Então gente... Depois da última postagem me achei na obrigação de contar sobre os milagres que aconteceram na minha vida. Afinal, o Deus Eterno, o Soberano, o Todo Poderoso tem que ser honrado por todas as vezes que agiu a meu favor. E eu não quero ser injusta. Como disse antes somos mais dependentes Dele do que podemos imaginar. E é possível que, se a minha memória falhar agora, eu tenha que atualizar esse post daqui há alguns dias.
O certo é que muitas vezes esse Deus ouviu as minhas orações quando eu clamei e pedi socorro e misericórdia. A mais antiga das minhas lembranças, vem do tempo de criança quando estava viajando com a família para Muqui/ES e estávamos num trem. Naquela época não tinha outro método de chegar na tal cidade e lá estava eu, meu irmãos e minha mãe sacolejando em um dos vagões. Então eu coloquei a cabeça para fora da janela para sentir o vento, ver alguma coisa, não sei, e rapidamente retornei o corpo para dentro do vagão. Na mesma hora vi passar umas barras de ferro bem próximo a janela, talvez de uma ponte, não sei ao certo e estremeci. Pensei que se estivesse com a cabeça pra fora naquele momento com certeza ela seria decepada por causa da velocidade do trem. Nunca contei isso pra ninguém até agora. Respirei aliviada pensando que Deus havia mesmo me dado um livramento. Esta semana, depois de ler várias vezes o post anterior, fiquei pensando no assunto.
Outro livramento aconteceu alguns anos mais tarde, já estava divorciada e tinha três filhas. Elas estavam na escola e eu fui ao supermercado. Estava andando numa calçada e quando olhei para frente vi a lataria de um ônibus bem próxima a mim. O veículo tinha desviado de outro na estrada e subiu a calçada. Só me lembro de uma mão me puxando para o lado, mas não tinha outra pessoa por perto. Tudo foi tão rápido que nem o motorista do ônibus percebeu que não tinha me atropelado. Ele parou o veículo mais adiante e o trocador assustado ficou olhando pelo vidro procurando um corpo caído no chão. Fiquei tão perplexa que comecei a gritar balançando as mãos para chamar a atenção dele: Oi! Eu estou aqui! Eu não morri não! Ele me olhou sem entender muita coisa e depois o ônibus foi embora. Continuei meu caminho agradecendo a Deus e pensando no que seria das minhas filhas se eu tivesse morrido. Não consigo esquecer a mão de Deus me empurrando para do outro lado.
É provável que você tenha filhos e saiba o quanto eles são importantes e sinceramente, esse foi um dos meus maiores milagre. Quando a minha segunda filha nasceu, Fernanda tinha o corpo todo escurecido porque havia passado do tempo de nascer. Na verdade foram mais de 11 horas de pré parto com aquelas dores insuportáveis, que só quem já teve parto normal sabe do que eu estou falando. Graças a Deus ela nasceu com saúde e quando fez 4 meses o corpo tinha voltado a cor normal. Mas eu ficava assustada, principalmente a noite, achando que ela iria morrer e orava incessantemente pedindo a Deus que não levasse a minha filha. Acho que orei quase um ano nessa agonia. Foi então que ouvi uma voz dizendo: Eu não vou mais levar a sua filha. Meu coração sossegou. Quando ela fez um ano e começou a andar, caiu no meio do quintal e o joelho ficou roxo. Levei no médico e ela foi diagnosticada com uma doença. O médico disse que ela tinha que ficar internada até ser removida para outro hospital para operar o joelho. Ele me informou que depois de todo procedimento, era provável que ela usaria moletas pro resto da vida. Passei a noite inteira literalmente orando a Deus pedindo que curasse a minha filha daquele mal. Chorei incessantemente numa agonia só. Na manhã seguinte eu tinha convicção que Deus havia feito o milagre e que tinha ouvido a minha oração. Pedi a remoção da criança e assinei os termos de responsabilidade e levei Fernanda pra casa. Claro que isso foi uma decisão pessoal. O ideal é acatar as ordens médicas.
É difícil manter a mente e o coração quando parentes e amigos ficam dizendo que uma decisão foi errada. Apesar de eu notar certa melhora na perna e joelho da minha filha levei-a a outro hospital onde, de acordo com os exames anteriores, ela seria internada por quinze dias sendo tratada com antibióticos, para então fazer a operação necessária. Feito os novos exames, raio X e exames de sangue, vários médicos se reuniram para analisar o caso. Por fim fui chamada e um deles me disse que não poderia internar minha filha. Eu comecei a chorar pensando que tinha prejudicado ela com minha decisão e perguntei o porque, se não tinha leito disponível, etc. Ele sorriu e afirmou que não poderia internar minha filha porque ela não tinha NADA! Ele mostrou os RX anterior e disse: Nesse aqui ela tem a doença, mas nesses dois exames novos aqui, não tem nada! Eu glorifiquei a Deus e disse para os médicos que Jesus tinha curado a minha filha. Assinei a documentação e trouxe ela pra casa. Fernanda cresceu e até de patins andava no meio da rua. De vez em quanto me batia um medo, mas eu repetia: Ela está curada!
Eu tive muitas dificuldades financeiras para criar três meninas sozinha, sem emprego, sem pensão de ex marido numa casa simples e sem conforto. Às vezes, eu ia dormir perguntando a Deus: O que minhas filhas vão comer amanhã? Às vezes, eu comia pouco para sobrar pra elas. Mas Deus sempre colocou pessoas no meu caminho para me ajudar. No entanto, outras pessoas não tinham tanta compaixão assim, me ofendiam para me mostravam que a minha condição financeira era muito ruim. Chorei muito. Confesso. Eu dizia pra minhas filhas: Vocês tem que estudar para ser alguém na vida. Elas cresceram e todas conseguiram fazer faculdade com 100% de bolsa pelo Pro Uni. Nada foi fácil, nem pra elas e nem pra mim. Mas Deus nunca nos desamparou. Essa é que é a verdade.
Minha mãe teve câncer e precisou operar, depois fez quimioterapia e com certeza Deus curou ela daquela enfermidade. Meu ex marido sofreu um acidente há dois anos e teve um braço amputado. Estava em risco de perder uma perna também e todos nós oramos para Deus impedir isso. Confesso que orei muito! Apensar de todos os problemas que enfrentei por causa da omissão dele como provedor e como pai das meninas, eu não queria tamanho mal para ele. Hoje ele está se adaptando a viver sem um dos braços, mas está andando normalmente.
É claro que eu não oro pedindo bênçãos só por mim e com certeza eu acredito no amor de Deus. Que ele é poderoso para alcançar os que estão perto, como aquelas pessoas que estão longe. Então, eu oro por pessoas que eu nem conheço e que provavelmente nunca vamos nos encontrar. Mas elas estão lá precisando de ajudar, de cura e milagres também. Às vezes, eu intercedo por pessoas que estão passando na rua ou que eu vejo nas redes sociais. Parece loucura? Talvez!
Mas me bate aquela sensação que Deus está me ouvindo e que vai atender a minha oração. Eu sei. Nada a ver com o que eu disse no post anterior. E sabe aquele problema que eu reclamei que Deus não estava me atendendo. Pois é. Fiquei nervosa à toa. Ele já está providenciando a solução.
Tenho ainda muitas outras bênçãos para contar. Afinal, são 57 anos de vida! Mas eu gostaria de registrar também que nem sempre Deus responde do jeitinho que a gente quer. Às vezes, Ele também diz NÃO! Pois é... Mas como eu prometi pra Ele, aqui está uma postagem falando de algumas das muitas bençãos que Ele me concedeu.
Marion Vaz