quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

2020 Meu ano Sabático


Sério mesmo! Estou pensando nisto há muito tempo. Preciso de um ano sabático! De um ano inteirinho pra dedicar meu tempo, minhas energias, minhas orações, minhas economias só pra mim. Eu sei... Ano Sabático Judaico não tem nada a ver com isso. Mas eu estou me referindo a uma pausa nesta vida corrida, nas preocupações do dia a dia que só me trazem dor de cabeça e dores musculares. Está sentindo aquela dorzinha na nuca agora? É dela que eu estou falando. Imagine que a gente se preocupa tanto, ora tanto e às vezes, não temos o retorno que desejamos. Escritora ingrata! - Li seus pensamentos?

Claro que eu estou sendo muito ingrata! Afinal, 2019 foi um ano muito abençoado! Muitas conquistas! Vitórias sobre isso ou aquilo que, na verdade, nem imaginava que poderia acontecer. Tenho muito que agradecer a Deus por todas as bênçãos que Ele me concedeu, não só em relação a vida material, financeira, espiritual, mas também saúde e sonhos realizados e livramentos. 

Na verdade, sabe aquela lista de objetivos e desejos que todo mundo faz quando o ano está terminando e quer se programar para o ano seguinte? Esquece! Está na hora de mudar a história. Minha lista vai ser de agradecimentos. E você devia pensar nisto também. Porque às vezes, a gente fica tão obcecado por aquilo que não foi executado, pelo tempo perdido, ficamos tão frustrados diante do nosso fracasso do ano que está terminado, que logo damos início ao "segundo round" na esperança de vencer ou conquistar algo. Quer saber? Puro desgaste físico e mental. 

Ao invés de pensarmos no que deixamos de fazer ou de usufruir devíamos ser mais gratos a Deus! Ao invés de "chorar pelo leite derramado" como diz o ditado popular, devíamos olhar o "lado bom da vida", ou seja, o que conquistamos. Agradecer por estar vivo, com saúde, com energia suficiente para correr atrás do prejuízo se for necessário. 

Então olhe a sua volta e faça uma lista das coisas boas que aconteceram no decorrer de 2019 e agradeça ao Criador, por Ele ter tido "tempo" para te abençoar. Esqueça as mágoas, as desavenças, os prejuízos. Esqueça tudo o que te fez sofrer e ore, reivindique o que é seu por direito, mas tenha em mente que o Senhor fez coisas grandes em sua vida! 

E pra que então essa história de ano sabático? Você deve estar perguntando. Muito simples: Eu preciso de um tempo só pra mim. E não é uma questão de abandonar todo mundo e deixar " a vida me levar". Não. É uma questão de postura. Na verdade, e acontece muito, a gente passa tanto tempo ajudando outros, pensando nos outros, que esquece de si mesmo. O tempo passa e a gente vai seguindo em frente e deixando os nossos sonhos de lado, como se eles não fossem importantes, Um dia você acorda e percebe que não é mais a mesma pessoa de 20 anos atrás.  

Um Ano Sabático resolve tudo, Eu acho...


Marion Vaz

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

O Senhor te guardará do perigo iminente




Não importa a circunstância ou problema que nos atinge no dia a dia, você não pode deixar de acreditar na providência divina. Porque independente do quanto achamos que somos religiosos,  não estamos a salvo das adversidades da vida. Fato. De uma hora para outra ou por um milésimo de segundo, algo acontece que pode sim, colocar nossa vida em perigo ou a vida daqueles que amamos.

Então por mais que se invista em segurança fora ou dentro das residências, existe a probabilidade de entrarmos em uma situação desconfortável. Nada contra a seguros de vida, seguro de incêndio, de carro, de viagens, alarmes, câmeras de vigilância ou qualquer outra coisa que o dinheiro possa comprar. Tudo isso é válido e todo mundo tem o direito de se sentir seguro.

O que me incomoda e muito é essa violência urbana que nos rodeia, o descaso com a vida do seu semelhante, as vinganças, as investidas até mesmo das forças do mal, que constantemente nos ameaçam. Como lidar com isso?!  Sair a rua para ir ao trabalho, shopping, passear ou qualquer outra atividade como fazer uma caminhada, virou um martírio porque temos que estar vigilante o tempo todo, atentos a cada mudança de situação. Somos pessoas estressadas e desconfiadas em período integral. Quem ainda não se sentiu incomodado ao ser abordados por um desconhecido que às vezes, só queria uma informação? Respondemos de longe, sem encarar a pessoa, com o coração "na mãos". Tem gente com medo da própria sombra. 

Na verdade, a própria vida nos obriga a ser assim. Outro dia estava dentro de um veículo e nos demoramos um pouco a sair do local. Na rua em questão, além de carros de passeio, transitavam os transportes coletivos. Um deles passou tão rápido e próximo ao carro em que estávamos que fiquei assustada. Se o motorista tivesse piscado o olho ou se distraído por qualquer coisa, teria batido na traseira do carro e causado um acidente tremendo. E minha netinha estava comigo no veículo. Fiquei perturbada pensando como o ser humano brinca com a vida do outro sem qualquer constrangimento.

Na última terça-feira, estava voltando de carro com meu genro. Minha filha e neta também estavam no veículo. Passamos por um cruzamento e o carro virou a esquina para seguir a estrada. Quando olhei para o meu lado da janela, só vi a frente de um ônibus que, também virou a outra esquina ao mesmo tempo, e iria bater de frente no lado do carona. Seria um acidente monstruoso, porque não iriamos sobreviver ao impacto. Só me lembro de gritar: Aí! Meu Deus! O ônibus estava tão perto do vidro do carro que ainda não sei como escapamos por um milésimo de segundo!

Na verdade sei sim. Foi a mão de Deus que nos protegeu. Passei o resto da viagem sem conseguir falar uma palavra, apertando o corpinho da minha neta contra o meu e respirando ofegante. De noite, chorei em silêncio. No dia seguinte, ainda muito abalada, fui orar, fui conversar com Deus sobre o que havia acontecido. Eu não podia acreditar que Ele havia nos deixado vivenciar aquele episódio. Eu estava na janela olhando as flores no pequeno jardim tentando não pensar em nada. Eu queria discutir com Deus, mas não tinha forças. Era a minha netinha no carro, sentada no meu colo e eu me sentindo impotente diante dos fatos. E com lágrimas nos olhos pensei que preferiria morrer a deixar que algo de ruim acontecesse com ela. E Deus sabe disso! Eu não tenho segredos com Ele.

Foi então que ouvi o Senhor me falar: Marion, você está assim tão abalada porque você viu o livramento! Mas quantos outros livramentos eu já dei a você e aos seus e vocês nem perceberam? Nem tomaram conhecimento! Então chorei mais ainda. E o Senhor repetiu: Você está abalada, porque você viu o livramento. Mas quantos outros livramentos eu já dei?  Confesso que ainda levei um pouco mais de tempo para me recompor e deixar de sofrer por algo que poderia ter acontecido. Mas "o Senhor sabe a nossa estrutura". Ele nos conhece por dentro. Então, eu não podia deixar de compartilhar tudo isso, toda essa experiência. 

Então, no momento em que você se encontrar em perigo ou situação adversa, pense que se tem alguém em quem pode confiar: o Todo Poderoso. Ele é o nosso socorro bem presente no dia da angústia. Ele não dorme, não descansa. Ele nos protege de todo o mal. O Senhor é a nossa verdadeira paz. É Ele que luta as nossas guerras, que levanta a bandeira a vitória. É provável que você já tenha sofrido uma perda, vivenciou dores profundas com as angústias da vida ou enfermidades tantas, mas saiba que não passou por tudo sozinho. O Senhor sempre está presente em cada minuto da nossa existência. Creia nisso e lembre-se que a nossa confiança Nele não pode ser abalada.


