domingo, 30 de outubro de 2011

Halloween



Outubro passou a ser o mês do Halloween, pelo menos é a proposta dos canais de televisão. Essa semana a maioria das programações inclue filmes, desenhos e seriados que tenham esse tema. São fantasmas, bruxas, vampiros, abóboras, sangue, terror, sustos e muito suspense e gritos assustadores! Não importa a idade da criança ou adolescente, tem programa para toda a família. 

O Halloween é uma festa comemorativa celebrada todo ano no dia 31 de outubro, véspera do dia de Todos os Santos. Ela é realizada em grande parte dos países ocidentais, porém é mais representada nos Estados Unidos, levada pelos imigrantes irlandeses que chegaram em meados do século XIX.



História do Dia das Bruxas - Esta data comemorativa tem mais de 2500 anos. Surgiu entre o povo celta, que acreditavam que no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas colocavam nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.


Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam esta data eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição. 

Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).

Símbolos e Tradições - Por estar relacionada em sua origem à morte, a festa resgata elementos e figuras assustadoras. São símbolos comuns desta festa: fantasmas, bruxas, zumbis, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankenstein.

As crianças também participam desta festa e com a ajuda dos pais usam fantasias assustadoras e batem de porta em porta na vizinhança, onde soltam a frase “doces ou travessura”. Felizes, terminam a noite do 31 de outubro, com sacos cheios de guloseimas, balas, chocolates e doces.

Halloween no Brasil

No Brasil a comemoração desta data é recente. Chegou ao nosso país através da grande influência da cultura americana, principalmente vinda pela televisão. Os cursos de língua inglesa também colaboram para a propagação da festa em território nacional, pois valorização e comemoram esta data com seus alunos: uma forma de vivenciar com os estudantes a cultura norte-americana.

Muitos brasileiros defendem que a data nada tem a ver com nossa cultura e, portanto, deveria ser deixada de lado. Argumentam que o Brasil tem um rico folclore que deveria ser mais valorizado.

Para tanto, foi criado pelo governo, em 2005, o Dia do Saci (comemorado também em 31 de outubro).



Eu estou vivo (I'm Alive)

sábado, 29 de outubro de 2011

Dia do Livro


O dia 29 de outubro foi escolhido como Dia Nacional do Livro em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional, que ocorreu em 1810. Só a partir de 1808, quando D. João VI fundou a Imprensa Régia, o movimento editorial começou no Brasil.

O primeiro livro publicado aqui foi "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga, mas nessa época, a imprensa sofria a censura do Imperador.

Só na década de 1930 houve um crescimento editorial, após a fundação da Companhia Editora Nacional pelo escritor Monteiro Lobato, em outubro de 1925.


A UNIDADE DA IGREJA E A ESPIRITUALIDADE CRISTÃ


Nos últimos dez anos os sites de relacionamentos tiveram um crescimento exponencial no seu uso e relevância para a vida pessoal e profissional dos seus usuários. No inicio do século XXI o “Orkut” conquistou espaço na vida virtual dos brasileiros. Com o passar dos anos percebeu-se a constante necessidade de estar conectado. Atualmente, as redes de maior influencia no Brasil (Facebook, Twitter e Linkedin) tem relevância garantida em ambientes profissionais, em gestão de negócios, em comunicação e em pesquisas. 

Seguindo esta tendência, em busca da conectividade as pessoas têm criado diversos perfis virtuais e passam dias inteiros ‘logadas’ acompanhando cada postagem realizada pelos membros da sua rede. Tudo isso é motivado pelo desejo de ser informar instantaneamente. Tem-se vivido ‘ON’. Em decorrência da opção por este estilo de vida virtual, os contatos (humanos) passam a ser realizar quase que exclusivamente através da rede. (Hoje, não contamos novidades aos amigos, postamos na rede! Não ligamos para parabenizar pelo Aniversário, deixamos ‘scraps’ de ‘feliz niver’! O famoso ‘que bom lhe ver novamente’ não é pronunciado em um encontro, mas é postado em um perfil.)

A comunicação está sendo alterada não apenas pela mudança dos meios comunicação, mas é atingida até em seu idioma. Novas palavras e verbos são criados: twittar já pode ser conjugado!

Enfim, uma coisa é certa: a internet veio para ficar! E as redes sociais mudaram o mundo. De certa forma elas aproximaram pessoas e culturas que viviam longe. Embora, tenham afastado muitos que viviam próximo – amigos que deixaram de estar ligados um ao outro, para estar apenas ‘na rede’.

