A quarentena no Brasil segue adiante e aqui ou ali com maior ou menor número de adeptos. Segundo as estatísticas do governo mais de 160 mil pessoas estão com Covid-19 e mais de 11 mil óbitos já foram registrados .
No geral a população já entendeu que o vírus é agressivo e que o isolamento social nos protege de certa forma. Mas como sempre tem aquela "ovelha negra", alguns ainda relutam em admitir o óbvio e teimam em sair as ruas. Uma pessoa idosa foi caminhar no calçadão da praia sem máscara e postou isso afirmando que era "bolsonarista" e que não tinha medo de ficar doente. E ainda fez piadinha de que os demais podiam apodrecer em suas casas. Sem comentários!
Infelizmente, esta premissa teve origem no padrão comportamental do presidente eleito. Alguns pastores e ministros do Evangelho de Jesus que seguem o mesmo pensamento dele insistem que a "obra" não pode parar. Igrejas com portas abertas em muitos locais e cultos dominicais continuam acontecendo.
Chato mesmo são as postagens agressivas que por hora vem sendo a marca de muitos outros que se dizem "ungidos" do Eterno. Eu tive que deletar muita gente das redes sociais porque não consigo compactuar com tal postura. São muito agressivos na maneira de falar com o povo ou reportar um assunto. Um determinado pastor só sabe criticar as medidas de segurança e o faz de forma grosseira e sem qualquer respeito pelos internautas. Um jovem desta mesma igreja (acredito que de conformidade com a liderança) afirmou que "esse povo merece ser escravo" referindo-se as pessoas que permanecem em distanciamento social.
Por outro lado, há líderes religiosos que compreendem as dificuldades que o momento presente representa e são verdadeiros servos de Deus. Estão usando o tempo online para abençoar e ministrar com amor e temperança a Palavra de Deus. Muitos estão ajudando com cestas básicas e alimentos as pessoas carentes. Acredito que a quarentena foi um divisor de águas entre os verdadeiros adoradores e o fanatismo religioso.
Porque esse pseudo mandamento de que só estando na igreja é que o povo vai ser abençoado caiu por terra nesta quarentena. É possível perceber que aqueles que defendiam a tese estão completamente sem rumo. O descontentamento é nítido no semblante deles quando se pronunciam contra ao distanciamento e afirmam o quanto se sentem "prejudicados".
O problema desse tipo de comportamento é que quando a quarentena terminar e a pandemia for coisa do passado, tais pessoas vão esquecer todo o mal que fizeram e subir nos púlpito para pregar o amor ao próximo e coisas do gênero. E vão fazer isto sem qualquer constrangimento no estilo: segue o baile... Hipócritas!
Não sei você, mas eu imagino Jesus olhando lá de cima com a mão na cabeça e pensando: Não foi pra isso que eu me sacrifiquei..."
Não sei você, mas eu imagino Jesus olhando lá de cima com a mão na cabeça e pensando: Não foi pra isso que eu me sacrifiquei..."
Marion Vaz
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