domingo, 6 de dezembro de 2020

Há tanta vida lá fora


Eu sei que o post anterior deixou muita gente assustada. Afinal, a gente cresce com certos conceitos e são eles que justificam nossas atitudes no dia a dia. Amar ao próximo é um deles. Amar as pessoas independente da maneira como nos tratam também faz sentido. É lógico que devemos amar nossos pais e ajudá-los  em suas dificuldades, estando sempre por perto. Afinal, muitos deles já passaram por uma série de perrengues durante a vida toda. E conhecer toda a trajetória nos ajudar a entender e relevar muita coisa.

O fato é que a medida que o tempo passa algumas pessoas se deixam levar por sentimentos ruins. Antigamente a vida era  muito difícil, acrescente uma infância pobre, pai muito agressivo e responsabilidade com irmãos mais novos e vamos ter um quadro bastante significativo. Quando faltava comida muitas vezes teve que pegar xepa (restos) na feira do bairro para levar pra casa. Foi apelidada de "Tomate machucado". Sim. Muitos bullings. Fazia serviços para os vizinhos para ganhar uns trocados. Trabalho infantil naquela época não era crime. Pegou muitas latas de água para a família e para os outros. Sapato velho e roupas ruins. Não completou os estudos porque meu avô não deixou. Casou cedo (16 anos) porque meu pai a amava muito. Teve 4 filhos. Muitas outras dificuldades financeiras deixaram suas marcas na alma. 

Depois que meu pai faleceu vieram as enfermidades: Câncer, quimioterapia, pressão alta e gastrite nervosa. Estar ali do lado dela enfrentando tudo também não foi tarefa fácil. Outros problemas hoje fazem parte do dia a dia. Então já dá para entender que a vida nem sempre sorri, e foi assim que minha mãe se tornou esta pessoa amarga e sem esperança. Hoje tem 80 anos e vive contando os dias e as horas na ilusão que tudo termine como um sopro.

Fico triste com isso, confesso. Porque "há tanta vida lá fora" como diz a letra da música e a gente precisa entender que "cada minuto é um milagre". Sinto falta daquela pessoa alegre e risonha que ela era antes. Hoje é só reclamação e desilusão que se alternam em desabafo e agressões verbais. E não há conselho que se dê que faça ela repensar e mudar a trajetória da vida dela. 

E, infelizmente, tudo começou lá trás no passado com uma infância difícil que ela teve. A gente precisa entender que o tempo passa e nem sempre cura todas as feridas. E às vezes, leva o melhor das pessoas.

Mas fica aquele nó na garganta de que um dia ela não vai mais estar entre nós e a saudade vai ser imensa. Afinal, ela é minha mãe.

E se eu puder te dar dois conselhos, querido leitor, permita-me dizer que podemos entender as atitudes das pessoas conhecendo os problemas que afligiram a alma, perdoar para seguir em frente e assim sermos solidários sem nos deixar ferir. 

E segundo, zelar por aqueles que amamos para não repetir os mesmos erros.


Marion Vaz


domingo, 18 de outubro de 2020

Feridas que moldam

Nem sempre é fácil lidar com a dor. E dor é algo que não se pode fugir. Quando menos a gente espera lá está ela, ardendo como fogo, broqueando nossa autoconfiança. E às vezes, não tem jeito de fugir daquilo que nos faz mal, nos limita ou quer nos destruir pedacinho por pedacinho. Experimentei isso hoje. 

E a pessoa que faz isso é sempre a mesma, aquela que me colocou no mundo. E eu sofro esse tipo de bullying desde sempre. É olhar pra mim e ver algo que desagrada. Mesmo que não haja nada de errado a pessoa começa com suas críticas e pode ser o cabelo, a roupa, a maneira de falar, o jeito de andar, a casa em ordem, o filme na TV, enfim... Tudo aquilo que faz de mim o que eu sou de verdade é alvo de críticas e reclamações. E não adianta mudar algumas atitudes, a maneira de pensar, minhas resoluções diárias... Nada agrada. 

E você pode estar pensando que estou exagerando ou que já passou por isso também ou ainda vivencia as mesmas coisas. Enfim. Hoje me deixei ferir. É a vida. Às vezes, se consegue gerenciar a afronta. Ela bate na nossa "rede de proteção" e não nos traz qualquer desiquilíbrio emocional. Às vezes não. A afronta nos encontra vulnerável e penetra no coração. E quem sabe até na divisão da alma com o espírito... E dói. 

Porque mesmo que a gente finja que está tudo bem, que já aconteceu outras vezes e a gente superou, que da próxima vamos estar mais forte... Dói! É preciso chorar mesmo! Porque dói como um soco no peito e a lembrança é como se fosse um boxeador, que continua a nos ferir, sem descanso, sem pausa, sem juiz num ringue. 

E se eu pensar num passado próximo vou ter a nítida impressão que as feridas de tantas e tantas outras afrontas ainda estão lá, talvez abertas, e sangrando. Porque as vezes, parece difícil aceitar que não somos importantes ou amadas. Pois a qualquer momento, a pessoa te agride, te ofende, te reduz ao pó. E se eu pensar direitinho, não é por causa da idade, porque sempre foi assim. E infelizmente não é algo que vai mudar com o tempo. 

Mas embora as feridas estejam lá, no coração, na alma, imperceptíveis ou não, elas tem um papel importante nos anos que se seguem. Elas nos moldam, define o caráter, nossa forma de ver o mundo, as outras pessoas, nossos filhos. Define como vamos nos proteger dali em diante. Porque querendo ou não temos que aprender a lidar com isso, com a dor, as críticas e manter aquele sorriso de paisagem como se estivesse tudo bem. Pelo menos até o dia seguinte, pois é quando você olha no espelho e vê exatamente a pessoa que é e que muitas outras também enxergam.

E o que aprendemos com isso é que somos livres para escolher o que queremos ser e o que desejamos para o futuro. Nem sempre é fácil limpar a alma amargurada e seguir em frente. Porque ficar chorando também não adianta nada. Você desabafa um pouco mas entende que é preciso se reerguer e mudar as "estatísticas". Porque nada nos faz mais fortes do que acreditar em nós mesmos. 


Marion Vaz

Obrigada por ler este meu desabafo. Por isso peço que leia o próximo post

 http://marionvaz.blogspot.com/2020/12/ha-tanta-vida-la-fora.html

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Ano da Reflexão

Já estamos em setembro, quase outubro e posso dizer que 2 terços da população mundial está ansiosa para que este 2020 termine. Foi um ano difícil, tenebroso, tudo por causa de um vírus que praticamente se espalhou pelo planeta. Quase 1 milhão de pessoas perderam a vida em virtude do Covid 19. E não estamos nem próximos de nos livrar dele. Pelo menos aqui no Brasil porque não temos vacina e a população vive em pé de guerra com o confinamento que a princípio nos restringiu as quatro paredes da nossa residência e agora está por conta da consciência de cada um. 

Mas, como todo processo sempre exige algo do ser humano, durante todo esse tempo tivemos que aprender a conviver uns com os outros, respeitar o direito e o espaço de cada um e aturar tudo aquilo que não queríamos, porque estávamos confinados em nossa própria casa, rua e bairro. Muitos de nossos planos ficaram para depois, para o ano seguinte, muitas perdas, lágrimas e sonhos desfeitos. 

A Pandemia trouxe o caos, mas também nos ensinou a dar uma pausa no vida corrida, na ansiedade de querer resolver tudo, nos ensinou a olhar em volta, para o próximo, para os membros da própria família, que viviam dispersos, sozinhos. 

A Pandemia nos ensinou que toda nossa frustação vinha de coisas bobas e sem tanta relevância assim. Que o que era mais importante estava bem ali, dentro de casa, nossos pais, filhos, netos e parentes. Pessoas que mal víamos no dia a dia por causa do trabalho, da igreja, da urgência de ganhar mais dinheiro. 

A Pandemia nos fez reconhecer nossos próprios erros, defeitinhos tão pequenos, mas que atropelavam a convivência mútua. Aprendemos a olhar, a rever conceitos, a deixar de lado muitas das imperfeições alheias. Passamos a cuidar de nós mesmos, dos filhos, da casa abandonada todas as manhãs quando fechávamos as portas para ir ao trabalho.

Embora não pareça, mas a Pandemia nos uniu através da internet e das redes sociais. Muitos empresários redescobriram novas formas de valorizar seu produto. E de uma forma ou de outra ganhamos aqui e ali.

A Pandemia nos ensinou a olhar para Deus, a orar mais e buscar a proteção do Todo Poderoso. Nos conscientizou que religião não salva. E que o próximo é que tem um valor especial na vida. Para quem fez uma pausa  para ler mais a Bíblia aprendeu sobre Deus, seus princípios e seu amor. Saímos mais instruídos mesmo não frequentando escolas. Porque paramos para ouvir, entender e pedir perdão.

Acho que a Pandemia já cumpriu o seu papel e já pode ir embora. 2020 foi um ano de mudanças, de lágrimas para muitas famílias, mas também foi um ano de reflexão.

E se aprendi algo? Sim. Aprendi a ter mais fé em Deus e a ter esperança de que tudo pode melhorar. E se serve de consolo saiba que tudo nesta vida é passageiro... até o caos. 


Marion Vaz

sexta-feira, 24 de julho de 2020

O Legado Vaz

Ponto & Vírgula: Nada faltará

Eu sei que está chegando o Dia dos Pais. Agosto é um mês complicado pra mim. Perdi o meu pai já há alguns anos e sinto falta dele. Um homem inteligente, um pai amoroso e dedicado a família. Um pessoa agradável e fácil de se conversar sobre qualquer assunto. Uma pessoa séria e que tinha muitas responsabilidades. Líder eclesiástico e dedicado na obra de Deus. 