Na rede algumas conexões são reais, outras são frágeis, muitas são apenas virtuais e decididas por apenas um click. Mas, qual será o motivo para tamanho sucesso das redes sociais? Talvez, seja o íntimo e sincero desejo do ser humano de não estar só. Todos nós desejamos estar ligado a alguém. Conexão é a palavra chave. O seu humano tem a necessidade de se relacionar. Embora, alguns tentem se iludir com uma aparente auto-suficiência, nós fomos criados para estar conectados ao próximo e a Deus.

 O Conceito de Unidade
Nos relatos bíblicos sobre nossa origem é possível identificar a primeira alusão a uma vivencia em unidade: Primeiro em Deus (“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” Gn 1:26), o que nos mostra que a multiplicidade está na essência de Deus sem ameaçar sua unidade trinitária. Em seguida, ao longo dos capítulos 2 e 3 de Gênesis conhecemos a narração sobre a criação de Adão e Eva e sobre a unidade que havia entre eles, entre ambos e o meio ambiente no qual viviam e entre os dois e Deus. De modo que é possível percebermos que o ser humano foi gerado em um ambiente de relacionamentos horizontais (entre pessoas e meio ambiente) e vertical (com o ser e Deus).

Unidade é uma característica de um relacionamento maduro, aperfeiçoado e crescente. Ela pode acontecer em diversas relações. É possível viver em unidade com Deus, com o cônjuge, com a família, com amigos, com irmãos, como também com a Igreja. Neste trabalho, faremos reflexões e considerações sobre a experiência da unidade entre os membros da Igreja de Cristo.

Cabe esclarecer a definição de Igreja que está sendo utilizada nesta obra. Referimo-nos a Igreja Universal invisível e indivisível de Cristo estabelecida por Ele mesmo, conforme mencionado em Mateus 16:18 por Jesus e em 1 Coríntios 12: 13 e 27 por Paulo. Também chamada de ‘A noiva de Cristo’ (2 Co 11:2), ‘Casa Espiritual’ e ‘Sacerdócio Santo’ (1 Pe 2:5), por Pedro. É sobre esta instituição que não se limita por espaço geográfico, tempo, etnia e costumes que trataremos.

Primeiramente, é preciso compreender o que NÃO é unidade.
a)      Unidade NÃO é Unanimidade: Unânime é o grupo de pessoas onde não há discordância ou variação de opinião, no qual todos possuem o mesmo pensamento e sentimento. Unidade pode existir em meio a unanimidade, entretanto esta não é pré-requisito daquela.
b)      Unidade NÃO é Uniformidade: O dicionário Priberam define ‘uniforme’ como algo “Que só tem uma forma; que não varia nada, que é sempre o mesmo;. Regular; igual; constante, compassado.”[1] A unidade da igreja não depende de uma uniformidade de organização e de gestão. A unidade convive pacificamente com a multiforme graça. 

c)      Unidade NÃO é União: União é uma associação entre duas pessoas ou mais. Trata-se de uma filiação motivada por algum propósito. Porém ela não garante a existência ou a manutenção da Unidade.
Afinal, o que é Unidade? Merrill Tenney, ao tentar responder esta pergunta, faz a seguinte consideração:
Unanimidade significa uma concordância absoluta de opinião dentro de um determinado grupo de pessoas. Uniformidade é a completa similaridade organização ou de ritual. União significa afiliação política, sem necessariamente incluir concordância individual. Unidade exige unicidade do interior do coração e propósito essencial, através de um interesse comum ou de uma vida comum.[2]

Podemos entender a proposta de Deus para a unidade da Sua Igreja se observarmos a sua trindade. O Deus Trino (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) são um. Possuem a mesma essência, embora se manifestem em três pessoas distintas. Entre as pessoas de Deus há características e ações que as diferem entre si. Entretanto, convivem em perfeita harmonia, sintonia e unidade. 

O mistério da trindade é exposto por Cristo em diversas passagens bíblicas. Em João 14: 7-11 Jesus declara sua perfeita e completa unidade com o Pai. De modo que é possível observar que multiplicidade de formas e diferenças pessoais não são impedimentos para à vivencia da unidade. Se aplicarmos esse princípio ao convívio e relacionamento com os membros que compõem a Igreja, conseguiremos experimentar a proposta apresentada em João 17:21: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” 

Experimentar a unidade nos relacionamentos com o próximo é viável. Esta unidade perfeita do Deus Trino é um espelho do que podemos alcançar. A solidez dessa unidade está garantida no sacrifício vicário de Cristo, o qual estabeleceu o novo tempo (de Graça) e sua própria ekklesia – comparada como Seu Corpo. ( 1 Co 12:12-27).

