quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Revoltz com minha conta de luz - A Saga

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Todo mundo precisa de energia elétrica! Aqui no Rio de Janeiro esse serviço é prestado pela Empresa Light (Tive que aprender a escrever esse nome kkkk). Sem energia corremos o risco de voltar a Idade da Pedra. O uso constante do produto em determinados horários acaba causando aquele pico de energia e em virtude disso foi criado o bendito horário de verão, que nem todo mundo gosta. A empresa Light fornece a energia e todo final do mês manda a conta do serviço prestado. Até aí nada de informação relevante porque todo mundo sabe disso.

Aconteceu neste início do ano de 2017 e, falando sério, relutei para postar o que vem acontecendo. Meu consumo mensal tem em média menos de 100 kWh o que dá um faturamento de R$ 100,00 que eu pagava todo mês. Ao contrário de muitos procuro manter as luzes apagadas em cômodos que não estou usando, porta da geladeira fechada, instalação elétrica com revisão periódica e uma série de outros hábitos saudáveis que me nomeavam uma consumidora padrão.

Mas em Fev/2017 levei um baita susto com a conta de luz. Quase R$ 500,00 reais de luz? Era feriado de Carnaval e só o que podia fazer era esperar para entrar em contato com a Empresa. Março chegou e fui até o setor administrativo de Madureira para falar sobre o assunto. Inocentemente achava que a Empresa iria encontrar o problema e me ajudar. Imaginei que havia um "serviço" específico  em que o relógio de luz podia sofrer uma sobrecarga - Não sei como - que era direcionado para o relógio e consequentemente para a conta do consumidor. Claro que eu não posso provar. Mas é um raciocínio lógico! Dá uma olhada na fiação desse poste de luz que manda energia pra minha casa! Isso não merece uma vistoria? A Light acha que não... Outras imagens aqui.


Se o consumidor paga a conta com "aumento atípico" (expressão usada pela ANEEL em seu e-mail para me dizer que não podia fazer nada apesar de apresentar uma conta alta do tipo R$ 1.200,00) pode ser que o problema desapareça. Mas se, uma pessoa como eu, que não tem condições de pagar uma conta de R$ 3.769,96 (Mês de ref. agosto/2017), mesmo porque eu não tenho status para tal consumo, a coisa vira uma bola de neve.

Em resumo, depois de apresentar todas as provas e imagens de dias alternados do relógio digital com alterações constantes de medição no tal setor administrativo, minha reclamação foi considerada inconsistente. Voltei a segunda vez e o atendente me tratou com descaso. Fiquei chateada mas comecei a raciocinar sobre aquele tipo de pseudo atendimento. Fui orientada a buscar apoio na Auditoria da Light. Outro setor fantasma porque todos os e-mail eram respondidos com. "Caro cliente blá blá blá seu número de protocolo é 123456789". Foram tantos número de protocolos que me perdi. Confesso. Porque se reclamasse de novo tinha que informar o tal número, mas qual deles? No final de tudo, o tempo passou e as contas de luz começaram a se acumular. Até que... "Sua reclamação é inconsistente. Agradecemos por ter nos contactado. Procure a ANEEL caso não esteja satisfeita"  - Mais ou menos isso!

Com o número de protocolo da conta de R$ 1.200,00 reais, que jamais seria para uma casa modesta, enviei e-mail para a ANEEL confiando que alguém iria ler as informações num documento em PDF. Após alguns dias de espera recebi a notificação do órgão declarado mais confiável nestas circunstancia que, após eles entrarem em contato com a Light sobre o assunto em pauta, e apesar do aumento atípico minha reclamação não era coerente. Ponto final do atendimento.

Você só pode ter acesso se passar por um novo de processo de atendimento do administrativo/Ouvidoria e número de protocolo diferente. Hum... Interessante!

Então o jeito era entrar com uma ação judicial. Afinal eu não iria pagar por um consumo de energia que não havia feito e já estava na terceira conta altíssima. A primeira audiência foi um fiasco. O advogado da Light estava completamente à vontade como se fizesse aquilo o tempo todo. Não houve acordo e eu fiquei chateada de como tudo aconteceu. Às vezes, a gente fica relutante em aceitar o óbvio. Eu me senti uma peça de um jogo de xadrez. Um prédio lindo, imenso, gastando o dinheiro do contribuinte para audiências que não dão absolutamente em NADA - Não disse nada, só pensei.