Miguel Vaz era jornalista de profissão e escreveu alguns livros e dezenas de textos para jornais e revistas. Trabalhou na CPAD por muitos anos. Na verdade, eu queria ter tido tempo de aprender mais com ele. Não nos deixou dinheiro, bens materiais ou objetos de valor. Não. O nosso legado é o nome Vaz. Esse sobrenome é que faz a diferença. Tenho orgulho dessa herança. Minhas filhas também. 

A geração dele passou por momentos complicados. Veio de uma família humilde. Meu avô era da marinha. Austero. Minha avó Maria Silva era simples, plantava e colhia alimentos para o dia a dia. Muitos filhos. A única foto dela nos dá a impressão de uma mulher forte, corajosa, mas semblante sério. Morreu cedo. Não sei do que.

Miguel Vaz tinha sonhos. Alguns, ele conseguiu realizar. Outros não. É a vida. Mas o legado, a capacidade de escrever sobre diferentes temas, a disposição para aprender, a força e a fé em Deus foram repassadas para as gerações seguintes. Eu vou tomar a liberdade de dizer que: Escrever está no nosso sangue.

Hoje, assisti uma live da minha filha sobre Liderando Adolescente, título do livro dela. E o que eu pude perceber que ela está um passo a frente solucionando problemas, que a geração passada não sabia como enfrentar. As soluções de hoje vão determinar pessoas melhores amanhã. 

E tudo começou lá trás, quando meu pai escrevia em cadernos ou folhas de pão, que ele pedia nas padarias quando não tinha dinheiro para comprar folha de papel. Só anos depois vieram as folhas A3 que eu via em cima da mesa da sala. E esta é a lembrança que tenho, do meu pai sentado na cadeira e em cima da mesa, uma Bíblia aberta, as folhas de papel e a caneta preta. A mão no queixo, pensando nas palavras que iria escrever. Pensamentos em frases, frases em temas, temas em textos. Textos que permanecem para sempre, de geração em geração. 

E se tem algo que eu aprendi com ele é ter esperança em dias melhores. Uma boa conversa resolve tudo. Às vezes as palavras ferem, mas educam. E por que não mencionar as boas risadas em família? Família. Era tudo pra ele. E assim ele nos ensinou que a dor de um é a dor do outro. E quando um está bem, todos estamos bem. 

Que Deus possa abençoar tua família também!

Feliz Dia dos Pais!


Marion Vaz


quinta-feira, 16 de julho de 2020

Mania de Terceirizar a culpa

A culpa é sempre do outro. Você conhece alguém assim? | pivato ...

O ser humano tem essa capacidade de achar que ele pode tudo, que é invencível, controlado, esperto o bastante para se dar bem em qualquer ocasião. Ele é o tal. Nunca erra. Nunca faz nada que possa ser repreendido. Ele é o máximo. E não me diga que não conhece gente com essa arrogância toda. Seja na família, na vizinhança ou local de trabalho sempre tem uma pessoa que se julga a tal. Não que não devamos valorizar nossas aptidões. Se você é realmente bom em alguma coisa tem que dar o valor. É justo e bom que alguém reconheça o esforço e a dedicação feita em algum projeto.

Mas o tópico de hoje apresenta o outro lado da moeda. Gente que acha que se deu bem porque foi ele que se esforçou, ele venceu todos os obstáculos. Se está tudo certo foi intervenção dele. Se o sol brilha, foi porque orou a Deus e pediu um lindo dia de verão. Se a pessoa não estiver á frente de tudo nada vai dar certo. Gente que fica esperando os aplausos, os tapinhas nas costas. Você entende né? Afinal... Ele é quase um deus.

No entanto, quando algo dá errado... Eta! Quem foi que falhou? - É a pergunta do dia. E nem adianta discutir porque a pessoa não vai dar ouvidos. E a terceirização da culpa. 

A primeira vez que isto aconteceu foi no Éden. Deus perguntou a Adão por que ele havia comido do fruto proibido. De imediato ele respondeu: "A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore ,e comi." (Gn 3.12). Eita! A culpa então era de Deus? Se Ele não tivesse feito Eva nada disso teria acontecido?! 

Só pra fortalecer a ideia de que estamos saindo intencionalmente ou não de fininho dos problemas, quando confrontada sobre o erro, observe o que a mulher respondeu a Deus: "A serpente me enganou, e eu comi" (Vs.13). E daí por diante os textos sagrados mostram uma infinidade de confrontos de personalidades, distanciamento de Deus e fuga. 

Definitivamente não estamos prontos para assumir nossos próprios erros e precisamos desesperadamente de algo ou alguém a quem culpar. Mesmo porque, para assumir nossas responsabilidades ou participação no problema, é necessário nos render ao fato de que somos imperfeitos. 

Acertamos algumas vezes? Sim. com certeza. Mas erramos em muitas outras fases da vida. Erramos porque somos humanos. Erramos porque não sabemos como agir em determinadas ocasiões. Não nos preparamos para algo porque julgávamos que era fácil e errar ou perder não fazia parte dos nossos planos.

Mas vou te contar um segredo: Errar não é a pior coisa que pode acontecer. Oi? Como assim? Sério! A pior parte não é o quê, quem, como tudo isso aconteceu? A pior parte é não ter coragem para admitir o erro e não se dar conta que, ao errar, outras pessoas também foram prejudicadas.

É por isso que eu tenho medo de pessoas arrogantes e autoritárias. Que sufocam a criatividade de outros só porque querem fazer tudo sozinhas. Pessoas que erram e muito, mas não assumem e nem tentam mudar de comportamento, porque pra elas terceirizar a culpa é mais fácil.


Marion Vaz

sábado, 4 de julho de 2020

Bem feito pra mim



Eita. O que aconteceu? Você deve estar se perguntando. Quando a gente faz algo errado e não tem como consertar, fica aquela sensação de querer voltar no tempo e mudar de rua, de emprego, de relacionamentos. A gente se olha no espelho, retoca a maquiagem e tenta se convencer de que está tudo bem. Mas na verdade não está não. A primeira tentativa de reverter o que se passou é tentar encontrar uma desculpa para o ocorrido. A cabeça fica dando reviravoltas no assunto para entender onde, quando e por que erramos daquele jeito. 

Para! "Você pisou na bola" - "Aceita que dói menos!" - São frases que o subconsciente fica repetindo bem baixinho no nosso ouvido. Mas é difícil seguir em frente sem entender de fato, aquele festival de besteirol que fizemos. 

A segunda atitude é colocar a culpa em alguém. Fulano, beltrano, um momento desfavorável, uma discussão anterior que te desequilibrou emocionalmente. Puxa vida! Ninguém é de ferro, não é mesmo? É quando a gente se recusa a aceitar que fizemos parte daquela maldita tramoia do destino. Se fosse em outro tempo eu nunca, nunquinha iria fazer aquilo! Eu não! De jeito nenhum! Imagina só! Não mesmo!

E lá vem  a terceira fase da fuga: Aceitação: Fiz mesmo! Errei? E daí? Todo mundo erra! Palhaçada! Queria ver se fosse com você? Está me julgando por que? - E Você ali, de frente pro espelho, escovando o cabelo e pensando: Que merda que eu fiz! Então você pensa nas consequências e ri. Ri alto! Bem feito pra mim!


Marion Vaz

quinta-feira, 18 de junho de 2020

O Tempo voa e as Notícias também!

Zeitgeist: Você sabe o que é o espírito do tempo? | Universo Retrô

Gente!! Nesta confusão toda de Covid-19 nem vi o tempo passar. Já estamos na metade do mês de junho e não fiz nada, absolutamente nada de coisa nenhuma que eu possa classificar de útil. Mesmo porque aquela paranoia que tomou conta do nosso dia a dia desde o início da pandemia não dá um descanso sequer. Por mais que se tente envolver a mente em algo mais prazeroso, qualquer "espirro" nos traz a realidade. Com uma média de 1200 casos de óbitos por dia aqui no Brasil quem é que consegue ficar tranquilo? 

Segundo o Consórcio de Imprensa, estamos beirando 1 milhão de pessoas infectadas. E que raio de Consorcio é esse? Você deve estar se perguntando. Então... após as medidas do Presidente Bolsonaro de mudar o horário e formato das informações sobre a contaminação aqui no Brasil, a rede Globo e demais envolvidos da Imprensa, criaram uma rede de troca de informações para ter acesso as estatísticas sobre a Covid-19 e assim poderem divulgar ao público dados fidedignos. Eu nunca duvidei do poder da imprensa (risos).

Mas o tópico de hoje é mesmo sobre o tempo e sua capacidade de afetar a nossa vida, seja para o bem ou seja para monotonia. E acho que não sou a única. Todo mundo tem sido afetado. A hora passa rápido ou estou me arrastando para fazer qualquer atividade. Quando se tem que sair a rua para algo necessário, eu sempre sinto uma pressão psicológica, o medo da contaminação e aquela dificuldade de respirar por causa da máscara. Aí vem o cansaço físico. Sem falar que tudo que chega da rua tem que ser lavado: roupas, compras, refrigerante, sapatos... E quando se percebe lá se foi quase uma hora nessa loucura.

O que causa certa frustração é a falta de lembranças em 2020. Praticamente não temos muito o que relembrar, uma atividade, um passeio, uma simples ida ao shopping. Nada. Toda a nostalgia gira em torno dos anos anteriores. Ah! Que saudade de 2019... Pois é.  O jeito é fazer planos pra 2021.  Porque a esperança é que seja um ano melhor que este. E não tem nada de errado nisto. Hoje estamos estagnados, ferrados mesmo! Mas o próximo ano temos que planejar algo novo para suprir o desgaste mental de 2020. Então pode parar de choramingar e começar a planejar coisas boas para o futuro. Afinal, a gente merece.