Sobre isto Keith Phillips faz a seguinte observação:
Um corpo Cristão que funciona procura estimular a maturidade de todos os seus membros. Como o corpo não é mais forte do que sua parte mais fraca, a saúde depende do bem-estar de cada membro. (...) O relacionamento entre os membros do corpo é tão intimo que aquilo que afeta a um afeta a todos. (...) Os membros de um corpo maduro ultrapassam a idéia incompleta de “ir a igreja” e entendem que são a Igreja. Em Cristo, os discípulos estão “sendo edificados juntos, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito.” (Ef 2:22) Não mais restrita a tijolos e argamassa, a igreja funciona com força total no mundo dos negócios, na escola e na vizinhança.[3]

A comparação da composição da Igreja com um corpo humano, tendo Cristo como cabeça, é uma ilustração exemplar do projeto de unidade criado por Deus: a fusão perfeita, completa e sincrônica do diferente, resultando em uma realidade nunca antes experimentada quando estavam separados. Esta unidade pressupõe a diversidade sem desprezar ou invalidar a individualidade. E pode, deve e precisa ser experimentada em nossa historicidade (história vivida) como cristãos. Ela faz parte de nossa jornada espiritual.

            Sobre o Conceito de Espiritualidade
Compreender o conceito de espiritualidade não é algo tão simples. Existem àqueles que, ao tentar defini-lo, simplesmente agregam um adjetivo (cristã) e encerram suas reflexões.

Entretanto, para ponderarmos sobre ‘o que é espiritualidade’ precisamos, primeiramente, definir um espaço-tempo. 

Ao estudarmos a compreensão ou a vivencia da espiritualidade temos que identificar um grupo de pessoas específico e um recorte temporal (a época). Isto porque àquilo que povos europeus ou asiáticos compreendem hoje por espiritualidade não é o mesmo que pensavam alguns milênios atrás. E mesmo povos contemporâneos entre si possuem perspectivas distintas sobre vivência espiritual e religiosa.

Sendo assim, para conhecermos e entendermos o que é espiritualidade e espiritualidade cristã para os brasileiros, teremos que levar em conta o contexto latino americano, nossa trajetória política e social na História, nossos dilemas atuais e nossas heranças históricas. Porque a vivencia e a experiência da espiritualidade acontece em um contexto relacional, com pessoas que estão inseridas em situações sociais, políticas, religiosas e ambientais.

Em nossas aulas na Faculdade Teológica Sul Americana, foi apresentada uma boa proposta de definição de espiritualidade:
Podemos defini-la como uma qualidade não material que diz respeito à vivência, envolvimento, dedicação religiosa em geral, à luz de reflexão e entendimento. Mas, podemos falar também de espiritualidade cristã, que é aquela forma de espiritualidade específica da fé cristã e sua vivência. Neste caso, o seguimento religioso e a experiência mística são orientados pela fé. [4]

Assim, ao tratarmos de espiritualidade cristã no contexto latino-americano precisamos dialogar com mais dois conceitos distintos do primeiro, a saber, o conceito de fé e o conceito de religião, porque toda a vivencia desta espiritualidade está diretamente relacionada com nossas heranças e práticas religiosas e com nossa fé centrada em Cristo.

Artigo de Flavianne Vaz D. Melo da silva



[1] Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Disponível em http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx
Consultado em 27/06/2011 às 15:10h.

[2] TENNEY, Merrill. In GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. P.534.
[3] PHILLIPS, Keith. A formação de um discípulo. São Paulo: Editora Vida, 2010. P. 74-75

[4] SANCHES, Regina Fernandes. Aula 1 – Conceitos de Espiritualidade. In http://virtual.ftsa.edu.br/saladeaula/file.php/35/

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Gilad Shalit está livre!


Gilad entrou no território Israelense esse manhã! Esse é um dia de glória para o Estado de Israel que venceu com toda diplomacia e negociou o resgate de um dos seus filhos! É dia para festejar e dar Glórias ao D-us de Israel que nunca abandou o seu povo e que por sua imensa misericórdia também ouviu as orações da família Shalit e dessa humilde escritora. Baruch HaShem Adonai Melech haolam!

