quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Descaracterização da Família

A discussão sobre um projeto de lei está acirrada. A nova lei vai retirar os  termos mãe e pai de documentos oficiais, festividades escolares, calendários e qualquer outra questão em que as recém formadas famílias homo afetivas estejam inclusas, a fim de evitar o constrangimentos entre os filhos destes e de famílias tradicionais.


Interessante notar esse compromisso firmado com os "novos pais" em virtude do detrimento de outros. Se eles tem diretos, nós, os tradicionais, também temos. Eu quero um dia no ano onde de possa comemorar o Dia das Mães. Essas mudanças sociais não podem excluir o que já está estabelecido. A sociedade deve respeitar os diretos de todos, seja em questões de religião, cultura, sexo e ascendência. Mas não podemos admitir que um projeto de lei venha infligir os nosso diretos.


Um dos absurdos consiste na mudança de sexo aos 14 anos. Um pré-adolescente que nem sabe ao certo o que vai estudar na Faculdade, não pode decidir por uma mudança tão radical. Estão tão preocupados com os "diretos" que esquecem dos "deveres". Por que não estão implantando leis que deem aos nossos jovens o direito a estudar numa Faculdade Estadual? Por que eles tem que enfrentar os constrangimentos das provas do Enem, as tabelas do Sisu, do Pro uni?


Deveriam sair dos Cursos Técnicos e do Ensino Médio com vaga disponível na Faculdade! Isso sim, nos daria um retorno do voto nas urnas eletrônicas. Não! Estão preocupados em descaracterizar a família, transformando nossos adolescentes em adultos alterados sexualmente. E não me venham dizer que alguns (ou muitos) destes não vão ter nenhum tipo de problema psicológico! Daqui há alguns anos, o que vai ser da nossa sociedade?


Outra questão social diz respeito as mudanças de sexo custeadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), quando a população sofre em filas quilométricas nos postos de saúde, falta de medicamento e leitos em hospitais. Isso sim é um problema.


Em questões religiosas, muitos fieis estão transtornados com tal lei. Criamos nossos filhos sob um padrão bíblico, que nos remete a vontade divina. Ninguém tem o direito de "entrar" na nossa casa e nos constranger a aceitar um projeto de lei que nos ausenta da vida de nossos próprios filhos.






Marion Vaz








domingo, 16 de fevereiro de 2014

Empreendedorismo no Rio de Janeiro




                                                  Sr. Nelsinho criou o Disk Pipoka

Andando pelas ruas no centro da cidade do Rio de Janeiro há algum tempo atrás, fiquei surpresa com o número de camelôs em cada calçada, cada esquina. Virou uma “febre”. Vende-se de tudo, embora que na loja em frente tenha o mesmo produto.
Esquivando-se do fato de que as lojas e magazines tenham que pagar imposto sobre mercadoria, fiquei atordoada com a quantidade de objetos, bijuterias, roupas, calçados, livros e tantos outros artigos lotando as barracas. Lado a lado faziam um verdadeiro paredão em determinadas ruas do centro. Sem falar nos vendedores ambulantes com seus cachorros quentes, hambúrgueres, água e doces. Na Avenida Rio Branco pude sentir um cheiro de fritura que parecia me acompanhar.
As pessoas transitavam confortavelmente no meio daquele alvoroço, como que acostumadas a tudo no seu dia a dia. Lanchonetes e lojas de refeição também mostravam o entra e sai de clientes. Por toda parte um bom número de pessoas que naquele vai e vem, conversavam  alegremente com os amigos ou falavam ao telefone, atravessavam as ruas completamente alheias ao meu assombramento.
Então, vários camelôs foram redirecionados ao Mercadão, próximo ao metrô da Uruguaiana. Ali, centenas de pequenas lojas passaram a funcionar e empreendedores de mercadorias diversas fixaram ponto. Ontem, no entanto, percebi esse afrouxamento da fiscalização dando margens ao crescimento dessa nova classe de “serviço” que oferece produtos de todos os tipos, a preços acessíveis influenciando a população na aquisição de suas  mercadorias.
O calor encorpado no Rio também trouxe benefícios aos vendedores de água, sucos e refrigerantes que não se incomodam de entrar nos transportes oferecendo a todos e em pleno sol de 40°  vi muitos deles se arriscando nas pistas da Avenida Brasil.
Esse tipo de empreendedorismo nos apresenta dois fatores. O primeiro, que o índice de desemprego afeta a população. Muita gente precisa trabalhar de ambulante para alimentar a família. Segundo, criou-se um tipo de serviço terceirizado para a classe trabalhista, diferente daquele que estávamos acostumados a lidar. Onde houver um espaço aberto, ali vai nascer um camelô. De sol a sol eles estão marcando presença no Rio e Grande Rio, nas ruas da cidade, nos bairros, nas estradas. E vendem de tudo, sem constrangimento. E não podemos negar a sua utilidade.
Outro fator importante diz respeito à empregabilidade, ou seja, tornar-se empregável. O que não é muito fácil hoje em dia para todas as pessoas. Muita gente é descartada das vagas de emprego por causa da idade, escolaridade e outras informalidades na hora das entrevistas. É notório que algumas mudanças profissionais aconteceram por conta do indivíduo. Mas no geral, trabalhar como autônomo tornou-se uma opção viável.