Marion Vaz


segunda-feira, 8 de junho de 2020

Eu estou de Luto

Mensagem de luto-02 - YouTube (com imagens) | Mensagens de luto ...

A Covid-19 levou mais um, mais dois, mais três... mais 37.134 mil pessoas aqui no Brasil. E esse número pode não ser real como já disse em outros posts. Sofremos as perdas de amigos e familiares, em silêncio, porque nosso choro não é ouvido. Dizem que choramos a toa porque todo mundo vai morrer um dia. Dizem: "E daí? Quer que eu faça o que? Não faço milagres". 

Bolsonaro em cavalo acena para manifestantes
Presidente do Brasil em período de pandemia 

Ontem enterramos mais um parente: Descansa em paz tio Ananias. A dor contida num velório simples sem despedidas, a distância. Lágrima presa. População demográfica no Brasil: - 1, -2, -3... Então a saída é fazer mudanças na divulgação dos óbitos. Por que? Pergunto. Resposta: "É para a Globo não ter mais notícias no JN". Ham? Sério? Pergunto: Por que? Resposta: Vai ser melhor pro país! Vamos dar 600,00 reais para ajudar o povo neste momento de crise então. Mas... E os mortos? Resposta: "Ah, para! Eu não sou coveiro!"

A vida segue, de máscara no rosto, mas maquiando a situação, sem se saber ao certo, quem morreu de fato e quem vive doente, infectando outros.

A Pandemia de Covid-19 parece ter um papel dominante, enquanto outros enlouquecem, invertendo os papeis, a legislação, troca ministro aqui outro ali, sai um entra outro só para melhor adaptação da aparência. E a transparência? Sei lá! O jeito é pedir uns pastores para orar aqui no Planalto. É... Parece bom. Afirmam.

Estranho essa motivação de fazer o povo sair as ruas como se nada pudesse nos atingir. Desde quando somos imune ao vírus? Não entendo tanta contradição: Abre comércio, fecha tudo, abre igreja como serviço essencial, fecha de novo. Bloqueio nas estradas, rodovias... Ninguém entra, ninguém sai... mas alguém vai com seu avião particular do Rio de Janeiro até Brasília só para orar pelo Presidente? E ainda mostra em vídeo? Que fofo né?

Coisa de Político brasileiro que está tão acostumado às regalias do seu cargo que agora pensa que pode comprar o favor de Deus! Ou seria "uma mão lava a outra, lava uma mão... lava outra..." - E só pra explicar a música em si é boa e divertida e não tem nada a ver com o contexto acima. 

Já disse que o brasileiro se destaca com suas excentricidades. Aqui é 8 ou 80. Não tem meio termo ou qualquer outra medida e se vai de um extremo a outro se ninguém der um Stop! Então o que se vê é uma quantidade enorme de gente perambulando pelas ruas como se a pandemia não existisse.

Independente do que se apresente por aí eu continuo com medo, por mim, pelos meus, por alguém que podia viver mais um pouco, mas acabou de falecer. É triste. Parte da população se encanta e cantarola: "Brava gente, brasileira..." Mas alguns se sentem abandonados com seus receios. E toda informação que, em parte, nos orientava, agora desaparece? Por que omitir dados da pandemia? Deve ser aquela velha história de que aqui no Brasil tudo termina em pizza...

Eu estou de luto pelas vidas que infelizmente vierem a falecer nos próximos meses.

Marion Vaz




domingo, 24 de maio de 2020

Convivência Forçada na Quarentena

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Quem critica a quarentena não tem a menor ideia do que se passa dentro das residências. Muita gente acha que está tudo tranquilo, que é um verdadeiro "mar de rosas". Que as pessoas são amáveis e estão tirando de letra este distanciamento social de amigos/trabalho/shopping e ter que conviver só com os parentes que moram na mesma casa. Sabe de nada inocente! 

Na verdade, estamos sofrendo um impacto muito maior, presos em casa, em espaços pequenos de convivência que na maioria das vezes se resumem em sala, quarto, cozinha, varanda ou área. Estamos sim à merce de todo tipo de problema, sufocando os sentimentos, escolhendo os problemas que podemos resolver e deixando outros para o fim da Pandemia. Assim, passam os dias sem qualquer perspectiva de tempos melhores. Amamos sim, trocando sorrisos por mera conveniência. 

Percebi o quanto nossos dias, que se transformam em semanas, são inúteis e sem produtividade. Tudo o que estávamos acostumados a fazer, toda a nossa rotina diária foi interrompida pelo Covid-19. E tudo o que nos resta é ver a hora passar, com todo o cuidado para não tropeçar uns nos outros dentro de casa. 

As noites são inquietas e com breves momentos de sono. Estou à beira da histeria sem poder demonstrar qualquer mudança na fisionomia. Essa coisa de ter que ser forte para proteger outros é que está matando muita gente. E quem paga é o corpo que começa a ter reações por causa do confinamento. Sinto que há um esgotamento mental e físico em andamento e eu estou ficando doente na alma. 

O pior desse distanciamento social e da convivência forçada é não ter uma vida própria, ter que aturar uma série de coisas e comportamentos de pessoas e vizinhos e não poder sair correndo para outro lugar. Não ter onde se esconder. É muito difícil aturar certas coisas que a gente só tinha que conviver nos finais de semanas ou por uma hora ou duas. Mas por causa da quarentena, a gente revive no dia a dia, um emaranhado de atitudes e certas condutas que estão nos levando a exaustão. 

Ficar em casa não é esse "mar de rosas" que as lives e depoimentos tem tentado passar. É uma guerra silenciosa que nos consome lentamente, pedaço por pedaço, conforme a sua fome. E como não se pode descontar em casa, muita gente transfere seu ódio para as redes sociais em forma de comentários agressivos. Só pode.

Estamos diante de uma nova era, uma nova realidade. Vamos sobreviver? Sim. O ser humano tem essa capacidade de se adaptar ao mundo pós guerra e fazer de tudo para recomeçar e sobreviver a tudo de ruim que nos sobrevenha. Então, de todo coração te desejo sorte.


Marion Vaz

Atualização:

No Brasil são mais de 365 mil casos confirmados de Covid-19 e cerca de 22.700  óbitos. 


segunda-feira, 11 de maio de 2020

Quando a hipocrisia reina

Maneiras de enxergar além das máscaras e descobrir quem as pessoas ...

A quarentena no Brasil segue adiante e aqui ou ali com maior ou menor número de adeptos.  Segundo as estatísticas do governo mais de 160 mil pessoas estão com Covid-19 e mais de 11 mil óbitos já foram registrados .

No geral a população já entendeu que o vírus é agressivo e que o isolamento social nos protege de certa forma. Mas como sempre tem aquela "ovelha negra", alguns ainda relutam em admitir o óbvio e teimam em sair as ruas. Uma pessoa idosa foi caminhar no calçadão da praia sem máscara e postou isso afirmando que era "bolsonarista" e que não tinha medo de ficar doente. E ainda fez piadinha de que os demais podiam apodrecer em suas casas. Sem comentários!

Infelizmente, esta premissa teve origem no padrão comportamental do presidente eleito. Alguns pastores e ministros do Evangelho de Jesus que seguem o mesmo pensamento dele insistem que a "obra" não pode parar.  Igrejas com portas abertas em muitos locais e cultos dominicais continuam acontecendo.

Chato mesmo são as postagens agressivas que por hora vem sendo a marca de muitos outros que se dizem "ungidos" do Eterno.  Eu tive que deletar muita gente das redes sociais porque não consigo compactuar com tal postura. São muito agressivos na maneira de falar com o povo ou  reportar um assunto. Um determinado pastor só sabe criticar as medidas de segurança e o faz de forma grosseira e sem qualquer respeito pelos internautas. Um jovem desta mesma igreja (acredito que de conformidade com a liderança) afirmou  que "esse povo merece ser escravo" referindo-se as pessoas que permanecem em distanciamento social.

Por outro lado, há líderes religiosos que compreendem as dificuldades que o momento presente representa e são verdadeiros servos de Deus. Estão usando o tempo online para abençoar e ministrar com amor e temperança a Palavra de Deus. Muitos estão ajudando com cestas básicas e alimentos as pessoas carentes. Acredito que a quarentena foi um divisor de águas entre os verdadeiros adoradores e o fanatismo religioso. 

Porque esse pseudo mandamento de que só estando na igreja é que o povo vai ser abençoado caiu por terra nesta quarentena. É possível perceber que aqueles que defendiam a tese estão completamente sem rumo. O descontentamento é nítido no semblante deles quando se pronunciam contra ao distanciamento e afirmam o quanto se sentem "prejudicados". 

O problema desse tipo de comportamento é que quando a quarentena terminar e a pandemia for coisa do passado, tais pessoas vão esquecer todo o mal que fizeram e subir nos púlpito para pregar o amor ao próximo e coisas do gênero. E vão fazer isto sem qualquer constrangimento no estilo: segue o baile... Hipócritas!

Não sei você, mas eu imagino Jesus olhando lá de cima com a mão na cabeça e pensando: Não foi pra isso que eu me sacrifiquei..."


Marion Vaz

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Somos alienígenas

Seria a Terra um zoológico para alienígenas? Pesquisadores ...

