quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Jerusalém – Uma cidade que atrai multidões


Vista Panorâmica de Jerusalém

        O que tem de especial em Jerusalém para atrair a atenção do mundo inteiro sobre ela? Se você observar a História ao longo dos anos também estará enigmaticamente propenso a amar e desejar esta cidade. É na Bíblia que encontramos uma célebre definição: “o lugar que Deus escolher para fazer morar o nome para sempre” (Dt 16.2). Assim, Jerusalém foi nomeada para ser a morada de Deus, com a construção do Templo tornou-se o centro religioso do país e a Lei ordenava que todo judeu que pudesse empreender uma viagem dessas, fosse para Jerusalém nas três festas anuais: Pessach - páscoa, Shavuot - Festa das Primícias e Sucot - Festa das Cabanas (vs 16).

        Em qualquer panfleto de Turismo você pode ler que Jerusalém é a cidade mais importante para judeus, cristãos e muçulmanos. Esse tipo de comentário virou um cartão de visita! Mas qual será realmente o significado, o legado espiritual de Jerusalém para estes três povos? Para a comunidade judaica ao redor do mundo a cidade não serve apenas como um lugar de mera concentração de pessoas, mas sim um lugar de desafio espiritual, onde o relacionamento com Deus implica em obediência e temor, orações e comprometimento com as tradições. Davi escreveu: “O zelo da tua casa me consome” (Sl 69.9). Jesus entrando no pátio dos gentios afugentou os animais e contrariou os cambistas citando o profeta Isaías: “A minha casa será chamada casa de oração” (Is 56.7 - Mt 21.13).




Monte do Templo e Cidade Murada

        Enquanto Israel aprimorava os seus caminhos diante de Deus atravessando o deserto em direção a Terra da Promessa, Jerusalém já estava nos planos do Eterno como um lugar de adoração e onde seriam feitos sacrifícios para perdão dos pecados (Dt 12.11). Encontramos no texto sagrado determinadas coisas que só poderiam ser feitas na cidade de Jerusalém (Dt 14.23).  O salmista insiste em dizer que ali estão os tronos do juízo, os tronos da casa de Davi (Sl 122.5). De início ele afirma que Jerusalém está edificada como uma cidade bem sólida (vs 3). Então podemos afirmar que os alicerces de Jerusalém estão sobre duas colunas: Solidez e Justiça!

        Havia um propósito para estas visitas periódicas a Jerusalém: Proporcionar a renovação espiritual e manter um comprometimento íntimo da pessoa com a própria cidade. Observe que no texto do Novo Testamento (Atos 2.5) a cidade estava repleta de judeus religiosos de todos os lugares. Havia também um laço afetivo com a cidade. Jesus chorou olhando para ela do alto do monte ao pensar no aconteceria ao longo dos anos. Eu me sinto particularmente obrigada a acreditar que o Mestre dos mestres amava Jerusalém. Ali, ele se entregou como sacrifício puro e santo em favor da humanidade. Cristãos de todos os lugares visitam o Jardim do Túmulo e encontram um local para reflexão e encorajamento espiritual.



Jerusalém - Moderna e em pleno desenvolvimento

        Mesmo com a destruição do Templo no ano 70 da Era Comum em que os sacrifícios de animais foram proibidos, a cidade não ficou abandonada pelos judeus. Ainda que muitos deles tenham sido obrigados a migrar para o norte do país e que períodos de orações e estudos da Torah se intensificaram visando a necessidade de manter as tradições, nota-se a presença judaica em Jerusalém. Não tem como negar fatos históricos!

        Nos dias de hoje este agrupamento de pessoas de todas as nações do mundo para orar em Jerusalém no Muro Ocidental, por exemplo, proporciona mais força religiosa e moral, não só entre os judeus, mas para todos aqueles que chegam ao local com coração quebrantado. Há algo de especial na cidade, nos arredores, nos locais sagrados e por onde quer que você caminhe em Jerusalém ou no território israelense vai atribuir a Deus um louvor de gratidão por estar ali.

        O conflito relacionado aos direitos do povo árabe por uma parte da cidade está em todos os jornais, a luta continua com discursos inflamados e sérios agravantes. A decisão da ONU em admitir que os judeus não tenham “laços” com Jerusalém, particularmente o Monte do Templo, visando favorecer o Comitê árabe, foi no mínimo irresponsável! Como mencionou Netanyahu, Primeiro Ministro de Israel: “Eles nunca leram a Bíblia!” Alegar que os fatos narrados na Bíblia são irrelevantes já é algo inaceitável, mas apagar o povo judaico da História me parece mais uma armadilha que viola e desrespeita os direitos da Comunidade Judaica!



Kotel - Muro Ocidental - Muro das lamentações

      Jerusalém é indivisível! Ela é um patrimônio, um legado espiritual para o povo judaico desde as primeiras gerações. É a capital de Israel, o centro religioso e político do país. Benjamim Netanyahu afirmou que Israel não pode abrir mão de Jerusalém e que a paz entre os dois povos (árabes e israelenses) tem que acontecer sem envolver a cidade. Este é o status de Jerusalém que permanece até os dias de hoje como local único e sagrado para muitos religiosos e particularmente para os judeus.



Marion Vaz


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