Samba, suor e sangue

 

Enquanto assisto o desfile de Escolas de Samba pela TV fico imaginando que todo ano repetimos os mesmos rituais. No feriado de carnaval alguns teimam em se retirar para lugares mais calmos. Outros curtem os desfiles em suas casas pela TV, pois não abrem mão do conforto e da segurança de suas poltronas.

Mas a grande maioria nem por um segundo pensou em abrir mãos de seus sonhos, dos blocos carnavalescos, das escolas de samba, fantasias e adereços. O que transforma a cidade do Rio de Janeiro e demais localidades num imenso mar de gente que navega pelas ruas do Centro.

É tanta gente que as vistas não conseguem saber quem é quem. E os foliões seguem passo a passo o seu ritual de todos os anos. Eles se enfeitam com suas fantasias mil, que a gente se confunde com tantas cores, tanto ardor e tanta loucura e porque não dizer paixão!. Eles pulam, gritam, cantam e cada um sabe de cor a letra do samba  da sua Escola. Ninguém tem fome, sede,  dor ou cansaço até cumprir e com excelência o seu destino.

E pra quem ouve de longe ou de pertinho, logo se contagia com tanta alegria e ritmo. O coro se mistura com a batida frenética da bateria, o corpo se ajusta ao rebolado do participantes, a leveza dos passistas e a ginga do povo que acompanha tudo das arquibancadas.

Não existe amanhã. O agora é que é magnífico. Não existe futuro, só um presente pleno de realizações, seja ele por uma eternidade, seja apenas por 55 minutos.

Isso é que é Carnaval. Uma mistura quase “divina” de samba, suor e sangue.

MarionVaz

 

De frente com Gabi

A apresentadora do programa de entrevista De Frente com Gabi, Marília Gabriela, recebeu a visita ilustre do pastor Silas Malafaia. A entrevista foi ao ar na noite de domingo e provavelmente foi record de audiência.

O pastor Malafaia comprovou diante das câmeras sua dedicação e envolvimento na obra de D-us e seu compromisso com os fieis. Gabi, por sua vez, e como é de costumes em suas entrevistas, ousou desafiar o homem de D-us com perguntas e declarações, que até então, geravam polêmicas.






A entrevista teve diversos blocos, mas os dois primeiros "ferveram" e foram bem comentados nas Redes Sociais por parte dos telespectadores. Alguns optaram em criticar Gabi em função da forma como a jornalista elaborava as perguntas.

Em dado momento, a apresentadora demonstrou insatisfação e brincou falando "eu vou bater nesse homem!". Mas claro que não passava de mais um "jeitinho Gabi" de falar, do que propriamente dito uma ofença.







Pastor Silas aproveitou a oportunidade para dar satisfação no que diz respeito a sua renda financeira e levou documentos importantes para comprovar que não era dono de uma soma exorbitante de US$ 150 milhões de reais conforme declarou a revista Forbes.

Outros assuntos polêmicos também foram mencionados e surgiram mais "dores de cabeça" quando se falou em na lei PL 122 e os direitos dos homoafetivos.

No tira-teima, o pastor Silas declarou a sua opinião sobre casamento, família, divórcio, aborto, Judaísmo, crenças e autoridade papal.

 

 

De tudo o que foi dito na entrevista ficaram marcadas duas frases: Pastor Silas: "amo os homossexuais como amo os bandidos!"

E a frase da apresentadora: "Que o meu Deus que eu não sei se é o mesmo que o seu, te perdoe."





Comparando todas as críticas e opiniões declaradas, tanto dos telespectadores em suas páginas do Facebook, como em blogs, e a própria Mídia, não sei ao certo quem ou o que venceu o debate: Se a crença cristã ou a estratégia jornalistíca.

O certo é que cada um tentou, a sua maneira, impressionar o outro e ao público. E ao término. o pastor Silas deixou uma mensagem de conforto a todos os ouvintes.

Mas como é de costume, no dia seguinte, a velha tática de manipulação da opinião pública voltou a atacar e ressaltou suas mensagens, sem levar em conta o verdadeiro propósito da entrevista.


Marion Vaz