Quando a gente é criança tem medo de tudo. Mesmo porque não conseguimos entender algumas coisas. E filmes de alienígenas eram um recorde de audiência mesmo com todos aqueles erros de produção que, hoje em dia, podemos detectar. Mas aqueles monstrinhos de cabeça grande ou antenas e braços longos ou pele verde davam muito susto. Mal sabíamos que com o passar do tempo iriamos nos tornar um desses habitantes extraterrestre. Não sei se somos de Marte ou de algum outro planeta distante. Talvez até de outra galáxia. Mas com certeza aqui da Terra... Nem pensar!

Noticias do exterior mostram como os países estão lutando contra a Covid-19 e em seus discursos os presidentes de cada país procuram conscientizar a população sobre a pandemia. Dá para perceber a preocupação deles no semblante, na fala e na maneira de se comportar. Mas aqui no Brasil o povo se divide em duas categorias. Aqueles que fazem a quarentena e aqueles que criticam a atual situação. Só hoje foram mais de 400 mortos só em relação ao vírus, fora todos os óbitos diagnosticados com outras doenças. 

O grupo A pensa em garantir a vida, usa máscara, só sai de casa em caso de emergência. O grupo B faz carreata nas ruas pra mostrar que desejam o fim da quarentena. Centenas de veículos ocuparam as ruas do Rio de Janeiro e outros Estados. Em São Paulo, eles broquearam a entrada de um hospital e buzinaram, em total desrespeito aos pacientes, muitos com Covid-19, e familiares. E acharam que era um ato de Democracia. Queriam ser ouvidos! Esse povo não vai para o céu não. Opinião minha, você pode discordar.

Estamos há um mês e meio apenas desde as primeiras notícias de uma Pandemia e nosso Presidente insiste em provocações e discursos difamatórios contra emissoras de televisão, governadores e quem não está de acordo com suas táticas. Parece que é pessoal. Tem atitudes groseiras, mal consegue se expressar quando confrontado, na verdade, a gente sente falta de um pronunciamento de verdade.  Ao ser questionado sobre a quantidade de mortes no Brasil disse asperamente: "Eu não sou coveiro". Falta-lhe postura para quem está na liderança de um país. Pronto! Falei! 

Eu penso que pode ser o peso do cargo, a falta de apoio, já que não tem mais partido político ou qualquer outro sentimento, que não seja apenas arrogância. Talvez, quando eleito, pensasse que seria um ótimo presidente. Talvez achasse que seria moleza governar um país como o Brasil. Nem todo mundo é contra a ele. Nem todo mundo gosta. Mas, minha opinião é que falta mesmo postura de líder: Uma pessoa centrada, que consegue controlar seus ímpetos e que falasse calmamente e que passasse confiança. Mas desde o início da Pandemia ele tem mostrado aversão aos fatos científicos e banalizado os efeitos do Covid-19 sobre a população. Infelizmente, as estatísticas não mostram a real situação aqui no Brasil. E eu já mencionei em posts anteriores que não há kits para a população. Os números mentem. 

Mas os alienígenas aqui estão confiante que é só uma "gripezinha". Os "mais" crentes continuam com suas reuniões religiosas afrontando as medidas de segurança imposta pelo Governador. Dizem que a fé remove montanha. Agora é lei usar máscaras ao sair de casa e quem for pego vai pagar multa. Tem até um governador que que opinou que "aqueles que são contra o isolamento social e sair nas ruas, caso se contaminem deveriam assinar uma documentação abrindo mão do respirador para outros enfermos". Confesso que a ideia não é de todo ruim. Afinal, essa pessoa praticamente está pedindo para ficar doente. Mas aí vai entrar a questão dos direitos humanos e... Vai dar uma confusão! Então...

Ainda está em dúvida de que somos alienígenas?? Dá uma olhadinha no espelho! - Brincadeirinha!



Marion Vaz

terça-feira, 14 de abril de 2020

Quem tem medo do lobo mau? Atchim!

Atchim!!!!!

Então gente, eu avisei que brasileiro é um ser ainda em análise. Nem a Nasa explica as atitudes desse ser humano que não está nem aí pro Coronavírus. Centenas de pessoas saíram as ruas neste final de semana e sabe pra que? Comprar os benditos ovos de Páscoa e os deliciosos chocolates. Afinal, Páscoa sem chocolate não é a mesma coisa! Vocês acreditam? Pois é...

Num ato de bondade humana as Lojas Americanas abriram suas portas para receber esse povo que, já estavam enclausurados a cerca de um mês, tadinhos, e com a aproximação do feriado de Páscoa, não podia vivenciar esse momento sem se deliciarem com as famosas barras de chocolate, ovos e bombons em suas variadas marcas. Claro que eles tomaram as devidas providências! Álcool gel na entrada, limites de pessoas dentro das lojas, etc. 

Mas o que foi visto na rua e no entorno da entrada da loja foi uma multidão em filas quilométricas! Um absurdo! Pessoas de todas as idades com e sem máscaras, com crianças no colo sem máscara, num distanciamento mínimo esperando a sua vez de entrar na bendita da loja para comprar, não comida, não alimentos perecíveis, não produtos indispensáveis, não  queridos, as pessoas foram se expor nas ruas, num período de quarentena, em que milhares de pessoas em todo mundo estão morrendo para comprar c h o c o l a t e!  Isso é Brasil!

Essa dúvida na sociedade brasileira de "quem tem medo do lobo mau?" da história dos Três Porquinhos e que também nos lembra o conto da chapeuzinho vermelho e sua ida a floresta, vem da dualidade de pensamento a que estamos expostos diariamente. A quarentena foi ideia do Ministro da Saúde, Luiz H. Mandetta que, obedecendo as diretrizes da OMS - Organização Mundial de Saúde e tendo em vista a propagação do Covid-19  em todos os países, deu ordens para a população ficar em casa. O que amplamente discutido nas mídias sociais e redes de televisão. A emissora Globo tem sido taxada de "globolixo" por muitos seguidores bolsonaristas e difamada publicamente porque continua a alertar a população dos riscos de contaminação.

Por outro lado, como maior opositor do ministro Mandetta encontramos o próprio presidente da República, eleito pelo povo, e agora sem partido político, que insiste em salvar a economia do pais, opondo-se claramente a quarentena total e defende a quarentena de apenas pessoas do grupo de risco (idosos). Em discursos em rede nacional ou através de atitudes em suas comitivas, Jair Bolsonaro além de se expor ao vírus, tira a máscara de proteção em público e aperta as mãos de seus contribuintes, mostrando a sua aversão a quarentena. Minha opinião é que esta atitude é uma afronta ao Ministro, já que os dois tem ideias diferentes de como evitar o contágio na população brasileira.

A divergência chegou ao ponto de se anunciar a demissão do Ministro da Saúde. Mandetta avisou até que estava "esvaziando as gavetas" quando foi chamado para uma "reunião" com o Presidente. Conclusão: Alguma coisa aconteceu que obrigou o Ministro a mudar seu discurso. O homem que bravamente lutava para a proteção de todos nós passou a cogitar a ideia de abrandar o distanciamento social. Como diz a letra da música: "Que país é esse?"

Então vamos aos números... Estatisticamente o Brasil com cerca de mais de 200 milhões de habitantes, tem até esse momento 23.870  pessoas contaminadas por Covid-19 e um total de 1.357 falecimentos. E por que vocês acham o número tão desproporcional em relação aos demais países sofrendo com a Pandemia? Por que somos um povo abençoado? Não!

Analisando os fatos posso citar: Primeiro, o Brasil é o país que menos testa a população. Não temos kits pra isso. Os testes que chegam ao Brasil são designados aos agentes da saúde que estão lidando diretamente com os enfermos (Acho justo), depois vem doentes em potencial, ministros e pessoas do governo.

Segundo: A população em si, não foi testada. Não temos kits. Nem mesmo aquele que mede a temperatura o Drive-Thru. Não tem como saber quem está contaminado a menos que a pessoa manifeste a doença e é claro, não se possa fazer mais nada. Ouvi dizer que o Rio de Janeiro, onde moro, só tem 400 respirador. Pra uma população de mais de 7 milhões de pessoas? Pensei: Putz"

Terceiro: Já disse em posts anteriores que nosso Sistema de Saúde não está equipado para a Pandemia. Conhecedores do problema Ministro e demais Governadores de Estado tentaram inibir a contaminação obrigando a população a ficar em quarentena. daí o medo de uma tragedia na economia do país. O Brasil está apenas com um mês do contágio e nem chegamos ao pico da doença, mas o povo acha que a doença não existe e aliado ao fato de  que as estatísticas aqui não falam a verdade, ficamos a merce do acaso. Não há teste para a grande maioria da população.

Quarto: A demora nos resultados (absurdamente semanas) para saber se a pessoa está contaminada. Milhares de testes em análises! E quando saírem essa estatística não vai ser revelado a população. Estamos às cegas confiando na bondade do Todo Poderoso.

Outro problema que enfrentamos são as divergências políticas que mais parecem preocupadas com cargos e esconder "fatos e fotos". E não estou falando nada que não esteja nos jornais. O Governo afirmou que vai providenciar um valor de ajuda financeira de R$ 600,00 para famílias carentes cadastradas. Situação: Em análise!

Aqui em casa estamos todos bens e tenho pedido a Deus que nos guarde. Sinceramente, eu não acredito que num país como o Brasil tenha apenas esse número finito de contaminados, e como eu não tenho como provar isso fico por aqui.

Marion Vaz

Atualização as 18.30 horas de hoje: 25.262 infectados e 1532 falecimentos.

Atualização em 17/04: O ministro da saúde Luís  Mandetta foi demitido pelo presidente Bolsonaro. 