Conheça no link abaixo:

 Os ambulantes do Guia Carioca de Gastronomia de rua do RJ


Marion Vaz

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Folhas Secas


 




O título parece bem apropriado para o nosso artigo de hoje. Ao fazer minha caminhada esta manhã notei que as ruas estavam repletas de folhas de árvores. As folhas secam e se desprendem dos galhos e vão caindo aonde o vento da tarde, ou a brisa da manhã as levam. Interessante notar esta renovação praticamente com data marcada no nosso calendário.

Mudanças são comuns em todas as áreas da vida do ser humano. Crianças tornam-se adolescentes, que se tornam jovens e adultos em idosos. Em cada fase desse crescimento intelectual e corporal há uma renovação de pensamento. Como diz um texto sagrado: “As coisas velhas (antigas) já passaram e tudo se fez novo”. No texto em questão, o apóstolo se refere às mudanças espirituais.

Aqui, faço referência ao nosso dia a dia. Não que necessariamente, as coisas “velhas” sejam inúteis, descartáveis, sem valor.  Pois cada acontecimento tem a sua importância. Mas, concordo que em cada etapa do nosso amadurecimento deixamos para trás alguns hábitos, sentimentos, atividades e também algumas queixas. São as nossas folhas secas dando espaço para as folhas verdes da estação. Ao crescermos, assumimos uma nova mentalidade, uma nova direção, agregamos amigos e alguns hábitos perdem sua funcionalidade para outros.

Nada disso é novidade diante do progresso, dos avanços tecnológicos, das estatísticas, das mudanças socioeconômicas e da constante busca pelo bem estar. Parece uma Guerra que não tem fim. Uma batalha interna, pessoal, desumana e desenfreada por algo melhor e mais agradável aos olhos.  

As folhas secas, vão se amontoando nas calçadas, nas ruas, dentro dos quintais, atolam bueiros e redes fluviais subterrâneas. Mas o homem não está preocupado. Ele precisa dessa renovação, dessa autoafirmação, precisa alimentar sua autoestima. Que se danem as folhas secas! As verdinhas é que são lindas, que dão aquela aparência de belo, glorioso!

Quando as mudanças ocorrem tão bruscamente, perdem-se valores. Somos tão egoístas que não nos damos ao prazer de sentir o vento no rosto, o passar do tempo, as simplicidades, a beleza das cores, a singeleza da flor. Arrancamos com violência a infância de nossos filhos, porque não queremos perder tempo em vê-los crescer. Enchemos nossos adolescentes de tecnologia para que eles percam os cinco sentidos da vida. Os jovens ficam alucinados em obter uma bolsa na faculdade para poderem se formar. Não porque precisam de instrução, mas por que há um mercado de trabalho muito exigente. Moças tornam-se mães sem tempo para dar aos filhos. Crianças que mal sentem o toque das mãos em seus cabelos, em seus rostos. Adultos que jogam sobre os filhos toda a sua frustração. Este é o mundo em que vivemos hoje, concorrido, evoluído e cheio de folhas secando ao chão.


Marion Vaz