Marion Vaz





quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Sentimento ilhado

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O amor é um dos sentimentos que mais me faz questionar a vida. Não é algo tão simples como o poeta quer insinuar.  Não.  Definitivamente amar às vezes dói.  E amar em silêncio então... Mas enfim... E eu sou do tipo romântica que gosta de flores, que me fascino, que me emociono e choro em silêncio, que me entrego, que exagero no querer bem aqueles que amo. E às vezes, me obrigo a pôr limites em minhas atividades para sobrar tempo para mim. 

E falando de sentimentos, de paixão, de relacionamentos, minha mente me prega peças e de repente me vejo pensando em você.  Pensando no que poderia ter sido a minha vida se eu não tivesse sido tão egoísta e envolvida com meus sonhos. Eu podia ter parado naquele corredor quando te vi passar e talvez meu coração te alcançasse. Mas eu só olhei de relance pra trás e depois segui meu caminho. Hoje eu penso que podia ter dito um simples "oi" e numa troca de olhares tudo o que eu sinto agora tivesse despertado naquele tempo. Eu vi você passar, abrir a porta e entrar naquela sala. Eu fico pensando que foi ali que eu deixei você sair da minha vida.

E fico imaginando como uma fração de segundo pode mudar o destino de alguém. Eu deveria ter dado crédito àquela pessoa que me disse que você gostava de mim. E se tinha algum sentimento mesmo eu nunca vou saber. E isso dói. Porque eu fico aqui imaginando que com você eu teria sido feliz. Você perguntaria o meu desejo e me diria: "Até metade do meu Reino te darei..."

Eu tinha que ter prestado atenção nos sinais, mas preferi me iludir, seguir um destino que eu mesma criei pra mim. E por isso, deu tudo errado e agora estou sozinha. Você seguiu em frente, fez projetos pra sua vida, formou uma família e alcançou seus ideais e eu tenho orgulho das suas conquistas e da pessoa que você se tornou. Eu te respeito.

E como eu disse é essa minha mente que me prega peças e então fico pensando que se aquele sentimento existiu mesmo, pode ser que tenha sobrado alguma coisa, bem no fundo, qualquer centelha, talvez porque te vi tão apavorado há algum tempo atrás, com o simples fato de ter que me cumprimentar. Então me obrigo a acreditar que não. Que você só estava com pressa, mas se sentiu na obrigação de falar comigo, pra não ser indelicado. 

Mas se eu tivesse que falar algo, se fosse sua amiga ou se eu tivesse um pouco mais de intimidade, diria: Troca essa foto de perfil, porque o passar dos anos só te fez bem! 

Não me censure só porque de vez em quando eu me vejo pensando em você. E como diz a letra da música é só um "sentimento ilhado, louco e amordaçado" que aflora e me faz pensar. Mas como não dá para voltar no tempo... Fica só a ideia de que alguém como você pudesse mesmo ter me amado, em algum momento... e por alguma razão isso me faz feliz.



Marion Vaz

Atualização: Fev/2021
Você trocou sua foto de perfil. Eu gostei. 


quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Revoltz - Ligações telefônicas abusivas


Como solicitar um Uber por ligação no telefone?

Na boa gente, eu até queria escrever um texto legal hoje. Mas é muito difícil aceitar as coisas que acontecessem no nosso dia a dia e ficar com aquele sorriso no rosto de que "tudo contribui para o bem". Definitivamente não dá. 

É de conhecimento público minha aversão por determinadas coisas que acontecem aqui no Brasil. Duvido, sinceramente, que isso aconteça em outras partes do mundo. Você acorda de manhã com o telefone tocando, você atende, diz alô e a ligação cai. Tudo bem da primeira vez. Toca de novo, você olha o visor e percebe que é o mesmo número. Atende e... A ligação é interrompida. O número é desconhecido, você não fez um acordo, não tem débito na praça, não está fugindo do FBI. Quem será que está por trás dessa anormalidade? Porque o seu dia se resume em atender ligações sem propósitos.

Pesquisei na Google, no site "Quem me perturba" e lá está também o maldito 021 35003449 que liga incessantemente para minha casa. Muita gente reclamando! É um telefone convencional, pode ser uma empresa, telemarketing, um funcionário fantasma, uma pessoa possuída de um espírito maligno de perturbação. O certo é alguém cadastrou o número do telefone em algum sistema de ligação automática. Imagino que é pra bater a cota diária/mensal de atendimento sem ter que fazer esforço ou algum programa que beneficiará a empresa. 

O Brasil inteiro reclamando desse tipo de investida contra o consumidor e ninguém sabe do que se trata a tal ligação. A única pista é que é do Rio de Janeiro. Mas no meu celular também recebo ligações fantasmas do 011, São Paulo de 3 a 4 vezes por dia. Um inferno! E vou confessar que tudo isso estressa bastante. Se você deixa tocar, toca umas dez a quinze vezes só em uma ligação. Imagine o dia inteiro?! Desculpe o termo, mas que porra é essa? Devia ter uma lei que ajudasse a processar seja lá quem for que esteja assaltando as nossas horas de paz! 

Como já tem vários meses que isso vem acontecendo decidi desativar o telefone da casa. Não tem outra saída. Quando tenho que dormir, ler, almoçar, tomar banho ou qualquer outra atividade já deixo o celular no mudo também, pra não me sentir incomodada. Não tem outro jeito. O serviço de mensagem das redes sociais também foi desativado. Não sei aonde essa gente arranja tempo pra ficar repassando vídeos, mensagens de bom dia ou boa tarde e texto quilométricos  que sinceramente não leio. Sem falar naquelas "correntes" de passe e repasse pra ganhar a sorte ou o amor da sua vida. Aff. Que coisa mais ridícula em pleno século 21. Tô fora amigo! E ainda sobrecarregava a memória do celular e lá ia a marionzinha deletar tudo.

Depois das reclamações de: Eu te liguei, avisei aos familiares: Se for importante, manda mensagem pelo whatsapp. Paga-se a conta de telefone, mas não dá para usar o serviço. É Brasil. Vou fazer o que? Aqui acontece de tudo. E esse tipo de investida contra a minha serenidade estava me prejudicando, porque o telefone tocava a qualquer hora do dia, sem qualquer propósito ou benefício ao consumidor. 

Com certeza alguém está lucrando com esse tipo de "telemarketing" enfadonho. Gostaria muitíssimo de saber quem é o dono do telefone 021 35003449 que vem perturbando a vida de centenas de pessoas. Pra mim é coisa de gente desonesta, doente, que não tem vergonha de fazer o que faz pra prejudicar outra pessoa. 

Seria o caso também da companhia de telefonia ser responsabilizada por repassar tais ligações? Se eu pedir pra bloquear o número tenho que pagar pelo serviço? Seria esse o propósito? E se surgir mais ligações de outros números desconhecidos? Vou pagar por cada bloqueio? Então é um golpe? 

Sinceramente, já acho um absurdo que o número particular de uma residência seja repassado sem a nossa autorização. Informações pessoais compartilhadas de empresa pra empresa,, link pra link e coisas do gênero nos tornam suscetíveis a esse tipo de investida.

É diferente quando a gente atende uma ligação de alguém oferecendo um serviço.  A pessoa se idêntica, mostra os benefícios,  as vezes até insiste. Você diz quero ou não quero e acabou ali. Ok. 

Mas como se não bastasse toda a criminalidade, a politicagem, as desgraças que a população brasileira sofre, quando a gente se refugia dentro das nossas próprias casas, alguém acha um jeito de bular o Sistema e nos prejudicar e nos tirar a paz.  


Marion Vaz




quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Rosh HaShana - Tudo bem se você não for perfeito

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Esta semana comemoramos o Rosh HaShana, o ano novo judaico. Para muitos um momento de reflexão sobre a vida e o que vem pela frente no futuro. Uma jornada em busca do seu melhor. Faz um bom tempo que eu redirecionei a minha vida e passei a valorizar mais o povo judeu e suas tradições. E sabe, no princípio, a minha cabeça deu um nó. Confesso. Porque essa minha paixão pela nação de Israel e pelo povo já era de conhecimento público. Nunca escondi o que sentia e sempre que podia lá estava eu falando ou defendendo Israel das "más línguas". 

