Pode ser que eu me engane, mas acredito que tem coisas na vida que só se aprende na prática. Andar de bicicleta, patins, nadar, dirigir carro, falar em público são bons exemplos. Você pode ter horas de aula teórica, mas o que vale mesmo é a experiência no dia a dia.
Mas existem outros exemplos e esta semana pensei no assunto e descobri que cada relacionamento só dá certo mesmo com as tais "aula prática"e não estou falando de sexo. Para que uma família tenha um bom ambiente dentro de casa é preciso respeito mútuo, diálogo entre as pessoas, respeito ao espaço que cada um tem, amor, dedicação e coragem para superar os problemas.
De repente percebi que tem horas que muita ajuda acaba atrapalhando. Você se sobrecarrega de funções e deixa a outra pessoa sem o que fazer, por exemplo. Depois reclama e acha um absurdo aquele prato sujo em cima da pia ou outras coisas que julga errado quando acostumou daquele jeito!
Na verdade, exigimos uma postura, um sentimento de gratidão, um agrado ou até um olhar mais meigo, como se fosse pagamento para as boas ações que fizemos. E quando não rola... A gente fica chateada. Principalmente se no dia seguinte está tudo fora do lugar, do mesmo jeito!
Mas o propósito do artigo não é apenas criticar, mas chamar atenção para as vezes que ocupamos o lugar do outro e prejudicamos até o relacionamento entre mãe e filha, por exemplo. Percebi isto esta semana.
Eu tenho como lema que avó não educa, não bate no neto, não grita, não tem obrigações que correspondem as da mãe e do pai da criança. São os genitores responsáveis por uma série de decisões e atividades no dia a dia que vão, ao longo dos anos, aperfeiçoando o relacionamento deles com os filhos. Se a gente se intromete muito acaba prejudicando, sem falar naquelas pessoas que, mesmo sem intenção, promove a tão famosa alienação parental.
Eu bem sei que existem pessoas que foram criadas pelos avós e isso é lindo! Não tiro o mérito de ninguém. Estou falando daquele momento que a gente assume uma obrigação pelo neto, porque a mamãe dele está "sem paciência" e é visível o empurra-empurra!
Criei três filhas praticamente sozinha. Sem ajuda financeira do pai, sem dinheiro para "luxos e etiquetas". Mas cumpri com minhas obrigações no dia a dia, arranjando tempo e paciência quando a ocasião permitia. Ninguém deixou de ir a escola, vestir roupas limpas, comer, brincar e passear.
O importante é saber a medida de carinho e atenção que se dá ao filho ou ao neto. Ajudar no que for necessário e deixar o barco quando for preciso. Então é isso. A gente tem que saber a hora de ajudar ou se estamos atrapalhando ao assumir uma responsabilidade que não é nossa.
Mesmo porque, não se pode viver para sempre, então não vamos cair no erro de deixar a vida passar sem fazer o que desejamos, o que nos faz feliz. Isso não quer dizer que vá abandona-los, mas está dando espaço para aperfeiçoarem o relacionamento entre si. E tem horas que aprender com os próprios erros é algo significativo.
Como pais temos aquela mania de querer ajudar os filhos em tudo, se preocupar, dar palpites, e alguns até gostam de criticar cada atitude ou até desmerecer algo que a pessoa fez para o neto ou neta. Mas está errado. Cada pessoa tem que viver as suas próprias experiências e arcar com as consequências de suas decisões. E cada um tem o seu tempo. Eu costumo falar que depois dos 50 sinto que já cumpri com uma série de obrigações e o tempo que me resta é para ser mais feliz, fazendo aquilo que me dá prazer. Não é para a gente tentar recriar os filhos ou ajuda-los a criar os deles!
O tempo está passando e tão depressa que nem dá pra sentir, a não ser quando olhamos no espelho... Então, o meu conselho é que você pare e pense no que realmente quer fazer pelo resto da sua vida, quais os objetivos a serem conquistados e reserve um tempo para você mesma!
Como pais temos aquela mania de querer ajudar os filhos em tudo, se preocupar, dar palpites, e alguns até gostam de criticar cada atitude ou até desmerecer algo que a pessoa fez para o neto ou neta. Mas está errado. Cada pessoa tem que viver as suas próprias experiências e arcar com as consequências de suas decisões. E cada um tem o seu tempo. Eu costumo falar que depois dos 50 sinto que já cumpri com uma série de obrigações e o tempo que me resta é para ser mais feliz, fazendo aquilo que me dá prazer. Não é para a gente tentar recriar os filhos ou ajuda-los a criar os deles!
O tempo está passando e tão depressa que nem dá pra sentir, a não ser quando olhamos no espelho... Então, o meu conselho é que você pare e pense no que realmente quer fazer pelo resto da sua vida, quais os objetivos a serem conquistados e reserve um tempo para você mesma!
Marion Vaz