(Foto da Google)
Informação, comoção, gratidão - Percebi isso esta manhã quando um ambulante entrou na condução. Primeira etapa é da informação sobre o produto e sua utilidade. Se for alimento, balas, chocolate, etc, o vendedor vem com toda aquela tática do quanto você vai sair lucrando. Depois toda informação gira entorno dele e sua situação financeira. Se o produto vem de alguma instituição, mais blábláblá no seu ouvido.
O certo, pelo menos aqui no Rio de Janeiro, se o cidadão der bobeira, vai adquirir de três a quatro mercadorias por viagem.
Em função da venda do material oferecido, nada contra, até o momento que o prezado começa a falar de si mesmo, das suas dificuldades, vícios e vitórias, além do fato que usam o termo de irmão, irmã, ao invés de senhor, senhora, para dar um ar familiar. Objetivos alcançados, hora dos agradecimentos, feliz natal, boa viagem. Sentimentalismo à parte, acontece desse jeito na maioria das vezes.
Outro dia, entrou uma moça caraterizada com roupa e nariz de palhaço. A instituição teatral arrecadava fundos para continuar seu trabalho em hospitais, creches e escolas. Boa iniciativa. Comprei os cartões que ela vendia.
Numa dessas viagens de Van, serviço terceirizado que beneficiar a população principalmente na zona oeste do Estado, o motorista deu oportunidade a um menor que vendia doces por 1 real. Fiquei observando a tática do "principiante" com aquelas frases decoradas, todo despachado conversando com os demais passageiros. Alguém chegou a perguntar se ele estava na escola. Ele respondeu que sim. A pessoa incentivou o menino a concluir os estudos. Reparei que ele não era o único naquele trajeto pela Avenida Brasil.
Para o menino de nove anos que parecia até se divertir com o seu pequeno negócio, uma realidade nua e crua da nossa Sociedade. Ao descer num ponto específico, já sabia de cor e repetia o que tinha o que fazer: Atravessar a passarela e pegar uma Van em direção contrária até o local de origem. Por questões éticas mantenho em oculto o trajeto efetuado pela criança, mas deixo registrado o episódio.
Não é difícil encontrar ambulantes e seus diversos artigos, seja nas conduções, nas ruas, praças, em plena avenida ou pontos de ônibus. Eles podem ser vistos logo ao amanhecer arrumando suas barracas, persuadindo a clientela, oferecendo seus produtos, descontos e vantagens. Alguns são mesmo chamativos, engraçados e com bom humor fazem você adquirir qualquer coisa. Ao escurecer, se deslocam para suas casas carregando nas costas ou em malas, aquilo que acreditam ser, o que sustentam no dia a dia as suas famílias.
Marion Vaz
Obs.: A ilustração acima foi retirada da www.google.com/
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