domingo, 16 de fevereiro de 2014

Empreendedorismo no Rio de Janeiro




                                                  Sr. Nelsinho criou o Disk Pipoka

Andando pelas ruas no centro da cidade do Rio de Janeiro há algum tempo atrás, fiquei surpresa com o número de camelôs em cada calçada, cada esquina. Virou uma “febre”. Vende-se de tudo, embora que na loja em frente tenha o mesmo produto.
Esquivando-se do fato de que as lojas e magazines tenham que pagar imposto sobre mercadoria, fiquei atordoada com a quantidade de objetos, bijuterias, roupas, calçados, livros e tantos outros artigos lotando as barracas. Lado a lado faziam um verdadeiro paredão em determinadas ruas do centro. Sem falar nos vendedores ambulantes com seus cachorros quentes, hambúrgueres, água e doces. Na Avenida Rio Branco pude sentir um cheiro de fritura que parecia me acompanhar.
As pessoas transitavam confortavelmente no meio daquele alvoroço, como que acostumadas a tudo no seu dia a dia. Lanchonetes e lojas de refeição também mostravam o entra e sai de clientes. Por toda parte um bom número de pessoas que naquele vai e vem, conversavam  alegremente com os amigos ou falavam ao telefone, atravessavam as ruas completamente alheias ao meu assombramento.
Então, vários camelôs foram redirecionados ao Mercadão, próximo ao metrô da Uruguaiana. Ali, centenas de pequenas lojas passaram a funcionar e empreendedores de mercadorias diversas fixaram ponto. Ontem, no entanto, percebi esse afrouxamento da fiscalização dando margens ao crescimento dessa nova classe de “serviço” que oferece produtos de todos os tipos, a preços acessíveis influenciando a população na aquisição de suas  mercadorias.
O calor encorpado no Rio também trouxe benefícios aos vendedores de água, sucos e refrigerantes que não se incomodam de entrar nos transportes oferecendo a todos e em pleno sol de 40°  vi muitos deles se arriscando nas pistas da Avenida Brasil.
Esse tipo de empreendedorismo nos apresenta dois fatores. O primeiro, que o índice de desemprego afeta a população. Muita gente precisa trabalhar de ambulante para alimentar a família. Segundo, criou-se um tipo de serviço terceirizado para a classe trabalhista, diferente daquele que estávamos acostumados a lidar. Onde houver um espaço aberto, ali vai nascer um camelô. De sol a sol eles estão marcando presença no Rio e Grande Rio, nas ruas da cidade, nos bairros, nas estradas. E vendem de tudo, sem constrangimento. E não podemos negar a sua utilidade.
Outro fator importante diz respeito à empregabilidade, ou seja, tornar-se empregável. O que não é muito fácil hoje em dia para todas as pessoas. Muita gente é descartada das vagas de emprego por causa da idade, escolaridade e outras informalidades na hora das entrevistas. É notório que algumas mudanças profissionais aconteceram por conta do indivíduo. Mas no geral, trabalhar como autônomo tornou-se uma opção viável.

Conheça no link abaixo:

 Os ambulantes do Guia Carioca de Gastronomia de rua do RJ


Marion Vaz

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