Estudar a Bíblia era a minha paixão também e o povo da Bíblia eram os judeus. A cidade de Jerusalém constantemente citada nos textos sagrados sempre foi a minha cidade do coração. E pensar que o povo e a cidade estão bem ali, a um passo de mim, me leva a sonhar de olhos abertos. E confesso que alguns ensinamentos que me impuseram desde criança, às vezes não faziam sentido. Eu queria saber mais. Indagava, estudava, pesquisava e quando me deparei com o Comentário Judaico do Novo Testamento, as coisas começaram a fazer sentido. Mas não foi o suficiente e então mergulhei nos estudos judaicos.

Pra resumir, metade de mim é judaica e a outra metade acredita em Jesus. Parece estranho que alguém possa ter "dois senhores"? (risos). Não é bem assim. Está tudo muito bem definido dentro de mim. Mesmo porque, Jesus é judeu. e durante toda a sua vida foi um judeu praticante. Está tudo no texto sagrado embora alguns meticulosamente tentem provar o contrário. 

O certo é que quando penso em Israel e na comunidade judaica, nada, nada mesmo me faz pensar que eles precisem do "salvador" que outros querem impor. Mesmo porque eles também esperam e oram pela vinda do Mashiach (Messias).  O Judaísmo é perfeito para os judeus. E eu amo cada pedacinho daquela terra. Você pode ler muito sobre Israel no meu blog Eretz Israel. Vai entender minha paixão. Mas é claro que não dá pra desaparecer com a fé em Jesus como se ele não fosse importante e seguir em frente. Daí o meu processo de aceitação das duas religiões durou cerca de um ano inteiro. E as minhas duas metades convivem dentro de mim harmoniosamente. E Deus? você pode perguntar? Com Ele também está tudo bem. Ele é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó e o Deus de Israel. Então acho que Ele me entende.

E o Rosh HaShana? Seria um recomeço? Um processo de aceitação? Uma nova jornada em busca da perfeição? Tudo isso e mais. É o início do ano civil em Israel. E na cultura judaica temos alimentos simbólicos, orações que antecedem os preparativos, o toque do Shofar. E não menos importante as declarações oficiais de:Shana Tova Umetuka! - Um ano bom e doce. Neste período há o Julgamento. Deus olha para a nação de Israel e perdoa os pecados. E tudo é feito com tanta dedicação e fé que eu me recuso a pensar que poderia ser diferente. Na verdade, não sou judia e então não posso fazer parte de nenhuma comunidade judaica. Mas eu faço o jejum de Iom Kippur todo ano. Nem sempre faço as 24 horas necessária e nada menos do que 15 horas. E eu me sinto bem demais em participar.

Então, tudo bem se você não for perfeito. Mas que você possa refletir sobre a vida e que todo o processo que te trouxe até aqui não é para te condenar, mas para te aperfeiçoar. Shana Tova.


Marion Vaz



terça-feira, 24 de setembro de 2019

Momento OFF - o meu mundinho vai ficando cada vez menor.


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Tem horas que ficar calada é a melhor decisão que se toma na vida. Na maioria das vezes as pessoas não querem opiniões que discordam da sua maneira de ser ou agir. E ficar tentando mudar o pensamento dos outros é a maior perda de tempo. Na verdade, cada um é responsável por suas atitudes e sinceramente, todo mundo tem o direito de errar e com certeza, ser responsabilizado por suas ações. Então... Ficar "fora do ar" (isso acontecia quando um canal de televisão perdia o sinal)  nos ajuda a repensar nossas próprias decisões e evita uma série de problemas que a gente não quer.

E olha que eu passo por isso o tempo todo. Você diz algo para o bem da pessoa e é repreendido só por querer ajudar. No início ficava chateada e tentava explicar minha opinião. Não adiantava nada. E parece que a pessoa faz o que é errado só para nos provocar. E a medida que os filhos crescem e se tornam donos do próprio nariz não te ouvem mais. Um dia alguém me disse: "Se você vai se sentir melhor pode falar, mas eu não vou mudar de opinião". E falou isso com tanta arrogância, que eu engoli a saliva e respirei fundo antes de falar pausadamente a minha opinião. E olha que eu tinha me desdobrado para ajudar esta pessoa naquele final de semana! Acha que ela mudou uma simples cadeira de lugar? Não. 

Eu não sei se é por causa da idade ou das inúmeras frustrações, mas sinto certa sensibilidade aflorando. Antigamente eu batia o pé e fazia valer a minha opinião. Agora, eu fico em silêncio quando algo me magoa. Não sinto vontade de explicar ou discutir seja lá o que for. Simplesmente fico fora do ar e deixo o tempo passar. Talvez seja uma rota de fuga, sei lá. 

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Mas é muito ruim ver como as pessoas vão se afastando ou te calando o tempo todo como se estivessem dizendo claramente: A sua opinião não é importante! E o meu mundinho vai ficando cada vez menor, meus relacionamentos desaparecendo como fumaça e a solidão se tornando a minha companheira no dia a dia. Às vezes, eu me sinto tão sozinha que converso comigo mesmo e nós duas tentamos encontrar a solução para algo ou aprendemos uma com a outra aquilo que nos ensinamos. E sabe o que pior? Ninguém se dá conta do que está acontecendo...

E o pior é que hoje tais pessoas acham mesmo que podem gerenciar suas vidas sem a minha opinião. Tudo bem. E nem percebem o quanto estão me afastando delas. 


Marion Vaz



segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Bienal do Livro in Rio - Obra Liderando Adolescentes

Liderando Adolescentes

Domingo foi um dia especial. Visitar a Bienal do Livro sempre foi e continua sendo uma experiência maravilhosa. Lembro-me das vezes que levava minhas filhas, até lá e percorríamos cada pavilhão com muita animação. Livros fazem parte do nosso DNA. Herdamos essa "veia literária" do meu pai, jornalista Miguel Vaz. Lembro-me da dificuldade que era para chegar até lá, da condução, do desconforto. Mas nada nos impedia e voltávamos felizes com nossas sacolas repletas de livros.

As comodidades do tempo presente aumentou o número de visitantes que a cada dia de exposição lotam consideravelmente cada pavilhão. Gente bonita, gente feliz, crianças que correm de um lado para outro agitando ainda mais os corações dos pais. Este ano o pavilhão laranja foi parcialmente dedicado a esses aventureiros da leitura. E todas as novidades podem ser encontradas no link https://www.bienaldolivro.com.br/ 

Você pode achar que o tema nem é muito interessante, porque livros se pode comprar em qualquer editora ou livraria e online fica ainda mais fácil e mais barato. Mas andar por cada Stand de livros, participar do café literário e assistir aos shows que deram um toque mágico ao evento é, particularmente, um atrativo para toda a família. É lindo ver as crianças manuseando os exemplares e escolhendo a dedo o que queriam comprar. Algumas delas já chegaram na Bienal com sua lista de locais definidos.

O que me impressiona nisso tudo é que, quando começamos algum projeto não imaginamos aonde tudo isso pode nos levar. Ao ler uma postagem fiquei imensamente feliz. Uma autora dizia em sua página do Facebook: "Eu sempre fui a Bienal desde criança como leitora. Mas este ano estive presente lá como autora" - Podia ser qualquer outra autora de obras literárias, mas eu estou me referindo a minha filha Flavianne Vaz. Este ano ela publicou sua primeira obra pela editora CPAD: Liderando Adolescentes. Estou tão feliz que quero expressar minha gratidão a Deus. Obrigada Senhor.

E é por todas essas bençãos que ora nos atingem de cheio, que eu vou repetir o quanto é importante correr atrás dos próprios sonhos, não desistir no meio do caminho, mesmo avaliando os riscos que cada objetivo possa apresentar. E o mais importante: saber ser grato a Deus por tudo. 

