Manifestações no Brasil 2016

Este mês de março foi marcado por descontentamento. Atordoado com os últimos acontecimentos no Brasil e literalmente “de saco cheio” com tanta injustiça, desvio de dinheiro público, criminalidade e impunidade por parte dos governantes, o povo resolveu sair às ruas para protestar. Munidos de panfletos, bandeiras, caricaturas representando importantes membros da política, um mar de gente lotou as avenidas dos grandes centros urbanos e vários estados, a fim de gritar, como todas as forças, que queriam um: Basta!

E essa não foi a primeira vez que o próprio povo precisou lutar pelos seus direitos, pelo cumprimento das leis, por justiça. Cobrar uma atitude imediata para os desmandos que impera no país, passou a ser o único status que o brasileiro assumiu de vez. E cada dia a coisa fica mais séria. Se protestando contra a corrupção dessa forma, a gente continua vendo os disparate que acontece em todo país, imagine se o povo se omitisse? Certamente a vida se tornaria ainda mais difícil do que já tem sido.

A última maratona de passeatas que foi notícia em todo mundo se intitulou: A revolta dos 20. No caso: 20 centavos. O aumento das passagens foi a gota d água que faltava para o povo se aborrecer de vez com a falta de respeito que vira e mexe, o governo promove.  De início, talvez para garantir as próximas eleições, o governo retroagiu e consolou o bolso da população com os tão “impressionantes” 20 centavos. Mas então, em pouco tempo, a passagem de 3,00 passou a 3,40 e agora se paga 3,80 sem qualquer alarde! Vai entender...

Mas nesta guerra sem fim, quem perde sempre é a população. Depois de tanto barulho nas ruas, com suas faixas, declaração de ordem, hino nacional e gente de todo tipo e cor pincelando de verde e amarelo as nossas avenidas, o próprio governo resolveu dar o troco. Manifestantes do partido PT e outros em apoio à presidenta Dilma e ex-presidente Lula saíram as ruas vestidos de vermelho, com bandeiras e faixas apoiando o tipo de liderança estabelecida e as “reais” intenções partidárias e governamentais.

Avenida Paulista

O primeiro protesto exigia o impeachment da presidente em exercício e agilidade nos processos contra a corrupção no Brasil, que no caso, incluía o próprio ex-presidente Lula. Este, por sua vez, tinha uma “carta na manga” e foi eleito em tempo recorde a ministro da Casa Civil. Pronto! O país inteiro ficou de luto nas Redes Sociais! Foi um balde de água fria nos manifestantes!? Talvez não. Mas a tática seguinte de Lula foi fazer um pronunciamento público e com isso contou com a ajuda de manifestantes pró-governo. Em números, as duas manifestações foram parecidas, mas cada uma delas com suas alegações. Novas manifestações. Será mesmo que vale a pena tanto desgaste  físico e emocional??

Em apoio, brasileiros também fizeram manifestações na Times Square, em NY

Quando o telefone dos nossos presidentes foram grampeados, ligações comprometedoras vieram à tona. Não faltou a tão famosa espiritualidade brasileira para fazer gozação:

A nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva foi suspensa. Novas votações, novos acordos, novas liminares. Novas em que? É tanta notícia que a gente até se perde do mundo real. Uma verdadeira guerra entre partidos e partidários! E o povo? Sei lá! Graças a D-us ai vem mais um feriado recheado de chocolate para adoçar a boca do pobre. 

Só pra gente entender: A operação Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve. Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres da Petrobras, maior estatal do país, esteja na casa de bilhões de reais. Soma-se a isso a expressão econômica e política dos suspeitos de participar do esquema de corrupção que envolve a companhia.

O nome "Lava a Jato" decorre do uso de uma rede de postos de combustíveis e lava a jato de automóveis para movimentar recursos ilícitos pertencentes a uma das organizações criminosas inicialmente investigadas. Embora a investigação tenha avançado para outras organizações criminosas, o nome inicial se consagrou.  Agora... Se vai lavar toda essa sujeira... A gente não sabe!

Marion Vaz