O Domingo de Ramos é a festa litúrgica que celebra a entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém.
É também a abertura da Semana Santa. Nesse dia, são comuns procissões em que os fieis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração. Segundo os evangelistas, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os discípulos.
Entrou na cidade como um rei, mas sentado num jumentinho - o símbolo da humildade - e foi aclamado pela população como o Messias e Rei de Israel. A multidão o aclamava: "Hosana ao Filho de Davi!" Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão, Morte e Ressurreição.
A Páscoa Cristã celebra então a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Um episódio marcante descrito nos quatro Evangelhos e que dá início a primeira fase do Cristianismo. Assim, a morte de Jesus é a prova do amor de Deus para com a humanidade perdida e através do seu sacrifício salvífico o acesso irrestrito a presença de Deus.
Assim, conta-nos os autores dos Evangelhos como Jesus foi julgado, condenado e através das ordens dadas por Pilatos, ele é espancado, humilhado, arrastado pelas ruelas de Jerusalém até chegar no local indicado para crucificação, o Gólgota.
Ali, Jesus sofreu o mais terrível dos castigos: sem qualquer constrangimento, soldados romanos continuam o ritual da crucificação usando pregos e martelos para imobilizar o condenado e pregando seus pés e mãos na madeira da cruz. Depois, seu corpo é erguido no centro do monte, ao seu lado estão outros dois condenados.
A narrativa bíblica mostra que tal condenação (morte de cruz) era algo comum imposto pelo próprio Império romano que dominava toda aquela região. No entanto, a morte de Jesus passa a vigorar no sentindo espiritual como sacrifício pessoal para remissão dos pecados. É através da fé no sacrifício de Jesus e no seu sangue derramado que os cristãos têm a certeza do perdão de Deus para os seus pecados e a cura para suas enfermidades.
Assim, as dores insuportáveis, o sangue que já cobria o corpo de Jesus por causa dos açoites e outros tipos de espancamentos, escorriam e cobria o chão, a coroa de espinhos cravada na cabeça, os olhos esbugalhados e sem expressão, o próprio corpo despido, as últimas frases ditas por Jesus, as pessoas que assistiam aquela terrível cena e nada podiam fazer, são descritos em poesias, hinos e apresentados em cantatas e no cerimonial da santa ceia nas igrejas. Ao último suspiro e com essas palavras: “Está consumado” Jesus morre.
Ás vésperas do shabat, dois homens entram para a história, José de Arimateia e Nicodemos, ao pedirem o corpo de Jesus para ser enterrado num local adequado.
Mas a história do homem Jesus não termina quando seu corpo é colocado num sepulcro. É certo que as próximas horas mostram a dispersão dos discípulos que, sem qualquer entendimento, lamentavam a morte do seu Mestre. Alguns viajaram para outras regiões, outros se esconderam temendo sofre as mesmas acusações, outros se lamentavam e choravam.
Ao despontar o primeiro dia da semana, as mulheres que foram ao sepulcro, ficaram surpresas ao ver a pedra removida. Exposições paralelas do texto bíblico a parte, Jesus aparece a Maria Madalena que reconhece seu mestre e passa a ser uma mensageira das boas notícias aos discípulos.
Apressadamente, alguns correm até o lugar para saber o que realmente havia acontecido. O texto no Evangelho de João (20.8) é claro quando diz que esse discípulo entrou e viu o lugar vazio e creu.
A partir desse episódio, os textos bíblicos indicam as várias aparições de Jesus aos seus discípulos em locais diversos e suas conversas e que cada um deles tem uma atitude diante dos fatos. O certo é que a ressurreição passa a vigorar como um alicerce para a nova fé que aos poucos começava a crescer. De uma simples seita dos Nazarenos chegaria ao Cristianismo de hoje.
Em seu artigo O poder da Ressurreição, Dave Hunt comenta:“a Ressurreição não é apenas um evento histórico do qual nos lembramos com satisfação e alegria.
Mas também o maior acontecimento da história (passada, presente e futura) de todo o cosmos! O maior evento de todos os tempos no universo é também um dos mais difíceis de entender. Nós falamos sobre esse acontecimento de uma forma extremamente trivial, mas ele é o pivô em torno do qual toda a história se articula e que a dividiu para sempre (a contagem do tempo) em duas partes.
A divisão do tempo não deveria ser apenas a.C. (antes de Cristo) e d.C. (depois de Cristo); deveria ser a.R. (antes da Ressurreição) e d.R. (depois da Ressurreição)”.
Assim, dois episódios bíblicos importantes são lembrados nessa época: enquanto os judeus comemoram o Pessach (páscoa judaica) que festeja a saída do povo de Israel do Egito, neste domingo todos os cristãos comemoram o episódio que pode ser chamado de a coroação da páscoa cristã: A Ressurreição de Jesus.
Marion Vaz
Ver artigo no link abaixo:
http://www.chamada.com.br/mensagens/ressurreicao_de_cristo.html