Lea e Raquel que lhe dão filhos e assim formam as doze tribos de Israel. Essa troca de nome oferecida por Deus também é um marco significativo na história.
Voltemos ao início do artigo para o bom e saboroso prato de lentilha oferecido em troca da primogenitura de Esaú. Sem atropelar todas as discussões teológicas a respeito desse assunto, pensemos que o próprio Esaú não tinha o menor interesse nas bênçãos e direitos da primogenitura. Se não, não teria se desfeito dela. O próprio texto bíblico indica que todo o seu orgulho estava naquilo que fazia de melhor: a caça. E com elas os pratos que preparava que tanto cativava a atenção do pai.
Jacó não, para ele a primogenitura tinha valor, por isso a queria tanto. Não para agradar aos homens, mas a Deus. E a partir daí todos os passos de Jacó o levam ao cumprimento da vontade do Eterno em sua vida. Esaú continua sua trajetória e torna-se um príncipe habitando nas montanhas de Seir. No final da história perdoa o irmão e os dois sepultam o pai.
As lentilhas vermelhas são até o dia de hoje um alimento favorito naquele território, onde é preparada com cebolas, alho, arroz e azeite de oliva. Ocasionalmente lhes adicionam carne.
O prato de Lentilha pode significar hoje qualquer atalho ou atitude que tomamos para impor nossa vontade e consequentemente, rejeitar a intervenção de Deus em nossa vida, assim como fez Esaú.
Marion Vaz
Os dois jovens cresceram e Esaú tornou-se um grande caçador. Era o primogênito, o herdeiro das promessas do pai. E Isaque amava a Esaú. Jacó, porém era mais calmo, varão simples e habitava em cabanas e tinha o amor de sua mãe.
Jacó, cujo nome apontava para suas fraquezas, estava provavelmente sentado na porta de sua tenda cozinhando algo para comer. Esaú chegou cansado sem uma caça nas mãos e a fome tomando conta de sua razão. Aproveitando-se dessa fraqueza do irmão, Jacó ofereceu um prato de lentilha em troca da primogenitura. Este, de bom grado, não recusou a comida.
Chegado os anos de velhice de Isaque, os olhos faltaram à visão e apenas pelo tato podia diferenciar os filhos, pois Esaú tinha o corpo coberto de pêlos e Jacó tinha a pele mais fina. Temendo o fim de seus dias, chama seu primogênito para trazer uma boa caça e assim preparar-lhe um almoço decente.
Conhecendo as intenções do marido de abençoar um dos filhos, Rebeca chama o filho amado e propõe enganar Isaque. Ela fez uma comida saborosa, cobriu o corpo de Jacó com pele de cabrito para que o pai não pudesse notar a diferença. Com as roupas de Esaú, Jacó recebe as bênçãos do primogênito segundo os costumes da época.
O final da história é do conhecimento de todos. Esaú chega atrasado e descobre que o irmão o enganou de novo, a ele e ao pai. Seu coração se enche de ira e ele deseja a morte de Jacó. O jovem enganador tem que deixar a casa da família e fugir para bem longe.
O relato acima é descrito na Bíblia e assim inicia-se a trajetória de Jacó em direção a vontade de Deus. Hoje, a maioria das pessoas recrimina o jovem Jacó por tudo o que foi mencionado: Sutileza, engano, rebeldia, provocação, dissensões familiares, decepções... Quantos erros! O típico caso de rejeição caso o Senhor Deus não tivesse planos para sua vida e sua descendência. Jacó casa-se com duas mulheres: Lea e Raquel que lhe dão filhos e assim formam as doze tribos de Israel. Essa troca de nome oferecida por Deus também é um marco significativo na história.
Voltemos ao início do artigo para o bom e saboroso prato de lentilha oferecido em troca da primogenitura de Esaú. Sem atropelar todas as discussões teológicas a respeito desse assunto, pensemos que o próprio Esaú não tinha o menor interesse nas bênçãos e direitos da primogenitura. Se não, não teria se desfeito dela. O próprio texto bíblico indica que todo o seu orgulho estava naquilo que fazia de melhor: a caça. E com elas os pratos que preparava que tanto cativava a atenção do pai.
Jacó não, para ele a primogenitura tinha valor, por isso a queria tanto. Não para agradar aos homens, mas a Deus. E a partir daí todos os passos de Jacó o levam ao cumprimento da vontade do Eterno em sua vida. Esaú continua sua trajetória e torna-se um príncipe habitando nas montanhas de Seir. No final da história perdoa o irmão e os dois sepultam o pai.
As lentilhas vermelhas são até o dia de hoje um alimento favorito naquele território, onde é preparada com cebolas, alho, arroz e azeite de oliva. Ocasionalmente lhes adicionam carne.
O prato de Lentilha pode significar hoje qualquer atalho ou atitude que tomamos para impor nossa vontade e consequentemente, rejeitar a intervenção de Deus em nossa vida, assim como fez Esaú.
Marion Vaz
Conheço bem essa história e o final daqueles que valorizam a presença de Deus acima de tudo.
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