O figura é meramente ilustrativa e não tem a intenção de menosprezar a história infantil dos Três Porquinhos.

sábado, 11 de abril de 2020

Ano Sabático para o mundo - Mudança de Hábitos

O que é quarentena? - Brasil Escola

Uma frase  do rabino Nilton Bonder me achou atenção. Por causa da Pandemia e a mudança de hábitos que todos nós, por ora, tivemos que adotar, ele mencionou na reportagem que 2020 seria como um ano sabático para o mundo.

Concordo que demos um tempo na correria da vida. Estamos aprendendo a conviver com a pessoas que moram dentro da nossa própria casa. É até estranho dizer isso, mas neste sentindo, parece uma coisa boa. 

Você vai concordar comigo que como as igrejas cessaram as reuniões, todas aquelas horas de devoção religiosa no dia a dia podem ser dedicadas a você mesmo, ao cônjuge e aos filhos, mãe e pai. A família voltou a ser o centro da atenção. É algo a se pensar.

Acredito que paralisação do comércio vai alterar a economia do país e que precisamos controlar nossas finanças. Quase não tem pessoas nas ruas, nem ambulantes, nem carros, nem ônibus e as fábricas pararam de funcionar. O ar parece mais limpo e céu mais azul. Talvez, neste sentido, o rabino tenha razão.

Quando escrevi sobre 2020 ser meu ano sabático, não imaginei qualquer uma dessas mudanças que tivemos que adotar. Nunca pensei em passar por quarentena, ficar trancada em casa, sair na rua de máscara. e acredito que todos nós vivemos assustados ultimamente.

E algo que tem me preocupado é o relacionamento com o mundo externo. Embora aqui no Brasil o registros de pessoas infectadas até o momento esteja muito abaixo, e muitos vivem desacreditados que a Pandemia seja uma realidade, estamos tensos e preocupados. Principalmente, porque nos demais países a doença atingiu um nível alto e milhares de pessoas estão morrendo.

Eu não sei o que acontece com a mente do brasileiro. Ou a gente é muito esperto, crédulo e somos de fato um povo varonil, ou estamos completamente alienados. É uma quantidade absurda de postagem em rede sociais maquiando o progresso da contaminação que vocês não tem ideia. Parece que o povo tem uma venda nos olhos. Muita gente desobedecendo a quarentena.

Ontem eu sai de casa para fazer compras. Foi inevitável. Sai de mascaras e até luvas nas mãos só por precaução. De princípio fiquei constrangida com as pessoas me olhando como se eu fosse um ET. Mas não consigo confiar nas informações que são repassadas. Prefiro me proteger.

O que eu notei, nesta mudança de hábito, de ficar isolado socialmente, de falta de contato físico com os outros, e que é algo ruim também é nossa desconfiança. Andamos assustados demais, afastados de todos nas ruas, olhar desconfiado, gente mudando até de calçada só para manter distância. Estamos com medo até do ar que respiramos. O nosso próximo passou a ser nosso inimigo. Eu não tenho ideia do quanto estamos, como sociedade, mudando de comportamento. Nunca mais seremos os mesmos. 

Sinto saudades da aglomeração nas corridas de rua, de dar bom dia ao vizinho e poder rir alto e descontraída. Sinto falta do contato humano, do querer bem, mas hoje... meu subconsciente não me deixa nem espirrar. 

Espero que esta fase passe logo e a vida volte ao normal. Mas acho que, independente das estatísticas, vamos demorar mais tempo a confiar em quem quer que seja. 


Marion Vaz




segunda-feira, 30 de março de 2020

Tô surtando nesta tal de quarentena

Estresse | Psicólogo em São Paulo

É a mais pura verdade gente. Eu estou surtando nesta tal de quarentena. Assim como vocês estou em casa, presa em meu próprio domicilio, sem poder ir a rua (apenas para o que é essencial como fazer compras). E de início até parece que a gente vai tirar tudo de boa, manter distancia dos amigos e até de parentes. Ok. Alguns nem vale a pena mesmo ficar perto! 

Mas o ser humano foi feito para viver em sociedade, a gente precisa de contato, de conversar, de pegar o sol da manhã. E desde o início do ano fiz planos para minha vida, viajar, conhecer lugares, experiências diferentes e de repente... Vem esse vírus desgraçado mudar toda nossa rotina. Porque nesta semana começa a pior fase. Quem contraiu o vírus vai dar sinais de contágio e com certeza pode contaminar outras pessoas. Então, temos que nos controlar e ficar em casa. E isso é muito importante não só pra você, mas para toda a sua família.

Então eu parei para pensar no quanto é desgastante ficar limitado a quatro paredes. Mesmo que se tenha inúmeras coisas para fazer, e serviço de casa não acaba nunca, tem horas que a gente cansa. e ficar sem fazer nada é pior ainda. Aí você corre para o celular e começa a reler mensagens e se irritar com as novas que vem chegando. 

Porque parece que todo mundo em quarentena resolveu ter uma "opinião formada sobre tudo" e aí começam as postagens sem noção. notei que as pessoas ficaram mais agressivas em seus comentários. E me dá uma vontade de responder a altura e qualificar o indivíduo, que você não tem ideia! Tipo: Vou jogar merd... no ventilador. Mas não posso. Então calmamente vou subindo as postagens para ver se tem algo mais interessante. Não. Não tem.

O jeito é ver um filme na Netflix. Mas... Você tem vizinhos! Que também estão de quarentena! E... Cada um acha que de ouvir música num volume alto, por uma causa, circunstância ou razão que eu não sei. E de repente, parece que você está num hospício. Porque tem coisa que, se você convive só um dia ou um final de semana alternado, tudo bem. Dá para aturar. Mas imagine já acordar de manhã cedo com um vizinho enfurecido com o parceiro gritando feito louco? Imagine ter que ouvir às tantas horas da noite a mesma ladainha?

E já reparou como esse povo gosta de conversar com gatos e cachorros? Gente! Estou surtando! Que vontade de gritar: Esta merda não sabe do que você está falando!!!! Nada contra cães e gatos, eles são lindo... à certa distância. Confesso que depois que um vizinho envenenou meu gatinho desisti de ter bichinhos em casa.  Triste né?

Pensa que acabou? Não! Acho que o maior desafio nesta quarentena é conviver com aqueles que moram dentro da sua própria casa. Por mais que você ame cada um eles (E eu amo demais as minhas filhas) tem horas que você quer silêncio, quer rir sozinha ou fazer um comentário sem que alguém te julgue. Tem horas que você quer tomar um banho em paz, mas a casa está cheia de gente! kkkkk E o melhor conselho que eu ouvi foi: Nesse período conturbado da história a gente tem que manter a calma...  Respondi: Sério? Tá bom! Mas por dentro eu era um vulcão em erupção.

Algo que vem me estressando também é essa incógnita de não saber quem está contaminado, esse medo de pegar o vírus e levar pra dentro de casa, medo de espirrar, de tossir. Tenho tido pesadelos e não durmo bem ultimamente.  E que saudade da minha netinha! Que saudade de cuidar dela, pentear os cabelos, de abraçar. Choro todo dia. A gente se fala por zap mas não é a mesma coisa.

Eu prometo que não vou sair na rua correndo feito louca e colocar minha saúde em risco. Vou cumprir a quarentena. 

A ideia de fazer um planejamento diário para tarefas é boa porque a gente acaba gastando muito tempo em algumas e outras ficam por fazer. Quem mora com filhos, marido, sogra, etc, não tem jeito, melhor ficar "cada um no seu pedaço" e tentar se desvencilhar das encrencas. Podemos preencher nossas tardes e noites  com uma boa conversa, ver fotos antigas, cozinhar algo diferente e até brincar com jogos como dominó por exemplo. Também ouvir música (ops) fazer ginástica, aula de dança, ver uma série na TV... Enfim... 

Às vezes, precisamos ficar em paz por um tempo, cada um no seu quarto, respeitando os limites e o lazer de cada um. Vamos passar por esta quarentena. Não tem outra alternativa. Mas precisamos manter um ambiente tranquilo e agradável em casa. 



Marion Vaz

É... Acho que estou mais calma agora... kkkkkkkk

quarta-feira, 25 de março de 2020

Coronavírus - Fica em casa ou se arrisca numa Seleção Natural?


Não é minha intenção provocar polêmica sobre religião, ciência ou conceitos filosóficos sobre o assunto que dá título a esta postagem. Mas a evolução do Coronavírus e sua eventual propagação aqui no Brasil tem me causado grande preocupação.

As medidas de segurança como quarentena, distanciamento social foram extremas, assim como o fechamento de shopping, lojas comerciais, teatros ou qualquer centro de entretenimento, serviços de transportes públicos pararam, alguns limitaram os veículos. O ideal é manter as pessoas confinadas em suas casas para evitar o contágio. 

Ontem a noite ouvimos um pronunciamento do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em que ele criticava tais medidas de prevenção. Para o presidente, as escolas não deveriam ser fechadas e que o povo com idade inferior a 60 anos pode sair a rua e trabalhar para não causar um impacto negativo na economia do país como é o esperado.

Para o presidente dos EUA, Donald Trump, que também usa as mesmas prerrogativas, parece que a economia do país vem em primeiro lugar. Ele afirmou que as medidas de prevenção vão ser a causa do declínio financeiro dos Estados Unidos e que todos deveriam voltar a rotina de trabalho. São 44183 casos de infectados e cerca de 540 mortes até ontem. Imaginamos que há muito mais. Com a grande aceleração dos números de casos de contaminação, existe a possibilidade dos EUA se tornar o novo epicentro da doença. Mas quem liga né?