Com as contas em atraso e como se não houvesse um processo, o fornecimento de luz foi cortado e meu nome foi para o SPC. Por um período de 30 dias usei o relógio de outra pessoa monitorando para saber se tinha algum problema mesmo respectivo a instalação na minha residência, já que esse era o jargão usado o tempo todo. Os atendentes locais e virtuais ficam pressionando o consumidor com essa ideia de que o problema está dentro da casa, para que a gente pague o valor cobrado indevidamente. 

Neste período em que a luz foi cortada a Light fez o registro do uso de energia no marcador e me enviou uma conta de R$ 1.600,00 reais. Avisou que o valor seria cobrado em duas vezes nas contas seguintes. Simplesmente assim, desse jeito e o fizeram sem que o consumidor tivesse a chance de processar o que estava acontecendo. Posteriormente a Light avisou ao meu advogado por e-mail que o religamento havia sido feito no dia X, confirmando que a luz estava cortada nesse período de 30 dias. Mesmo assim, sem usar o relógio, foi acrescentado mais um valor alto ao meu nome e CPF. 

O juiz determinou uma multa para cada dia de atraso no religamento do fornecimento de energia, já que havia um processo em andamento e eles agiram arbitrariamente. Esse um mês de multa foi ignorado. Não consigo entender porque uma ordem judicial foi desprezada já que o religamento devia ter sido feito em 24 horas. Um civil pode ser preso por desacato por muito menos.  

Com o processo em andamento, o relógio digital completamente apagado há meses (o que não me permite o monitoramento, então eles podem colocar o consumo que quiserem) e nenhuma vistoria da Light no local de consumo até o momento, que por sinal  se tivesse sido feita desde a primeira reclamação, teriam detectado o problema trocado o relógio com defeito e trocado a fiação no poste de luz, e se fosse "gato" de alguém teriam detectado e evitado todo esse estresse e tormento que vem me causando. Ou eles acham que sou eu que tenho que perguntar: Vizinho, por um acaso você fez gato na minha luz? - Apesar que eu não acredito nisso, porque os meus vizinhos estão no meu Facebook e sabem que tenho postado sobre o assunto.

Segundo informação no Site da Light uma vistoria na unidade consumidora de um monofásico, que é o meu caso seria de apenas R$ 6,49. Sem comentários!

Agora, se o meu consumo fosse realmente de R$ 1.200,00 e do nada passasse para R$ 100,00 com certeza alguém do "Sistema" já teria detectado e enviado um funcionário para averiguar. Enfim, com o ano de 2017 chegando ao fim e nenhuma pretensão de solução para o problema a minha conta de luz de dezembro chegou no valor de R$ 4.000,00. Lembrem-se eu moro numa casa padrão, ou seja, quarto, sala, cozinha e banheiro, varanda e um terraço com uma lâmpada em uso. Nada além disso.

Então resolvi expor o assunto aqui no blog. Sei que poucas pessoas vão se interessar em ler tudo, mas fica aqui registrada a minha indignação por ter sido tratada com tanto descaso pela Empresa fornecedora de energia elétrica do Rio de Janeiro. Com certeza a maioria dos problemas foram causados por funcionários e suas "aptidões" e que a Empresa em si é só um prédio. Mas os Sistemas Administrativo/operacional não estão funcionando como belamente exposto no Site e quem sofre é o consumidor, no caso, eu!

Agora fico aqui aguardando que em 2018 haja alguma solução. Quem sabe se mudarem de donos, de advogados, de funcionários, alguém mais justo possa resolver e descobrir onde está esse curto-circuito maldito que vem causando esse aumento abusivo todo mês na minha conta de luz? Porque eu duvido que alguém em sã consciência acredite mesmo que eu gaste R$ 4.000,00 de luz numa casa tão pequena. Lembrando que o meu consumo mensal de energia elétrica antes dessa bagunça era em média de apenas R$ 100,00.

Eu penso que esse tipo de "Unidunitê" nem deveria existir, mas já que é assim, podiam pelo menos verificar quem é o dono do relógio e como essa pessoa mora. Afinal, o que devia ser "invisível" passou a ser tão claro quanto a luz do dia. Pelo menos pra mim.

Marion Vaz

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