Marion Vaz

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O Oleiro e o vaso



Em cumprimento a ordem divina, o profeta Jeremias encaminhou-se até a casa do oleiro e passou a observá-lo atentamente (Jr 18). A matéria prima utilizada era o barro, que ainda maleável podia ser amassado com os pés, umedecido e moldado no instrumento que lhe daria a forma final. Concluída essa parte, o objeto era levado ao fogo onde tomaria consistência, para mais tarde ser utilizado em toda boa obra.

No entanto, aquela rotina foi interrompida quando o vaso se quebrou nas mãos do oleiro. Ele bem poderia se desfazer daquele objeto e recomeçar o trabalho com outra porção de argila. Mas o artista não tomou essa decisão. Estava acostumado a lidar com aquela matéria prima todos os dias e sabia como reutilizá-la. Logo, se propôs a fazer do vaso quebrado um novo vaso, como "bem pareceu aos seus olhos".

Ao sair do Egito em direção a Terra Prometida, o povo de Israel recebeu de Deus a Lei e os Mandamentos. O primeiro dele exigia a adoração incondicional para não se corromperem com os povos idólatras que encontrassem. Com o passar dos anos, feriram a santidade de Deus.

A mensagem para Israel dada ao profeta era de arrependimento, de mudança de atitude, de renovo espiritual. Mas, abdicando da soberania de Deus para transformá-los, atraíram para si iminente castigo.

Imagino que um vaso rachado, deformado, imperfeito não tem muito proveito na obra de Deus. Estar na mão do Oleiro pode ser a diferença. A técnica de amassar a argila com os pés deve ser de suma importância. Passar pelo fogo pode parecer um pouco desconfortante e talvez você esteja nesta fase. Mas confie no Senhor. O "fogo" solidifica, define caráter.

Deixar-se quebrar nas mãos do Oleiro pode até certo ponto, significar um retrocesso, mas também é um reinício. Seja como for, o Senhor vai trabalhar em sua vida, modificando muitas áreas, que até então eram consideradas inofensivas a sua fé. Mas o Deus que nos conhece por inteiro, "conhece o nosso pensamento e o nosso deitar e levantar", Ele sabe aonde, como e o quanto precisamos ser transformados.

Então se deixe quebrar nas mãos do Oleiro.

Vaso quebrado pode se tornar um vaso novo, um vaso perfeito sem mácula, sem emendas, sem rachaduras. Vaso útil, vaso cheio, transbordante. Vaso precioso.


Marion Vaz


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Segredos de Vitórias



“Enoque foi transladado para não ver a morte,
porque alcançou testemunho de que agradara a Deus”
Hebreus 11.6

O texto bíblico de Hebreus 11 inicia fala sobre a Fé, sua definição e  essência. Mas observando esse versículo podemos destacar 5 segredos que fizerem de Enoque uma pessoa especial:

– Havia uma fé constante no coração dele. Ele não duvidava do poder de Deus. Enoque sentia essa necessidade de se separar do mundo e viver em santidade para agradar a Deus. E isso foi detectado pelas demais pessoas que viviam ao seu redor.

Agradar - O texto de Gênesis diz que “andou Enoque com Deus trezentos anos...” Não foi um dia ou dois, nem apenas um mês, mas durante uma sequência de anos Enoque se submeteu a vontade do Eterno e alcançou testemunho de que era justo e fiel. E suas atitudes agradaram a Deus

Aproximar-se – Havia uma comunhão íntima deste homem com Deus. E como podemos nos aproximar do Senhor? Através da oração, da leitura da sua Palavra, do louvor, e até de uma vida de comunhão com outros irmãos.

Crer – Esse é outro ponto que nos chama atenção. Enoque cria na existência de um Deus, embora vivesse no meio de uma sociedade corrompida pelo pecado e pela adoração a outros deuses. 

Mas Enoque procurara se santificar a cada dia para estar na presença do seu Deus e com sua atitude e talvez também com suas palavras, condenava a vida errônea de seus vizinhos, de sorte que resolveram matá-lo. Então Deus o transladou, o tomou para si, e o restante do versículo afirma, visto que “...antes da sua transladação alcançou testemunho que agrada a Deus”

Devemos crer que temos um Deus que nos guarda, que provê tudo o que precisamos e que nos cura de qualquer enfermidade e que nos livra da morte.

