A opinião pública sempre foi ouvida quando acontecia algo. Ela não tinha cor, idade, religião. A opinião pública estava presente seja qual fosse a ocasião. Ela não se calava, não se colocava de lado. Marcava ponto diante das injustiças, do medo, da má sorte de alguém.
Era ela que ditava as ordens no final das contas. E quem podia deter o seu caminho? Ela tomava partido dos infelizes, dos órfãos, das viúvas, mulheres, idosos, pobres e indefesos. A opinião pública se fazia ouvir não importando o quanto tivesse que gritar.
A opinião pública fazia parte do dia a dia das organizações, dos direitos humanos, dos inocentes. Ela confrontava o erro! E muitas vezes era vingativa! Não tinha calor ou frio, chuva ou sol que a impedisse de expor sua opinião.
Mas, infelizmente, por mais que fosse perfeita e presente em todas as horas, ela se omitiu. A opinião púbica ficou muda e se escondeu atrás da bandeira da discriminação, colocou uma venda nos olhos e fingiu não entender o que estava acontecendo.
Foi no 7 de outubro quando o mundo inteiro assistiu de "camarote" o Hamas invadir o território israelense e aterrorizar civis e inocentes. Terroristas armados e desumanos m@taram pessoas, sequestraram crianças e destruíram famílias.
Nos dias seguintes, em meio a dor e as lágrimas, israelenses pediram o apoio da Opinião Pública. Mas ela tinha seus próprios interesses. E quando Israel atacou os terroristas do Hamas em Gaza, ela entrou em cena. Deturpou fatos e demonizou Israel.
Gritamos a todo pulmão: Onde estão as organizações que defendem os direitos de mulheres, crianças e idosos? Por que estão caladas? Pais chorando pelos filhos e filhos por pais. Nada. Nenhuma fala de apoio, nenhum ato de misericórdia.
Esperamos as negociações para receber os reféns de volta por parcelas, a bel prazer dos terroristas. Pouquíssimas organizações mundiais entraram em cena. E ainda tivemos que aturar "gracinhas" de alguém da Cruz Vermelha.
A opinião pública também ficou alheia ao "contrato" feito para o retorno de reféns, em que Israel foi obrigado a mandar centenas de terroristas detidos nas prisões para Gaza nos últimos dias.
500 e muitos dias já se passaram e ainda há reféns vivos em Gaza e outros que nos restam apenas corpos. Mas a "opinião pública" ainda está em recesso. Ela deu uma pausa dos direitos humanos para "entender" em quem "confiar".
Durante anos Israel tentou "acordar" a opinião pública para os ataques de mísseis que o Hamas fazia contra o território. Depois do 7 de outubro confrontamos muitas vezes o dever e o valor de opiniões, para que fizesse justiça como manda os Estatutos. Não houve posicionamento.
O que muda depois do 7 de outubro?
Acredito que Israel não vai mais se interessar com a opinião de determinados públicos, quando se tratar da proteção do território e da vida dos cidadãos israelenses.
Marion Vaz