Como já era esperado, surgiram centenas de mensagens nas redes sociais aprovando a fala do Presidente do Brasil. As pessoas, em sua maioria, estão reclamando dos próprios parentes, vizinhos e amigos com idade inferior a 60 anos que estão em quarentena. Afirmam, sem piedade, que eles deveriam ir pra rua mesmo correndo risco de infecção, e ajudar a evitar o colapso financeiro do país.

A projeção é que será milhares de pessoas infectadas em todo país, caso o isolamento social seja interrompido. O que se pede a população é para correr o risco. Eu fico pensando quando esta quantidade de mortos deixarem de ser estatistica e passarem a corpos empilhados nas ruas, quem é que vai ter fome ou motivação pra ir no shopping comprar sapatos só pra movimentar a economia? Gente sem noção esse tal de brasileiro. 

Segundo a Teoria da Seleção Natural os mais fortes sobreviveram e se adaptaram. Então, minha interpretação do texto foi a seguinte: Na ordem do dia, o presidente e seus aliados afirmam que as pessoas deveriam ir trabalhar para manter a economia e se forem contaminadas (no caso os familiares também) não passará de um "resfriadinho" - (palavras do presidente). E se não acontecer nada é bônus. Se milhares forem infectados e morrerem foi por uma causa maior? Que tipo de patriotismo é esse?

E o pior que muitas dessas pessoas que "mandam o povo ir pra rua" são pensionistas. Todo mês recebem pensão do governo, ou como aposentados ou por auxilio doença. Tem gente que nunca teve carteira assinada, gente que nunca enfrentou um metro lotado. Aí é fácil mandar os filhos e netos dos outros correrem risco de contaminação. Ganharam o meu desprezo. 

Fica aqui a minha indignação por essa "seleção natural" que estão querendo impor ao povo brasileiro. 

Meu apelo é que por amor de muitos  #ficaemcasa.


Marion Vaz



quinta-feira, 19 de março de 2020

Igrejas devem fechar as portas também.

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Estamos num momento decisivo da história da sociedade brasileira. Seguindo orientações de segurança, vários departamentos, shoppings, lojas, teatros, cinemas estão temporariamente fechados para evitar aglomeração de pessoas. A medida de manter as pessoas em casa para evitar contágio ao Coronavírus, teve aceitação imediata em todo o Brasil. Diminui-se a quantidade de transporte coletivo e particulares nas ruas, metros, trens e outros meios de locomoção também estão funcionando com horário reduzido. Em sua maioria todo centro de entretenimento esta fechado.

Tudo isso porque existe um risco de uma pandemia no Brasil como aconteceu em muitos países do mundo. Eu penso que há algo que ainda não foi dito para a população. Talvez para não causar um pânico geral, talvez porque não se saiba mesmo a extensão da doença em território brasileiro. Como eu disse no post anterior, o Brasil não estava preparado para tal desgraça e nosso Sistema de Saúde tem sérios problemas. Na verdade, o Governo nunca deu muita importância para a saúde e talvez esse tenha sido o maior erro. 

No intuito de preservar a maioria das pessoas "longe" do contágio foi dada a ordem de fechar estabelecimentos e evitar a aglomeração de pessoas a começar com um prazo de 15 dias. Depois disso ninguém tem a menor ideia do vai acontecer. E o que a Igreja tem com isso? Tudo! Independente da denominação ou seguimento religioso, muitos líderes entenderam que aglomerar os fieis dentro dos templos para adoração, descumprindo as ordens do Governo é uma atitude de negligência. Mesmo porque, ninguém seja religioso ou não, está livre de ser contaminado. É hora de pensar no todo.

Infelizmente, aqui no Brasil, muitos crentes estão indo na direção oposta, definindo o momento presente como exagerado e não estão disposto a deixar de comparecer aos cultos. Não satisfeitos em se expor ao contágio, fazem críticas diretas aos crentes e pastores que decidiram acatar as ordens de fechar as portas da igreja temporariamente. Pessoas adultas com anos de crença, líderes que agregaram multidões em seus ministérios, já disseram em redes sociais que não vão fechar suas igrejas.Um deles exigiu uma ordem judicial para tal. O pior de tudo é que, por serem eloquentes em seus discursos, são mentores de muitos fieis que seguirão passo a passo suas ordenanças. 

Sinceramente, desnecessário. Seria vergonhoso para um líder e sua igreja ter que receber uma ordem judicial para manter as portas fechadas para preservar a saúde dos fieis.  Imagine que policiais tenham que chegar nos templos e exigir o fim da reunião e ter que obrigar as pessoas a saírem do recinto. Imagine que alguns desses crentes façam isso sem problemas, mas que outros entrem numa histeria coletiva e comecem a chorar, gritar, agarrados nos bancos das  igrejas, expulsando os demônios dos policiais e até sendo presos por desacato as autoridades? 

Imagine tudo isso sendo filmado pelas pessoas e exposto nas mídias sociais para o mundo inteiro ver? Todo trabalho de anos de posicionamento de uma denominação destruído por causa da prepotência de um líder  religioso. Agora eu me pergunto: Por que a Igreja, como local de reunião e aglomeração de pessoas não pode ser fechada nesse tempo de crise na saúde? O que faz alguém pensar que detêm a verdade em si mesmo e pode decidir, entre os membros da sua igreja, quem vive e quem morre? Porque essa responsabilidade vai ser da pessoa. Ela não vai poder dizer que não tinha a intensão, que não sabia, ou que não imaginou que seria assim... 

Eu sei que você acha que eu estou exagerando, mas tem crentes problemáticos aqui no Brasil e que acham que mandar cancelar as reuniões nos templo é perseguição e coisa do diabo. Muitos vão comparecer aos cultos sim. Minha opinião é que tal teimosia  não tem nada a ver com fé ou amor a Deus. A fé não tem que ser colocada a prova. 

A fé natural e a espiritual é algo distinto de cada pessoa. A Bíblia diz que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6) e a comunhão com o Senhor é diária através da oração e da leitura da Bíblia. Quanto mais você se aproximar de Deus, maior o seu entendimento do que Ele deseja pra sua vida. Colocar sua saúde
em risco pra agradar a líderes religiosos ou  acariciar o ego do pastor não tem propósito algum. Talvez seja falta de empatia. Milhares de pessoas infectadas, outros milhares mortos e quem tem saúde brincando de Deus. 


Marion Vaz


terça-feira, 17 de março de 2020

Coronavírus - A maldição do século?

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Confesso que não sei muito sobre esse vírus além do que li nos jornais. A ordem de prioridade máxima no Brasil e demais países é ficar em casa A primeira iniciativa foi fechar as escolas e faculdades. Agora o importante é evitar aglomerações como reuniões religiosas, cinemas, casa de shows, shopping, feiras livres ou qualquer evento que implique em ficar próximo as pessoas. Isso porque não sabemos quem está contaminado pelo vírus e que pode transmitir a doença com um simples aperto de mãos.

Coronavírus não é um resfriado, não é um sintoma de quem tem alergia e também não é uma virose. Pode ser considerado o mal do século. Essa doença não está sob controle e já fez milhares de vítimas em muitos países, fora as milhares que estão em quarentena. Os aeroportos do mundo estão fechados. Ninguém entra, ninguém sai. Todo cuidado é pouco. E a maneira de tentar conter a proliferação da doença é manter as pessoas em domicílio evitando contado até com parentes e amigos. 

Tem muita gente se desobrigando das ordens dadas pelo Governo e achando que estamos "loucos" e que não é pra tanto. Eu não vou arriscar. É para o bem de todos. O que houve em países como a China e a Itália nos fazem pensar quão doloroso é para ser o humano ter que escolher quem vive e quem morre. É muito triste. Os agentes de saúde estão trabalhando sem descanso e ainda correndo risco de se contaminar. Tem atitudes que não tem preço. 

Aqui no Rio de Janeiro, várias locais estão fechados. A economia vai despencar e ninguém sabe como serão os próximos dias. Quem resolveu ir ao Supermercado fez compras absurdas para manter a despensa lotada. As prateleiras estão vazias em muitos deles e faltam itens de algumas marcas que a gente estava acostumado a ter. Dizem que alguns desses centros de abastecimentos vão fechar. Então a coisa vai ficar feia. Outro problema em relação ao suprimento alimentício é que muitos vão achar nisso um excelente negócio para lucro e os preços vão ficar absurdos. É vergonhoso, mas é a pura realidade.

Não sei, mas eu penso que o Brasil não estava e não está preparado como muitos países, porque o nosso Sistema de Saúde não sai da casa do precário há muito tempo. Se, em casos comuns não há leitos nos hospitais, remédios e médicos para atender aos pacientes, imagine a desgraça que vai ser no caso de uma pandemia do coronavírus? Ouvi um pronunciamento de que estão tomando providências cabíveis para atender todos os enfermos que necessitarem de vagas em leitos e máquinas de oxigênio estarão disponíveis, também há a ideia de contratação de médicos e enfermeiros. Mas a prioridade agora é evitar o máximo de contagio da doença. Que Deus nos ajude.  

E o pior de tudo é que tem gente menosprezando as medidas de segurança por causa da fé. O ideal seria que as Igrejas também mantivessem as portas fechadas e que reuniões religiosas fossem feitas online. Mas tem muitos crédulos achando que isso é perseguição. Na minha opinião é falta de empatia. E que alguns dias ou até o mês inteiro se for preciso em casa, não vai abalar a fé de ninguém. Opinião minha. Eu não vou me arriscar.

Em muitas igrejas são oferecidos álcool gel na entrada do Templo, luvas e máscaras para quem for cultuar. Eu acho arriscado. Mesmo porque várias pessoas usam outros meios de transportes e não o próprio carro, para chegar ao local. 