Buscar – O texto bíblico de Hebreus afirma que se deve crer em Deus e que Ele é galardoador dos que os buscam. Então buscar a Deus em oração, com fé crendo na vitória é um dos segredos para alcançar o que se deseja. Não foi diferente com Enoque.


Marion Vaz


sábado, 8 de outubro de 2011

Poema Solidão



Dizem que amizades sinceras não existem... Dizem que nem existem amizades... 
Dizem que quando se tem amigos nunca se está só... Ou que quem está só precisa de amigos... 
Às vezes... Em meio a minha solidão procuro os amigos que não existem.... 
Estendo a mão mas não existe braços para me amparar... 
Procuro lenços para enxugar minhas lágrimas... Mas não existe nem lenço, nem mãos... 
Só então me dou conta que é noite... 
Mas me consolo na esperança de que um novo dia vai chegar e na certeza que a cada manhã o sol vai brilhar... 
Esqueço a dor, as lágrimas, e faço da minha solidão uma companhia agradável...
Quase uma amizade perfeita... 
É quando me dou conta que realmente estou só...

Marion Vaz

Yom Kipur


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Yom Kipur - Expiação dos Pecados




O que é a expiação? Os pecados são perdoados e o pecador não receberá nenhum castigo pelos maus atos indultados. Mas a expiação não se resume só nisto, ela é a limpeza de todas as manchas que uma pessoa faz na sua própria alma como conseqüência das suas transgressões. A finalidade da expiação é que não sobre nenhuma marca dos atos ruins cometidos anteriormente, ao ponto que os pecados mal intencionados se tornem méritos.

Sub entende-se que, quando um judeu faz Teshuvá e se arrepende das infrações cometidas, ele limpa o mal que se grudou à sua alma e atinge a expiação. Mas como pode a expiação através da 'essência do dia' limpar as manchas causadas à sua alma? Como pode 'o dia em si' tirar as manchas causadas pelos pecados, sem a intervenção da própria pessoa?

Na relação entre um judeu e Hashem há alguns níveis:

A) A ligação que se forma através do cumprimento dos Mandamentos de Hashem: Quando um judeu recebe sobre si o reino dos céus e está disposto a cumprir as ordens Divinas, ele se liga com Ele.

B) Uma ligação interna entre o judeu e Hashem: Esta é uma ligação mais profunda e elevada do que aquela estabelecida pelo cumprimento das mitzvot, pois quando um judeu peca, transgredindo uma ordem Divina, isto o envergonha tanto que ele se arrepende e faz Teshuvá.

A Teshuvá é oriunda desta ligação, que é profunda em sua alma. Ela tem a força de tirar as manchas causadas pelos pecados e fortalecer sua união com o Todo Poderoso. Esta adesão, apesar de ser muito mais elevada do que a feita pelo cumprimento das Mitzvot, é, porém limitada, expressando-se apenas na Teshuvá.

C) Uma ligação por si: Quando a alma de um judeu se une à essência de Hashem. Esta ligação não tem dimensão nem limites. Esta ligação não pode se expressar de maneira nenhuma, nem mesmo pela Teshuvá. É impossível desenvolver este relacionamento através de alguma ação, é uma ligação natural derivada da própria alma do judeu que é "uma parte de HaShem".

Da mesma forma que é impossível formar esta ligação, é impossível enfraquecê-la ou atingi-la através de pecados. Nesta união tão sublime, as transgressões não atingem por isso 'a essência do dia da expiação'.

No Iom Kipur se revela em cada judeu a sua própria ligação com Hashem, a união da sua alma com o Todo Poderoso. Quando este nível de adesão se revela, todas as falhas e manchas desaparecem.

Em níveis mais inferiores, onde os pecados causaram as manchas, aí sim devemos agir fazendo Teshuvá, pedindo pela a expiação e fortalecendo a ligação com Hashem, uma ligação que romperá e removerá tudo que a possa prejudicar. Mas a expiação de Iom Kipur é feita através da luz deste nível tão elevado no qual não ocorreu nenhuma falha, por isso basta à essência do dia para que ela aconteça!

(Baseado no Likutei Sichot Vol.4 do Rebe de Lubavitch)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Público Alvo



Chegar à perfeição é o objetivo de qualquer indivíduo, por isso ele cresce, estuda, trabalha, ama, e tudo é feito com muita intensidade para que ao final de tudo se vanglorie de ter dado o melhor de si para conquistar seus ideais.