Então... Se você é do Rio ou está de passagem, corre que dá tempo de apreciar este evento. E pra quem quiser curtir a nossa página https://www.facebook.com/liderandoadolescente/  sinta-se à vontade.


Marion Vaz

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

A dor que eu não quero


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Se tem uma coisa que eu não suporto é sentir dor. Seja ela da origem que for. Sentir dor no corpo é muito ruim. Dor de dente é algo que nem deveria existir. E a dor do parto normal? Que bom que a gente esquece dela quando a criança nasce. Dor de modo geral é sempre o corpo falando que tem algo errado e que a gente não tomou providências antes.

Eu tenho uma dor de cabeça que pode durar uma semana. Primeiro ela dá de um lado da cabeça e posso tomar todos os remédios do mundo que ela não vai embora. São dois a três dias nessa agonia. E o pior é que quando passa do lado direito, a dor passa para o lado esquerdo da cabeça. Dói a cabeça, o ouvido e até o dente que eu nem tenho. Ela tem origem no estresse. Se eu me aborrecer por qualquer coisa, dois dias depois aquela dor chata aparece. Às vezes, ela é branda e dá para suportar, mas a crise me deixa de cama e precisa até massagear a parte dolorida. 

Esses dias apareceu uma dor de dente. Esse existe mesmo. E eu estou aqui há quatro dias nesse sofrimento. Já agendei um dentista pra saber a origem e o medicamento adequado. Só pra ficar registrado, eu não suporto ir ao dentista, mas vou regularmente pra fazer limpeza e o que precisar, só pra não sentir essa desgraça de dor.

Sentir dor faz parte da vida. Fato. Não dá para fugir de momentos de angústias, daquela dor na alma quando se perde alguém querido. Eu sofro só de pensar em alguém que se foi desta vida, mesmo que eu só tenha conhecido de longe. Tem perdas que são irreparáveis. Aquele desconforto, aquele vazio, aquela impotência diante dos fatos. As lembranças que vem e vão nos deixando cada vez mais sensíveis, mesmo com o passar dos anos.

Às vezes, "a dor que eu não quero" me aproxima mais de Deus e traz à memória as tantas vezes em que o Todo Poderoso me auxiliou, me libertou e me deu vitória. Dizem por aí que são "os caminhos de Deus". Talvez.  A dor era tanta esses dias que eu perguntei a razão de tudo isso e se havia algum propósito para minha vida. Tinha que ter!

Então me lembrei das escolhas de Deus na Era bíblica e os tantos personagens e suas vidas. Eles sofriam também? Com certeza. Porque a gente só lê e só pensa na parte boa da história, das conquistas, das recompensas. Ninguém pensa do quanto foi difícil chegar até ali, do que se teve que deixar para trás ou das renúncias que eles fizerem. Ninguém pensa no processo.

Porque muitas vezes temos que renunciar a algo antes de sair e percorrer o tão importante "caminho que nos é proposto". Mas o processo é dolorido, quase traumático para alguns. Anti-inflamatórios não dão jeito. Remédios caseiros nem pensar! A dor não vai passar assim tão fácil. Porque em muitos casos é preciso fazer primeiro um tratamento primeiro. Rever sentimentos e atitudes que nos deixaram assim tão enfermos. Ás vezes, é preciso perdoar também, aos outros e a si mesmo, antes de buscar o perdão de Deus.

Tem gente sentindo dor física porque não quer liberar o perdão, esquecer as mágoas, apagar o passado. E traz a memória todo dia aquele incidente, aquela discussão, aquele "tapa na cara sem mão". Então quer vingança! E quem sofre mesmo é o corpo que está aprisionado ao passado. E às vezes, nem vale a pena.

Você deve estar pensando por que uma pessoa com tanta dor para tudo para escrever um texto? Porque essa é a minha missão, meu propósito, meu caminho. A dor vai passar! Mas por enquanto fica aqui uma reflexão: Você precisa sentir dor para se aproximar mais de Deus?


Marion Vaz

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Esquece aquela luz no fim do túnel

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Às vezes, eu me sinto uma pessoa inferior às demais que eu conheço. Acontece. Fato. Não com tanta frequência. Mas acontece. A gente se olha no espelho e pensa: Por que eu sou invisível? Por que ninguém me olha ou me dá valor, ou percebe o quanto estou carente de um carinho ou de um elogio.  Que porcaria de vida é essa a minha? Sabe quando a gente percebe que, por algum ou muitos motivos, somos particularmente alvo de agressões e ofensas? Dessa vez tentei não me abalar, não responder a altura, tentei ignorar as tantas meias verdades as quais fui obrigada a ler (whatzapp). Já passaram duas semanas. Mas sabe aquele sininho na sua cabeça que fica tocando, mesmo que o resto do mundo não ouça, mas está lá fazendo aquele barulhinho irritante? Pois é... Está doendo ainda.

Então, como acontece, a gente procura um outro tipo de "válvula de escape", sonha acordado, imagina um milhão de situações em que se é importante ou valorizada. Aí do nada, tudo piora. A gente cai calculadamente no mesmo erro e tudo desmorona. Tem gente que se estivesse na mesma situação já estaria em depressão. Com certeza. Porque tudo parece não fazer mais sentido. E chorar não resolve. Por isso ainda estou com aquela lágrima presa na garganta e aquele aperto no coração. E não dá pra ficar trancada num quarto escuro esperando o tempo passar. Não dá mesmo! Porque a vida segue em frente, as contas a pagar estão chegando e os problemas não vão desaparecer assim, do nada. Então... Esquece aquela luz no fim do túnel! Porque se der bobeira o trem passa por cima de você!

Então, se não posso esperar por uma solução mágica para os problemas da vida, eu me vejo fazendo as coisas no automático! Já acordo de manhã com uma agenda cheia. A rotina é a mesma e sigo religiosamente tudo o que está prescrito. E no fundo é tudo tão idiota porque fico apreensiva se algo sai do meu controle. E às vezes, digo que não vou fazer algo e quando me dou conta já fiz! E parece que as coisas apagam da memória e esqueço o passo a passo. 

O ideal seria mesmo o piscar das luzes no final do túnel te dando esperança, mas o que eu preciso é de alguém que me faça o café da manhã, que me acorde com um sorriso e um bom dia. Aquela coisa de pele, de sentimento, de companheirismo. Eu quero um rosto amigo, um amor verdadeiro. Não que eu não seja feliz com o que tenho. Só não sou totalmente feliz. Não hoje.

Na verdade, eu quero flores enquanto estou cheia de vida, com vontade de sair e ser feliz. Não quero flores sobre o meu caixão! Não quero discursos sem fim sobre o quanto eu fui isso ou aquilo. Eu quero ser importante agora! 

Odeio essa mania de quem deixa tudo pra depois! Como se o tempo não passasse tão rápido! Depois, amanhã, ano que vem...  Outro dia ouvi esta frase: "Tudo o que você for planejar pra amanhã... Esquece! O amanhã é hoje! Planeje pra hoje" - Não que você não deva fazer planos, calcular os riscos, agendar compromissos. Não se trata disso. Trata-se de olhar o tempo presente que está disponível. Quem pensa algo do tipo: Vou planejar uma viagem com a minha mãe pra daqui a dez anos!? - Só pode estar brincando!  Daqui a dez anos eu posso ter morrido! Então agendo minhas próprias viagens! Porque definitivamente estou muito cansada de esperar, de ser razoável,  de ser previsível!

Tem momentos que, como eu disse em tantos outros Posters, não adianta chorar! Você tem que seguir o ritmo da música, da vida, da esperança que está no coração. Tudo bem se você não conseguir tudo o que deseja, mas alguma coisa vai ter que dar certo.  


Marion Vaz



domingo, 28 de julho de 2019

Você já prestou atenção na voz de Deus?