Mas existe o outro lado da moeda para tal descumprimento dessa ordem emergencial:  Muitas denominações estão com obras em andamentos e muita grana mensal em jogo. Em conformidade com a ideia de que "estão protegidos pelo Espirito Santo" ou que "nada acontece sem a permissão de Deus" cogitam em correr risco, frequentando as reuniões nas igrejas evangélicas e demais cultos. Se, em sua maioria, dízimos e ofertas já são depositados na conta da igreja, nada mais justo de que aquele que deseja contribuir faça o mesmo sem ter que sair de casa. E para não deixar o "rebanho" sem a Palavra de Deus, que o abençoado pastor faça palestras online, o que já tem de sobra nas redes sociais ou use a ferramenta de vídeos no Youtube e assim alimente suas "ovelhas". Pronto. Está resolvido. 

Eu não consigo entender essa discrepância de que a fé tem que ser testada? São vidas humanas em risco! Não tem nada a ver com perseguição ou guerra espiritual. Meu conselho é que você fique em casa. E aproveite o tempo para, além de outras atividades, ter mais comunhão com a sua própria família. Quer fortalecer a fé? Separe um momento do dia para leitura bíblica e oração. Quem sabe, a sua fé se renove? Quem sabe, se você não correr riscos desnecessários, tenha saúde para viver mais intensamente e ver seus filhos e netos crescerem? #Ficaadica. 

Medidas importantes no dia a dia é lavar as mãos e rosto constantemente, usar álcool gel e evitar proximidade com quem quer que seja na rua. O que o Governo deseja é evitar a superlotação nos centros médicos por causa de "falsos" casos. Mas se houver mesmo evidência de contágio procure uma Emergência e faça o teste. No mais, faça a sua parte e evite problemas futuros. Desejamos que o Senhor nos ajude a passar pelo processo que vem nos assolando e que nos abençoe a todos. 

Meus sinceros sentimentos às famílias enlutadas.


Marion Vaz

segunda-feira, 16 de março de 2020

Tic Tac Atrasada às 6:05 da manhã?


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Como pode uma pessoa estar atrasada às 6:05 da manhã? Parece brincadeira! Que vida mais maluca! Meu dia começou às 5.25 horas e pode-se dizer que era madrugada, porque estava escuro ainda. Levanto e calculo o tempo. Tudo tem que ser muito rápido: Banho, roupa, cabelo, beijos nas filhas, olhar em volta pra não deixar uma tomada/lâmpada ligada, bolsa, trancar a porta e sair de casa. Lá estava eu, meio acordada, meio dormindo, em pé esperando uma condução, controlando os tic tac do relógio e pensando com meus botões: Estou atrasada! Depois reparei na hora: Às 6:05 da manhã?

Mas a vida tem dessas crendices que a gente mesmo inventa. Dois minutos de lentidão e já era. Lá se vai o ônibus sem você. Depois é rezar, chorar e torcer pra vir outro na cola e poder, enfim, respirar aliviada. E não é só a Marionzinha aqui não. Tem um mundo de gente nesse corre corre diário. E você aí pensando que minha vida é fácil. Que eu passo o dia todo sentada em frente ao computador digitando textos com uma linda xícara de café ao lado... Nananinanão! 

Interessante observar o que acontece ao redor e ver o lado difícil da vida de cada um. Mães com crianças no colo levando pra creche para depois ir trabalhar. Pessoas de idade, naquela hora da manhã já caminhando na rua sabe-se lá pra onde. Um pai andando rápido na rua com uma criança no colo do jeito que saiu da cama! E estava frio. É culpa desse Tic Tac que nos controla o tempo todo, que nos manda correr mais que as pernas e que nos sufoca com pensamentos de: Não vai dar tempo! Estou atrasada! Putz! Perdi a condução! 

Às vezes, eu fico rindo sozinha com meus delírios. Às vezes, eu fico triste porque nos perdemos um pouco por querer as coisas muito certinhas. Outro dia estava fazendo uma pesquisa na internet e tentando digitar um texto. Minha netinha queria falar comigo e eu dizia: Isso é importante Sarah. Deixa eu terminar. Foi então que ela ficou chateada e retrucou: Isso nem é importante! Eu disse é sim. Ela reclamou de novo. Eu perguntei por que ela achava que o que eu estava fazendo não era importante? Ela respondeu: Porque está tirando o tempo do amor...

Essa é a maior verdade. Nos ocupamos diariamente com tarefas rotineiras sem nos dar conta do que estamos perdendo: Minutos preciosos de conversa, para prestar atenção nos detalhes, no sorriso de uma criança, no faz de conta. Me deu vontade de quebrar todos os relógios do mundo.

Marion Vaz


quinta-feira, 5 de março de 2020

Por que a grama do vizinho é mais verdinha?

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Eu sei que este assunto já foi muito explorado através de artigos em blog ou palestras de motivação pessoal. Mas a verdade é que essa sensação de insatisfação vem se tornando algo normal para muitas pessoas. Elas já acordam de manhã com aquele peso nas costas. E os dias são como um martírio porque não há expectativa de que alguma coisa boa possa acontecer. Você passa por elas na rua e tem a nítida impressão que caminham arrastando os pés. Elas gemem o tempo todo, murmuram, desafiam a paciência de Deus com suas lamúrias de que nada está bom ou nada presta.

E, com certeza, muitos de nós já passamos por isso em algum momento da vida. Você olha para o que tem mas não consegue ficar feliz. A grama do vizinho parece sempre mais verdinha que a nossa. O sol nasce todas as manhãs, a brisa da tarde nos refresca e a noite cai lentamente trazendo a luz das estrelas. E isso tudo pode ser visto por qualquer um. Mas parece que não é o bastante. Até a gente perceber que é pura ingratidão da nossa parte ou porque não estamos nos esforçando o bastante para conquistar algo. Por isso optei por incorporar ao meu dia a dia a oração da gratidão. E não importa o quão pequena seja a minha conquista, eu tiro um minuto para agradecer a Deus pelo que adquiri.

Mas independente da forma de ver as coisas, sempre vai haver pessoas inconsistentes nos seus sentimentos ou querendo mais do que já tem. E parecem que estão sofrendo mais do que os outros e as reclamações não dão pausa. E com certeza você já viu gente assim. E o pior de tudo é que se você não se der conta, toda essa agonia e insatisfação te contamina também porque são como respingos de lama em roupa limpa. 

Sem menosprezar a aflição alheia, porque eu sei que existem pessoas sofrendo de verdade e até mais do que outras por causa de amargura, perda, tristezas. pessoas enfermas, com crise de ansiedade e que precisam de acompanhamento clínico para superar o que estão sentindo, a gente não pode determinar que este tipo de sentimento nos controle o tempo todo como se não houvesse um escape, um retorno, um agir sobrenatural que possa nos ajudar.

É provável que o "verde" da grama do vizinho seja diferente mesmo. Mas você entende que é porque ele se dedica mais? E que essa coisa contínua de "coitadinho de mim" é um rótulo? Ou talvez puro melodrama? Uma forma de chamar atenção ou de manter parentes e amigos presos ao nosso sistema. Pode ser que a grama do vizinho seja grama artificial, sabia? Pois é.

Estamos sempre esperando o agir de Deus, mas controlando cada dor de cabeça que aparece (ou que fantasiamos) para justificar a nossa inércia. Algumas pessoas muito idosas acabam se tornando pessimistas demais e limitando as mais jovens em função de suas "dores". Já percebi isso na família. Elas querem toda a atenção, todo o seu tempo e controlam até a sua respiração. E tem pessoas jovens optando por esse tipo de vida também.

Por isso decidi escrever o artigo. Somos capazes de superar os obstáculos que vem e se vão. Não existe razão para se sentir um perdedor, um nada. Cada pessoa tem uma força motora dentro de si que a capacita a vencer as dificuldades. Somos diferentes e ao mesmo tempo únicos. E que determina como será cada dia é a forma como o enxergamos a cada manhã. Seja proativo. Identifique os problemas e os resolva. Não fique parado no tempo.


Marion Vaz

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Mazal Tov pra mim

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Então, a vida pode ser uma caixinha de surpresa que se anseia por abrir. O tempo passa tão rápido que as vezes a gente nem sente. E lá se vai cinquenta e tantos anos que estou neste mundo de meu Deus. E confesso que ainda "não sei o que vou ser quando crescer". Minha adolescência e juventude não foram tão boas assim, muita angústia, coração partido e desilusões sem conta. Então  conheci aquele que eu achei que era o meu "príncipe encantado". A correria do casamento me deixou cega e alguns anos depois... Divórcio. 

Nesse ínterim tive três filhas as quais se tornaram minha razão de viver e o motivo para "batalhar" o pão de cada dia. Muitas dificuldades! Meu Deus não sei como sobrevivi. Elas cresceram e cada uma a seu tempo se formou na faculdade! Esse era o objetivo principal: Ter uma formação. E olha que eu perturbei as meninas para alcançarem tal propósito. Todas tem emprego e sonhos que a gente não abre mão. Mas não mesmo! E não posso deixar de mencionar minha linda netinha que este ano fará seis anos e é, sem dúvida, o meu orgulho maior.

Cada dia é sempre uma batalha para eu me tornar uma pessoa melhor. As vezes, me decepciono comigo mesmo. Quem não? O texto de hoje não é lá essas coisas, mas fala um pouco dessa escritora que acha que postar algo na internet pode mudar a vida de alguém. Além dos textos aqui no blog escrevi alguns livros e publiquei de forma independente. Se eu ganho dinheiro com isso? Claro que não! Mas estou bolando algumas estratégias pra este ano. E nisso a vida segue seu curso. 

