É no Evangelho de João que encontramos material de excelência a respeito da deidade de Jesus. Atento a cada declaração João escreveu os discursos do Mestre sobre si mesmo e como poderíamos identificá-Lo. As Afirmações “Eu Sou” e alguns discursos são exclusivos dos escritos de João.
Então, como percebemos Jesus não podia ser simplesmente o “Nazareno”, o “Homem da Galileia”. O “Profeta”, o “Mestre” como se referiu Nicodemos. Alguns podiam vê-lo como um judeu – morador da Judeia – termo usado pela mulher samaritana observando sua maneira de falar e vestir (Jo 4.9).
Interessante notar que a indagação de Jesus aos seus discípulos sobre o que o povo falava sobre ele, vem de encontro aquilo que os próprios seguidores do Mestre podiam estar pensando. Então Jesus foi mais específico: O povo pode estar com esses pensamentos, mas “E vós? Que dizeis quem sou eu?” E hoje não é muito diferente.
Martyn Jones inquiriu o leitor ao declarar: “O que vocês creem sobre Ele?” Tal questionamento refere-se ao fato do autor estar pensando em até que ponto se crer ou qual o significado da morte de Cristo para nós. Na percepção do autor não se precisa de conversação sobre o assunto, mas de intensidade e veracidade sobre essa crença que queremos propagar aos outros.
Percebemos no decorrer dos anos que em muitos casos, o Jesus Cristo Deus passou a ser apenas um personagem figurativo pelo qual se atrai as multidões para um templo. Em outros casos Jesus é apenas um amuleto para aqueles que se sentem constantemente ameaçados. O sangue de Jesus “viralizou”, como se diz na internet, como uma frase banal e repetitiva. E outras expressões usadas de forma viciante que denunciam a falta de temor, a ignorância, o descuido com o nome de Deus. Diariamente ouvimos: “meu Deus”, santo Deus, misericórdia, só o sangue e outras do gênero, são expressões usadas como complemento do assunto discutido.
Com a comemoração da Páscoa ficamos indecisos sobre o verdadeiro significado desta festividade. Observamos que pessoas que passaram parte do ano sem qualquer demonstração de religiosidade, lotaram os mercados para comprar alimentos, peixes e os tão famosos chocolates. Eu me pergunto: Qual a razão disso tudo? O final de semana passou tão rápido! Não é mesmo? Mas o corpo pálido de Jesus é retirado da cruz. A vida se foi. Os discípulos se escondem, a mãe chora a morte do filho. Um sepulcro novo escavado num monte é preparado. A pedra se fecha. A esperança se perde...
Mas, no primeiro dia da semana, antes de amanhecer na cidade de Jerusalém, Maria correu ao sepulcro e se deu conta que não há corpo. Ela chora, se entristece porque não consegue entender onde foi que colocaram o corpo do Mestre. Alguém se aproxima dela e se comove. A mulher devia estar ajoelhada no chão, de cabeça baixa, completamente só. O homem a chama pelo nome. Maria ouve aquela voz e reconhece.
- Rabi?! Pergunta com o coração acelerado. Ela levanta os olhos e vê Jesus! Ele ressuscitou!
Talvez agora você entenda o significado desses dois acontecimentos distintos. Agora há um motivo para se comemorar. Feliz Páscoa.
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