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Achei o tema bem interessante: A sensibilidade. Muitas vezes o ser humano fica completamente alheio a voz de Deus, por causa da correria do dia a dia. Estamos tão ocupados em nossas funções que esquecemos de perguntar quais os planos do Criador para nossa vida, para aquela situação ou problema. Ás vezes não perguntamos porque não queremos saber mesmo! Nos achamos tão competentes e tão resolvidos sobre isso ou aquilo que seguimos em frente. Aquela obstinação de independência impulsionando o corpo para resolver tudo sozinha.

Às vezes, as coisas dão certo e então encontramos mais um motivo para não interromper a rotina de Deus para falar sobre o que queremos ou pensamos. Eu dou meu jeito! Declaramos sem qualquer inibição. Mas se, por alguma razão, as coisas fogem do controle... Aí sim. A culpa é Dele! Às vezes Deus fala, mas nós não estamos ouvindo, porque não estamos dando a devida atenção. Não somos receptíveis, obedientes.

Eu sou do tipo que não ando por ai a procura de "profecias" ou "revelações" e sinceramente, já passei por cada situação que ajudaria sim, se alguém viesse ao meu encontro com uma palavra vinda de Deus. Mas geralmente eu tenho que lidar com os problemas sem esse tipo de alternativa. Mas isso não quer dizer que não estou pronta para ouvir o Senhor falar. Muitas das vezes, desse meu jeito estranho, falei com Deus: Não manda recado não! Fala direto comigo! 

Minha comunhão com Deus me permite ter esse tipo de diálogo com Ele. Eu estou aqui. Fala direto comigo! E realmente o Senhor faz isso. Eu lembro que quando meu pai ficou doente, e que a gente nem sabia, Deus não mandou recado. Por três vezes em dias alternado, o Senhor me acordou de madrugada com essa notícia: Marion. Eu vou levar teu pai! Chorei! Clamei desesperada! Pedi por horas que Ele não fizesse isso. Que meu pai era precioso demais pra mim e eu não poderia viver sem ele naquele momento. Por duas vezes seguida Deus me respondeu: Tudo bem.

O interessante foi ouvir Deus me chamando pelo meu nome. Marcando um encontro comigo e mostrando uma atenção sem igual. Mas na terceira vez Ele me disse: "Marion. Eu vou levar teu pai". E antes que eu dissesse qualquer coisa, Deus me avisou: "E quando Eu estiver levando, não peça para Eu não levar". Fiquei ali parada, em silêncio, chorando, com lágrimas tantas que eu não podia reter. E não pude falar isso com ninguém. Era o meu segredo com Deus. Foi muito difícil. São experiências que a gente não esquece. Mas tudo isso fortaleceu minha comunhão com Deus. Saber desse amor sem medida, sem preconceito, incomparável. 

Como disse antes, nem sempre Deus responde do jeitinho que a gente quer, mas com certeza, Ele quer falar conosco, quer ter essa comunhão, esse envolvimento, essa troca. Ele fala através da Sua Palavra, dos louvores, do canto dos pássaros, da Natureza. Fala em meio as nossas guerras ou no silêncio da noite, fala durante o dia, numa caminhada, no ônibus, onde Ele quiser. Já ouvi Deus falar comigo de tantas e variadas maneiras que toda vez que eu oro não posso deixar de mencionar: Senhor, Tu és o Deus em quem eu confio desde a minha mocidade. 

Se você quer ouvir a voz de Deus, pare o que estiver fazendo! Respire! Observe! Coloque-se a disposição para voz do Senhor. 


Marion Vaz

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Sextouuuuu

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Não tem coisa mais gratificante do que um final de semana chegando. Notei isso quando entrei num transporte público e vi a quantidade de gente feliz, rindo, falando alto, comemorando aquele gran momento da iniciação do Sextou! Eram seis horas da manhã e a alegria já tomava conta do ambiente. 

Gente que na segunda-feira entrava no ônibus com sembrante entristecido, cabeça baixa e cara de soninho. Gente que passou da hora de dormir no Domingo, sem lembrar que o dia seguinte dava início a uma nova semana de trabalho, de jornada de horário fixo e muita ralação pra conquistar o "pão de cada dia". 

Gente que se encolhe toda no cantinho da poltrona e tenta cochilar só mais um pouquinho na terça, na quarta e muitas quinta-feiras. É só olhar pra aqueles semblantes de humanos quase invisíveis caminhando pela rua a passos lentos, como se não quisessem chegar a lugar algum, pra ser contaminado pelo cansaço. 

Dias chuvosos então, dão a impressão que as nuvens refletem no solo o choro pesado de quem não queria levantar da cama para ir trabalhar. O frio cortando a alma envolvida pelos cobertores que chamamos de casaco. Tem gente que diz que a semana deveria começar na terça só para o final de semana ter um gostinho a mais. 

Mas a quinta vem chegando de mansinho como se dissesse pra gente não desistir de sonhar, passamos por ela na esperança do raiar de um novo dia. Então, ela chega. A Sexta. A amiga dos que ralam freneticamente a semana toda. E não importa se o tempo está nublado ou de preferência um lindo dia de sol. Ela chegou com suas cores mágicas, pincelando nossa manhã e nos dando um pouco de regozijo. Tudo bem se tem gente que escolhe dormir o final de semana todo. 

Mas a sexta-feira é mágica, é real, é a transição de dois ambientes, dois mundos. E o povo ri, comemora, despertando a força do gigante adormecido. É hora de comemorar, de dançar, de paquerar, de viver, cada um no seu estilo. Alguns vão sair com os amigos, outros com a família, gente religiosa vai a igreja. Final de semana tem praia, tem concerto, cineminha e se programar bem pode ter aquelas "Escapadas" para outra cidade. E nem precisa de muito esforço para brindar o final de semana. Também não é questão  de idade, todo nós amamos. E não importa se vai durar apenas dois dias: Sextou! 



Marion Vaz


terça-feira, 23 de julho de 2019

terça-feira, 9 de julho de 2019

Reforma da Previdência Social - Brasil - Um país mais lento

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Sei que o título do artigo parece até uma crítica. Mas não é não. Parece que somos um país avançado, com tecnologia e outros serviços que copiamos de países em pleno desenvolvimento nos últimos anos. Mas se você prestar bastante atenção, tudo parece lento e em alguns casos, estamos retrocedendo.

Percebi isto semana passada quando entrei numa agencia bancária. Mesmo com aquela quantidade de caixas eletrônicos, ainda tem gente que fica vários minutos tentando exercer seu direito de usufruir desse tipo de serviço, sem se dar conta do número de pessoas a espera. Olhei o cidadão da terceira idade vagarosamente "aprendendo" a usar o caixa eletrônico numa segunda-feira, e fiquei só observando a impaciência dos demais clientes. Uma espera interminável.

Interessante que ele saiu de lá com um sorriso no rosto, tipo assim : Uau! Consegui! 

Então, quero deixar claro que todo mundo tem direito a exercer sua cidadania, ao ir e vir, a "aprender" não importa o tempo que leve ou a idade que se tem. O fato é que, com o passar do anos, nos tornamos mesmo mais lentos para agir ou pensar ou decidir algo. Ficamos mais indecisos ou precavidos? Não sei. Uma pessoa com 50 anos age diferente de uma pessoa com 30 anos. Não que seja uma regra. Tudo depende da disposição pessoal, saúde, relacionamentos e qualidade de vida. A idade não pode mesmo limitar o ser humano de ter uma vida mais saudável, caminhar, fazer exercícios, viajar e até trabalhar naquilo que o satisfaz.