Se eu me casei de novo? Não! Com certeza surgiram candidatos, mas alguns não queriam compromisso sério. Porque relacionamento é mais do que dividir um lado da cama ou aturar o mal humor do outro logo de manhã. Relacionamento deveria ser um complemento e não uma cruz. Se eu amo alguém em silêncio? Ops! Já falamos sobre isso!  Procura no blog.

Quais as dicas da hora para nós as cinquentonas mais queridas do mundo? Chorar faz parte da vida, mas não é recomendado. Pare de ficar esticando a pele no espelho. Pare de reclamar o tempo todo - o mundo não é perfeito - Adapte-se! Programe seu intelecto para aproveitar os bons momentos. Faça caminhadas regularmente. Planeje viajar e conhecer lugares que só vê por foto ou vídeo filmados por drones. Tenha amigos seletos que possam te acompanhar num passeio, num cinema ou festinhas. Solidão é uma droga! Mantenha-se longe de pessoas ruins e sem motivação. Querida, confia em mim, você não precisa de gente rancorosa ao teu lado.

No mais, tenha sempre um sorriso no rosto e um bom dia para quem atravessar o caminho. Quando sair de casa não esqueça os documentos, batom e escova de cabelo e aquele remedinho pra dor. Nunca se sabe, vai que... Mas nunca, nunca mesmo, se deixe vencer pela tristeza ou por qualquer outro sentimento ruim. E lembre-se que a continuidade das nossas vidas vai ser do jeitinho que a gente escolher! Bjs.


Marion Vaz

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

O que ofusca a nossa visão?

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Nada mais irritante do que tentar ver alguma coisa e ficar forçando a vista. Por isso muita gente usa óculos. Por não ter mais aquela habilidade de enxergar o que está próximo ou distante, vista cansada ou qualquer outro motivo que o nosso oculista encontra. Então usar óculos passou a fazer parte da minha rotina diária também.

Mas no campo espiritual também existe aquela dificuldade de manter contato visual nas promessas, nas bênçãos e na direção de Deus.  Com tantas atividades no dia a dia, problemas que nos atinge de todos os lados, trabalho, trânsito, cansaço mental e físico e por aí vai uma longa lista de desculpas para o nosso distanciamento da comunhão com Deus.

E  tudo isso acontece mesmo. Estamos cada vez mais propensos ao já, ao agora, pra hoje! E o que não acontece dentro do prazo que determinamos fica fora de foco, embaçado, embaralhado. A nossa visão fica turva para aquela benção prometida a longo prazo. Eu sei que muita gente não desanima assim tão fácil, que busca a Deus constantemente e que persevera até o fim. Eu sei. Isso é bom.

Mas o que pode ofuscar a nossa visão das bençãos de Deus? Às vezes, a benção está em andamento, quase chegando. Às vezes, você está em plena alegria porque conquistou o que queria e de repente... Puf. Algo te entristece. Do nada, alguém te para no caminho e tenta transformar tua vitória em fracasso. Aconteceu comigo.

E naquele momento eu fiquei transtornada. Confesso. Eu conquistei algo com muito esforço e alguém me acusou sem eu ter culpa alguma. E por algumas horas toda aquela vitória se transformou em frustração. Então eu fui orar e literalmente expulsei aquela seta maligna da minha casa, da minha vida e da vida das minhas filhas. E Deus nos dá autoridade pra isso! Pra expulsar as coisas ruins da nossa vida e declarar bênçãos sobre aqueles que amamos.

Então eu entendi que toda aquela artimanha foi feita na intensão de ofuscar a minha visão e resolvi escrever sobre o assunto. Para que você não se deixe contaminar pelo mal humor de alguém, pela ausência de fé, por um sentimento ruim, desarmonia ou pelo desprezo. Você é melhor do que isso tudo! 

E na boa, o que mais tem no mundo é gente invejosa, desprezível e louca pra te derrubar. E isso acontece tantas e tantas vezes na vida das pessoas que muitos se deixam levar pela angústia, pela depressão, pelo desespero, porque tem coisas que magoam profundamente. Mas não hoje! 

Hoje eu me levanto e glorifico ao meu Deus por todas as vitórias e por todo o bem que Ele me tem feito!


Marion Vaz




sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

O bem que eu quero eu não faço mesmo!

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Na maioria das vezes tentamos fazer o bem e até lutamos com o nosso eu interior para não nos decepcionarmos. Porque todo mundo quer ser visto como uma pessoa boa, legal, altruísta e que ama o seu semelhante. Ninguém quer ser o vilão da história. E muitas das vezes, como eu já disse em outros artigos aqui no blog, temos que contar até 10 para suportar uma situação e não sair por aí "chutando o balde". 

Só que na verdade, nem sempre é fácil mudar. O ideal é esconder algo dentro de nós para nos ajustar ao ambiente, grupos religiosos ou de amizade, família e até mesma em Sociedade. Muita gente esconde sua verdadeira natureza para não ser excluído. E percebi isso numa conversa entre amigos outro dia. A pessoa insistia em dizer: "Tenta mudar" - Então pensei que às vezes é nítida a impressão de que alguém está vivenciando um problema do qual não tem esperança ou força suficiente para superar, só pelo tom da voz.

E nem podemos condenar ninguém por essa falta de expectativa porque todos nós já passamos por uma situação semelhante em algum momento da vida. Somos pegos de surpresa por algo que não desejamos e logo aquilo se torna uma "bola de neve" atropelando nossos sentimentos e nossa vida diária. Muita gente passa anos lutando sem sequer sair do lugar. Fato.

No texto da Bíblia Sagrada, Paulo afirma: "O bem que eu quero fazer não faço, mas o mal que não quero, esse eu faço" Romanos 7.19. Nos versículos seguintes ele insiste em dizer que tal problema está diretamente ligado a nossa natureza humana e ao pecado que habita em nós. Daí a necessidade de se buscar mais a Deus e obter o perdão dos pecados e que mudanças espirituais terão influências na natureza humana. Com certeza é algo que devemos refletir.

Mas algumas mudanças de atitudes nem sempre dependem de uma intervenção divina. O ser humano foi dotado de livre arbítrio e pode tomar suas próprias decisões.. Somos livres para pensar, agir, amar e com certeza mudar algumas das nossas tantas atitudes no dia a dia. Muita coisa depende só de nós. Basta saber se estamos dispostos a pagar o preço e se queremos mesmo tais mudanças. Mas a frase da moça continuava me incomodando: "Tenta mudar!" Porque mesmo que as demais pessoas afirmassem que existia uma solução e que qualquer pessoa pode alterar o seu destino se tiver força de vontade e tentar de verdade, ela continuava pondo em dúvida tal realidade.

E na verdade, existem circunstâncias que dificultam mesmo as mudanças de atitudes. A primeira diz respeito a própria pessoa que acaba se adaptando a situação, seja por causa de decepções ou não ter mais forças para lutar. O ser humano tem essa capacidade de adaptar ao ambiente. 

A segunda causa que impede alguém de mudar é exatamente o ambiente em que vive, seja no trabalho, familiar, social ou religioso. Então mesmo que a pessoa tome uma decisão, ela tem que encarar outras circunstâncias negativas que vão alterar o seu humor, a vida, as atitudes. O ambiente familiar conta muito, porque você pode passar o dia todo com pensamentos positivos, terapias e psicólogos e quando voltar para casa encontrar alguém pessimista, derrotista ou com síndrome de doença ou medos mil, que vai tudo "pro espaço". Então entendi a frase" "Tenta mudar" ao estilo de: Tenta mudar que eu quero ver.

E essa é a realidade de muita gente em que o ambiente dita as regras e o "bem que eu quero" fica cada vez mais distante e inacessível. Por isso expliquei que existem pessoas que acham mais fácil se adaptar ao espaço onde vivem do que lutar por algo. É quando o problema passa a ser a sua zona de conforto. E isso é muito ruim. São pessoas com muito potencial sendo soterradas, prisioneiras de sua própria dor. Cadeias sem grades. Corações em pedaços. Não é que elas não queiram mudar, é que não deixam. 

Observei que uma senhora que cuidava da mãe enferma que tinha tremores no corpo, passou a mostrar tais sinais também e ela não estava doente. Outro exemplo em minha família em que um rapaz foi morar com a mãe e passou a ouvir todo tipo de palavras negativas como incompetente, doente, maluco, burro, desempregado, problemático e coisas do gênero. Todo dia era um festival de ofensas e as vezes sem qualquer necessidade. Três meses depois ele estava doente e mal conseguia levantar da cama. Parece mentira, mas é a pura verdade. Agora ele está sendo medicado e com dificuldade ele tenta reagir. Mas a pobre senhora idosa continua com o mesmo  negativismo e até em relação a si mesma.

Para vencer uma situação ou alterar o próprio futuro é preciso reagir, controlar as emoções e muitas das vezes mudar de ambiente sim. Mesmo que isso signifique ter custos financeiros altos como alugar um imóvel, viajar ou mudar de país. Deve ter sido o mesmo pensamento do Eterno quando viu potencial em Abraão. (Leia mais sobre isso aqui) Para ser uma benção e uma grande nação, Abraão teve que sair do seu ambiente familiar. Deus exigiu: Sai da tua terra, do meio da tua parentela e dessa cidade. Foi um investimento no escuro. Concordo. Abraão enfrentou uma série de problemas? Enfrentou. Mas teve amadurecimento espiritual e retorno financeiro e material.

Não estou querendo induzir você a deixar de falar com amigos e familiares ou abandonar uma mãe enferma. Mas que seja realista. Que identifique os pontos negativos que te impedem de seguir em frente e encare uma mudança. 


Marion Vaz