No meio literário não é diferente. Muitos pensam que às vezes é pura sorte. Outros já dizem que uma boa idéia vale milhares de reais na conta bancária. Para outros é fruto de muita dedicação e amor pelo que se faz.
Há quem diga que um texto perfeito faz a diferença, e sem falar naqueles que insistem que é a propaganda e marketing que produz os Best Seller da vida. 

Cada um pode ter sua parcela de “culpa”, afinal no mundo de hoje há livros que alcançaram Record de vendas e já foram lidos por milhões de pessoas. Particularmente tenho minhas dúvidas quanto algum dos títulos apresentados. Mas quem faz a diferença mesmo é o leitor. É ele que conta na hora que seu livro chega às livrarias!

Então é hora de pensar que tipo de público você deseja alcançar e para quem você está escrevendo. É importante definir que o público alvo é quem vai comprar o seu livro, ler, analisar, se agradar e certamente fazer propaganda dele. 

Não deixe de avaliar esse grupo de pessoas antes de começar a escrever, direcione suas informações para as necessidades básicas do seu leitor, pesquise outras fontes que tenham a mesma visão. Diversifique quando se tratar de adolescentes, jovens, crianças. Há assuntos que agradam mais as mulheres. Os homens costumam ser mais práticos.

Mas o público adulto tem em comum o que podemos chamar de sensor literário, embora que, cada pessoa tenha suas próprias características e preferências, de modo global todos podem ser atraídos para um mesmo estilo literário, diferente dos mais jovens que estão se adaptando a cada fase na vida em sociedade.

Você sabia que cada grupo que compõe o público alvo tem suas necessidades, seus interesses, que variam também conforme as localidades aonde residem?  Assim um adolescente de uma região brasileira, por exemplo, pode ter interesse diferente daquele que reside em outra região.

Então é óbvio que se o assunto da obra atrair a todos, maior será a aceitação e o entendimento do material exposto. Que satisfação para um autor poder alcançar as necessidades de pessoas em diferentes localidades! Geralmente, pensando-se em alcançar pequenos grupos, não se faz as adaptações necessárias e perde-se muito com esse tipo de mentalidade.

Para lançar um produto e alcançar um grupo de mulheres, uma empresa faz pesquisa de mercado, entrevistas, reportagens e só depois a propaganda do seu produto. Às vezes, uma boa campanha de marketing vai definir as vendas. 

E no campo literário religioso, por exemplo, qual é a real necessidade da mulher? O que lemos de “Mulheres Avivadas” é alarmante como se só isso bastasse! Você vai concordar comigo que esse é o lema escolhido praticamente em todas as igrejas pentecostais, para congressos, nomes de conjuntos, pregações, etc. Então se você quer escrever para mulheres tente fazer algo diferente!

Literatura infantil é um dos campos mais liberais que existem. As editoras estão repletas de livros coloridos, cheios de desenhos, brincadeiras e histórias que cativam as crianças nas diversas faixas etárias. Temos livros cujas imagens dão a impressão de movimento, páginas com essências aromáticas e nos mais variados formatos. Tudo para agradar a criançada. 

O autor precisa desenvolver bem os textos, usar a psicologia e encarar com seriedade as necessidades e as limitações de nossas crianças e escrever de acordo com a capacidade de entendimento. Não basta encher de quadrinhos coloridos, tem que aguçar os sentidos, deixar a imaginação livre e presentear as crianças com um lindo trabalho.

Já percebeu que são poucos os super-heróis na literatura cristã para crianças? O escritor fica com medo de criar “alguém” que possa substituir Jesus na mente da criança e por sua vez, as nossas editoras reagem de forma negativa a essa idéia. 

Assim na maioria dos livros infantis só resta mesmo adaptar os personagens bíblicos, cujas histórias não podem ser modificadas, enquanto na literatura secular temos um número de super-heróis importados de livros e filmes americanos e japoneses. Alguém sabe me dizer qual o nome de um super-herói brasileiro? Fica aí a dica para quem quer surpreender com alguma idéia nova!

Conhecer o público alvo é fator essencial para a aceitação de uma obra no mercado literário. Imagine que a aceitação da obra também tem um público específico. Há assuntos que podem atrair a atenção de vários grupos de pessoas, mas outros atingem somente uma área e às vezes bem restrita.

Assim, esteja disposto a investir pesado na arte de escrever e surpreenda seus leitores.


Marion Vaz