O problema é que, a disposição de muitos idosos, ou da Melhor Idade, serviu de desculpa para que a tal Reforma da Previdência Social alterasse a idade da aposentadoria. Segundo o relator da nova lei uma pessoa pode sim, trabalhar até seus 65 anos... Ele não vê problema nenhum. Talvez ele estivesse pensando nos empresários que vão de carro particular e sem horário fixo de chegar. Ou nos próprios colegas do Plenário. Talvez em um ou outro trabalhador autônomo que contribui fielmente para uma aposentadoria. Quem sabe? Eu fico pensando se essa pessoa já viu algum idoso de 65 anos? Se essa pessoa que criou a lei ou que introduziu para votação no Congresso, teria algum tipo de consideração por uma senhora de 60 anos que já trabalhou a vida inteira, continuar no exercício de suas funções por mais tempo. Minha opinião é que voltamos a Era da Escravidão.

Eu imagino que essa nova Reforma também vai se preocupar em criar cotas para nós, porque não dá para uma pessoa de 60 anos enfrentar uma fila de empregos, competindo com jovens de 25 a 30 anos, ou dá? Então tem que criar um mercado de trabalho que seja compatível conosco. Se bem que eu estou na faixa dos 50 e desde os 40 anos que o mercado de trabalho fechou as portas pra mim.

As Empresas, por sua vez, tem que abrir cotas para essa geração da Terceira Idade também. Porque para trabalhar tem que ter emprego! Confere? E o Governo tem que criar leis para punir as Empresas que se omitirem sobre as cotas ou que demita funcionários nessa faixa de idade. Não dá para pagar INSS se não estiver empregado. Concorda?

Porque parece fácil criar uma Reforma de Previdência que define uma pessoa em seus 60 a 70 anos de útil a sociedade, sem dar a ela as mesmas chances. Resumindo: "Me ajude a te ajudar" (risos) Quer o meu dinheiro para pagar os pensionistas em vigor? Então me beneficie também! O problema é que o brasileiro aceita tudo de boa. Ninguém reclama. Ninguém bate o pé. 

Imagine um país de idosos exercendo funções básicas em todos os setores? É aí que entra, em muitos casos, a lentidão. Pessoas que deviam estar aposentadas, usufruindo do seu direito de ser feliz, acordar sem se preocupar com o trânsito, viajar com o dinheirinho que juntou com muito custo, enfrentando uma jornada de oito horas semanais, engarrafamentos, metrô lotado, filas de ônibus, debaixo de dia chuvoso? Porque quando eles falam parece tudo tão lindinho, tão fácil! Acho que tinha uma segunda intenção quando colocaram equipamentos de academias nas praças! 

Não estou definindo uma pessoa por sua idade, não estou limitando sua capacidade de agir e pensar ou tomar decisões. Não estou limitando seu espaço físico. Muito pelo contrário! Muitos idosos fazem caminhada, academia, vão ao cinema, a praia, viajam, e trabalham sim. Eu quero ser uma idosa otimista e produtiva. Mas tem coisas que eu fazia antes com 30 ou 40 anos que hoje levo mais tempo. Fato. 

O que eu acho errado é o Governo impor a essas pessoas algo além das suas próprias forças! Só por lucro! Por ganância ou para esconder os rombos na previdência? Preciso falar enquanto deixam queridos. Que Reforma da Previdência é essa que aumenta o poder de lucro em função do desgaste físico e mental do trabalhador idoso? E que cálculo é esse de expectativa de sobrevida? Quanto mais eu vivo, mais eu posso trabalhar? Então, daqui a 5 anos quando eu estiver com 62 vão acrescentar mais 4 anos para eu continuar contribuindo? Então, vou me aposentar quando eu morrer? É uma briga de "gato e rato"? 

Moral da história: Minha opinião é que a Previdência não tem dinheiro para pagar o aposentado em vigor! Então estão querendo fazer a gente contribuir por mais tempo! Então, enquanto eles estão nesse enrola enrola, parei de pagar a Previdência até eles decidirem "o que eu vou ser quando crescer" - Decisão minha!


Marion Vaz





sábado, 6 de julho de 2019

Festival das Luzes פסטיבל האורות









O Festival das luzes ocorre anualmente na cidade de Jerusalém. A capital de Israel tem suas ruas e as paredes de pedras iluminadas e com decorações de tirar o fôlego. Um desenvolvimento tecnológico direcionado para essa atração cultural para moradores e turistas, faz de Jerusalém uma cidade iluminada e cheia de vida.

Chag Sameach



quarta-feira, 26 de junho de 2019

Deus de Milagres

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Então gente... Depois da última postagem me achei na obrigação de contar sobre os milagres que aconteceram na minha vida. Afinal, o Deus Eterno, o Soberano, o Todo Poderoso tem que ser honrado por todas as vezes que agiu a meu favor. E eu não quero ser injusta. Como disse antes somos mais dependentes Dele do que podemos imaginar. E é possível que, se a minha memória falhar agora, eu tenha que atualizar esse post daqui há alguns dias.

O certo é que muitas vezes esse Deus ouviu as minhas orações quando eu clamei e pedi socorro e misericórdia. A mais antiga das minhas lembranças, vem do tempo de criança quando estava viajando com a família para Muqui/ES e estávamos num trem. Naquela época não tinha outro método de chegar na tal cidade e lá estava eu, meu irmãos e minha mãe sacolejando em um dos vagões. Então eu coloquei a cabeça para fora da janela para sentir o vento, ver alguma coisa, não sei, e rapidamente retornei o corpo para dentro do vagão. Na mesma hora vi passar umas barras de ferro bem próximo a janela, talvez de uma ponte, não sei ao certo e estremeci. Pensei que se estivesse com a cabeça pra fora naquele momento com certeza ela seria decepada por causa da velocidade do trem. Nunca contei isso pra ninguém até agora. Respirei aliviada pensando que Deus havia mesmo me dado um livramento. Esta semana, depois de ler várias vezes o post anterior, fiquei pensando no assunto.

Outro livramento aconteceu alguns anos mais tarde, já estava divorciada e tinha três filhas. Elas estavam na escola e eu fui ao supermercado. Estava andando numa calçada e quando olhei para frente vi a lataria de um ônibus bem próxima a mim. O veículo tinha desviado de outro na estrada e subiu a calçada. Só me lembro de uma mão me puxando para o lado, mas não tinha outra pessoa por perto. Tudo foi tão rápido que nem o motorista do ônibus percebeu que não tinha me atropelado. Ele parou o veículo mais adiante e o trocador assustado ficou olhando pelo vidro procurando um corpo caído no chão. Fiquei tão perplexa que comecei a gritar balançando as mãos para chamar a atenção dele: Oi! Eu estou aqui! Eu não morri não! Ele me olhou sem entender muita coisa e depois o ônibus foi embora. Continuei meu caminho agradecendo a Deus e pensando no que seria das minhas filhas se eu tivesse morrido. Não consigo esquecer a mão de Deus me empurrando para do outro lado.

É provável que você tenha filhos e saiba o quanto eles são importantes e sinceramente, esse foi um dos meus maiores milagre. Quando a minha segunda filha nasceu, Fernanda tinha o corpo todo escurecido porque havia passado do tempo de nascer. Na verdade foram mais de 11 horas de pré parto com aquelas dores insuportáveis, que só quem já teve parto normal sabe do que eu estou falando. Graças a Deus ela nasceu com saúde e quando fez 4 meses o corpo tinha voltado a cor normal. Mas eu ficava assustada, principalmente a noite, achando que ela iria morrer e orava incessantemente pedindo a Deus que não levasse a minha filha. Acho que orei quase um ano nessa agonia. Foi então que ouvi uma voz dizendo: Eu não vou mais levar a sua filha. Meu coração sossegou. Quando ela fez um ano e começou a andar, caiu no meio do quintal e o joelho ficou roxo. Levei no médico e ela foi diagnosticada com uma doença. O médico disse que ela tinha que ficar internada até ser removida para outro hospital para operar o joelho. Ele me informou que depois de todo procedimento, era provável que ela usaria moletas pro resto da vida. Passei a noite inteira literalmente orando a Deus pedindo que curasse a minha filha daquele mal. Chorei incessantemente numa agonia só. Na manhã seguinte eu tinha convicção que Deus havia feito o milagre e que tinha ouvido a minha oração. Pedi a remoção da criança e assinei os termos de responsabilidade e levei Fernanda pra casa. Claro que isso foi uma decisão pessoal. O ideal é acatar as ordens médicas.

É difícil manter a mente e o coração quando parentes e amigos ficam dizendo que uma decisão foi errada. Apesar de eu notar certa melhora na perna e joelho da minha filha levei-a a outro hospital onde, de acordo com os exames anteriores, ela seria internada por quinze dias sendo tratada com antibióticos, para então fazer a operação necessária. Feito os novos exames, raio X e exames de sangue, vários médicos se reuniram para analisar o caso. Por fim fui chamada e um deles me disse que não poderia internar minha filha. Eu comecei a chorar pensando que tinha prejudicado ela com minha decisão e perguntei o porque, se não tinha leito disponível, etc. Ele sorriu e afirmou que não poderia internar minha filha porque ela não tinha NADA! Ele mostrou os RX anterior e disse: Nesse aqui ela tem a doença, mas nesses dois exames  novos aqui, não tem nada! Eu glorifiquei a Deus e disse para os médicos que Jesus tinha curado a minha filha. Assinei a documentação e trouxe ela pra casa. Fernanda cresceu e até de patins andava no meio da rua. De vez em quanto me batia um medo, mas eu repetia: Ela está curada!

Eu tive muitas dificuldades financeiras para criar três meninas sozinha, sem emprego, sem pensão de ex marido numa casa simples e sem conforto. Às vezes, eu ia dormir perguntando a Deus: O que minhas filhas vão comer amanhã? Às vezes, eu comia pouco para sobrar pra elas. Mas Deus sempre colocou pessoas no meu caminho para me ajudar. No entanto, outras pessoas não tinham tanta compaixão assim, me ofendiam para me mostravam que a minha condição financeira era muito ruim. Chorei muito. Confesso. Eu dizia pra minhas filhas: Vocês tem que estudar para ser alguém na vida. Elas cresceram e todas conseguiram fazer faculdade com 100% de bolsa pelo Pro Uni. Nada foi fácil, nem pra elas e nem pra mim. Mas Deus nunca nos desamparou. Essa é que é a verdade.

Minha mãe teve câncer e precisou operar, depois fez quimioterapia e com certeza Deus curou ela daquela enfermidade. Meu ex marido sofreu um acidente há dois anos e teve um braço amputado. Estava em risco de perder uma perna também e todos nós oramos para Deus impedir isso. Confesso que orei muito! Apensar de todos os problemas que enfrentei por causa da omissão dele como provedor e como pai das meninas, eu não queria tamanho mal para ele. Hoje ele está se adaptando a viver sem um dos braços, mas está andando normalmente. 

É claro que eu não oro pedindo bênçãos só por mim e com certeza eu acredito no amor de Deus. Que ele é poderoso para alcançar os que estão perto, como aquelas pessoas que estão longe. Então, eu oro por pessoas que eu nem conheço e que provavelmente nunca vamos nos encontrar. Mas elas estão lá precisando de ajudar, de cura e milagres também. Às vezes, eu intercedo por pessoas que estão passando na rua ou que eu vejo nas redes sociais. Parece loucura? Talvez! 

Mas me bate aquela sensação que Deus está me ouvindo e que vai atender a minha oração. Eu sei. Nada a ver com o que eu disse no post anterior. E sabe aquele problema que eu reclamei que Deus não estava me atendendo. Pois é. Fiquei nervosa à toa. Ele já está providenciando a solução. 

Tenho ainda muitas outras bênçãos para contar. Afinal, são 57 anos de vida! Mas eu gostaria de registrar também que nem sempre Deus responde do jeitinho que a gente quer. Às vezes, Ele também diz NÃO! Pois é... Mas como eu prometi pra Ele, aqui está uma postagem falando de algumas das muitas bençãos que Ele me concedeu. 


Marion Vaz

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Em Crise com Deus

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Não sei vocês, mas de vez em quando eu entro em crise com o Criador. Hoje mesmo a gente discutiu. Ou pelo menos eu. O certo é que falei tudo que estava engasgado. Nem sei se isso é certo, já que Ele é o Todo Poderoso, Criador dos céus e da Terra e se quisesse, somente com um assopro de ar dos lábios podia dar fim a minha existência. Fico pensando se sou louca mesmo, desaforada, rebelde ou completamente inconsequente!?

Mas tem horas que me bate uma agonia só de pensar nas coisas que Deus podia fazer para melhorar a minha vida, e ao invés disso fica lá assistindo tudo. Aí eu vou aguentando tudo calada, orando, pedindo misericórdia, fazendo até jejum, na esperança que o Senhor mude um pouquinho que seja, o rumo da minha vida. Mas quando eu olho em volta e não vejo nada, o sangue ferve. Confesso.

E hoje foi um daqueles dias em que eu me aborreci com Deus. Talvez você esteja pensando que essa escritora "não está bem da cabeça". Como alguém em sã consciência, discute com Deus, o Soberano? Pois é, às vezes, me bate um arrependimento! Mas aí já falei mesmo... Aí volto eu de cabeça baixa, semblante caído, chorando, pedindo perdão pelos meus erros em palavra, pensamento e obra. E o pior de tudo é que, às vezes, acho mesmo que Deus olha pra mim e pergunta: Está mais calma agora? 

A gente passa uma vida inteira ouvindo que devemos nos aproximar de Deus, conversar com Ele, falar sobre todos os nossos dilemas, todas as nossas angústias, que Ele, o Ser Supremo vai nos ouvir e atentar para o desejo do nosso coração! Que Deus é bom o tempo todo... Mas o outro lado da moeda afirma que, se algo não aconteceu, era porque não estava no tempo de Deus, não era pra ser, não foi aprovado porque Deus só quer o melhor para os seus filhos...

Para tudo gente! Imagine a confusão na minha cabeça!? Como assim não era pra ser? Eu orei! Eu perguntei! A resposta é sim? ou não? Quanto tempo eu tenho que esperar? Como assim estou pedindo errado? - Vai me dizer que você nunca se aborreceu com Deus? Ok tudo bem. É diferente com você... Com certeza, às vezes eu passo dos limites e a paciência e longanimidade de Deus excede o meu entendimento.  Tanto que ainda estou aqui...

A comunhão perfeita com Deus vai além das nossas expectativas, do nosso tempo de 24 horas, do nosso espaço de vida de 70 ou 80 anos...  Muitos dos personagens da Bíblia podiam conversar com Deus e Deus ia ao encontro deles também. E que de uma forma ou de outra somos muito mais dependente Dele do que Ele de nós. Talvez eu nem tenha o direito de aborrecer desse jeito... Talvez eu esteja apenas um pouco mais estressada hoje do que ontem. Mas às vezes eu penso, que algumas coisas podiam sim, ser diferentes.


Marion Vaz


Leia também http://marionvaz.blogspot.com/2019/06/deus-de-milagres.html


sábado, 15 de junho de 2019

Os 99% que ninguém vê

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Dizem que quanto maior a proporção, maiores as chances de se identificar ou valorizar alguma coisa. Quanto mais você se dedica em casa, no trabalho, na igreja ou em qualquer outra área da vida, mais valor vai ser agregado a sua pessoa. Quer saber?  Pura mentira! Quanto mais você trabalha, mais cansada você fica! Essa é a verdade! 

A dedicação em si não é de todo ruim. Com certeza existem momentos que alguém ou algo merecem maior atenção e amor e podemos sim dedicar o nosso tempo para ajudar, abençoar ou facilitar a vida dos outros. Mas esta história de fazer tudo pra todo mundo esperando algum tipo de gratidão é pura hipocrisia. Um método de te enganar pra que você faça de tudo e no fim, o outro lado tenha mais tempo de viver e ser feliz.

Na maioria das vezes toda a sua dedicação, ou seja, os 99% de coisas boas e perfeitas que você fez, perdem completamente o valor diante daquele maldito 1% em que você não foi tão boa, na visão egoísta da pessoa. E quer saber? Acontece o tempo todo! 

E olha que aquele 1% pode ter sido apenas um favor que você fez, um período do dia que se dedica a algo que, nem sequer era sua obrigação ou te beneficiava. E lá vem aquela falação desenfreada, o desagrado, as acusações por causa de algo que não ficou tão bom. Minha resposta é o silêncio, porque não adianta discutir e usar a razão. O 1% grita pra todo mundo ouvir o quanto você foi desleixada!  Os covardes dos 99% ficam lá, quietinhos, imóveis, escondidos, inibidos pela proporção que o 1%  tem de ficar em evidência.

Maldito 1%!

Então a gente faz um milhão de promessas de que não vai mais se importar, que não vai mais lavar um prato e que se dane a outra pessoa! E o 1% fica rindo da sua cara! E sabe por que? Porque ele nunca vai te deixar em paz. E não importa o quanto você se dedique, em algum momento, por cansaço ou por achar que é bobagem, você vai errar, vai dar margem para aquele 1%  que será valorizado.

Mas os 99% que ninguém vê é que realmente fazem parte do seu dia a dia, das horas de sono perdidas, do lazer que não aconteceu porque precisava terminar uma tarefa. Esses são tidos como obrigação. Desabafo!? Pode ser! Quem liga?

Mas agora que você leu o texto até o fim e com certeza está concordando comigo, tenho uma proposta. Não adianta chorar! O jeito é mudar de atitude e minimizar o estrago, abandonando certos afazeres e deixando que o outro tenha o que fazer também. As pessoas só dão valor quando veem o sacrifício que estão te impondo. É fato!

Então vamos mexer um pouco com a rotina diária e separar um tempo para algo mais produtivo e que realmente te faça feliz. 



Marion Vaz

terça-feira, 9 de abril de 2019

Violência Urbana

Carro fuzilado pelo Exército em Guadalupe, Rio — Foto: Fábio Teixeira/AP


Parece mesmo que estamos fadados às desgraças. Por mais que eu tente colorir o mundo em que vivemos, sou obrigada a tomar partido dos "pobres e inocentes" e tenho que dar voz a quem foi silenciado pela dor da tragédia. 

Não é por acaso que o nosso maravilhoso Rio de Janeiro tem sido alvo dos noticiários. Somos o Estado das injustiças, da falta de proteção, da ignorância, dos rios que transbordam e inundam nossas casas, hospitais e avenidas. Somos o paraíso das praias cinzentas e do céu avermelhado ao por do sol de tanto chorar. Não. Definitivamente, o Rio de Janeiro não continua lindo. Não depois do que aconteceu ontem.

E não é novidade alguma que a violência urbana nos assusta diariamente. Somos impelidos a nos refugiar dentro dos próprios lares, limitando nossa área de lazer em poucos quilômetros se quisermos continuar vivos. Fechados em apartamentos com pequenas brechas na parede que chamamos de janelas, vemos a vida passar, o sol se por, os dias viram noites quando fechamos as cortinas. Nosso contato com a humanidade em clicks em redes sociais curtindo a euforia dos amigos e parentes, porque sair na rua pode ser o fim da nossa existência.

E foi exatamente o que aconteceu ontem quando um senhor, músico, levava a família para um chá de bebê, que teve seu carro cercado por dois tanques de guerras e cerca de dez soldados em plena avenida Brasil. No interior do veículo cinco adultos e uma criança vivenciaram um dos ataques mais absurdos que se possa imaginar. 80 tiros foram disparados contra os civis sem qualquer outro tipo de abordagem. 

Não queridos leitores, não era uma cena do próximo filme Duro de Matar 6 com Bruce Willis - Era o exército brasileiro cercando um veículo civil com dois tanques de guerra disparando cerca de 80 tiros, mesmo sobre o protesto das pessoas avisando que se tratava de um pai de família e morador da área.

Interessante que parte da família conseguiu sair do carro (provavelmente no momento em que os disparos foram interrompidos para troca de cartuchos) e foram vistos pelos homens fardados, que voltaram a atirar no homem indefeso preso pelo cinto de segurança no banco do motorista, que no caso morreu na hora. Depois, os soldados brasileiros fugiram do local sem prestar socorro as vítimas.

80 tiros a queima roupa - Eu chamo isso de chacina.

Interessante que a primeira preocupação foi negar o acontecido - Não é verdade! A segunda desculpa para o fato, porque já estava no YouTube e nas redes sociais e não tinha como mesclar a situação por causa da quantidade de testemunhas da chacina foi: Legítima defesa! É uma nova ordem vigente: Atira e diz que foi em legítima defesa! A terceira desculpa é a de sempre: Estamos apurando os fatos. Faça-me o favor! 80 tiros!?? 

Minha simplória opinião é que já ter o carro cercado por dois tanques de guerras em via pública é altamente perigoso, ser vítima da violência urbana feita por soldados é algo monstruoso. O pior é saber que se eles estavam mesmo perseguindo algum criminoso, o carinha fugiu ou passou a léguas de distância dali. 

Em resumo: Um pai de família foi morto, pessoas estão traumatizadas pelos resto da vida e já que a quarta desculpa é "tudo indica que o veículo foi confundido com os dos criminosos" resta perguntar QUANTO de indenização o ESTADO vai pagar para estas vítimas?? 



Marion Vaz

sexta-feira, 29 de março de 2019

Tempo de arrancar fora o que se plantou

Colhendo O Trigo à Mão Fotos De Stock - Baixe 113 Fotos Royalty Free

A Bíblia nos ensina que "Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu" (Ec 3.1). Mas fato é que o texto também faz uma relação de atitudes, sentimentos e acontecimentos mostrando o seu oposto. Então, se há tempo para nascer, também há o tempo de morrer, se há o tempo para abraçar, também haverá o tempo de afastar-se de abraçar. O interessante é que mesmo que nós estejamos mais interessados no lado positivo, ou seja, nascer, plantar, edificar, rir, amar, a Palavra de Deus nos adverte daqueles dias em que iremos chorar, odiar ou sofrer uma perda. 

Mas o que me chama a atenção no texto é a palavra tempo. É ele que define o espaço, as horas, dias ou anos entre os dois eventos.

O tempo determinado para algo já está programado e mesmo assim continuamos "dando um tempo" para que as coisas voltem ao normal. Esperamos pacientemente que um amor do passado volte para nos fazer felizes, queremos a solução do problema antes de vencer todas as etapas, renovamos votos e a maquiagem do rosto acreditando que o tempo de chorar já acabou. E as coisas não são bem assim.

Quando o texto informa sobre o tempo de plantar, também adverte que há o tempo de arrancar fora o que se plantou (vs 2). Podemos imaginar que, com tal observação, o escritor esteja se referindo ao momento do plantio de alguma semente, seu crescimento e o habitual período da ceifa. Mas eu pensei em algo mais profundo. Pensei naquela quantidade de sentimentos que amontoamos no coração. Experiências ruins que nos fizeram sofrer e que, por alguma razão, continuam lá nos assombrando dia após dia.

Com certeza nos deixamos desanimar por causa de alguma palavra ofensiva, algum desafeto ou ato egoísta de alguém, ou porque fomos humilhados e traídos. É normal sentir frustração. Esconder os sentimentos e fingir que está tudo bem. Nos decepcionamos o tempo todo, mas queremos manter uma aparência de sobriedade. Sorrimos para ocultar as marcas do passado. 

Não sei se você entendeu o que eu quis dizer, mas é possível que no decorrer desse processo aceleramos o crescimento de sentimentos ruins, de mágoas, de sonhos desfeitos no coração, e eles foram criando raízes e se alastrando por toda a parte, angustiando a alma. 

Então, está na hora de arrancar fora o que se plantou. Hora de se libertar e de tirar o mal pela raiz. Você tem todo o direito de ser feliz e dá tempo de vivenciar novas experiências.


Marion Vaz