O tema em si já é bem
complexo devido às mudanças que tal ressurreição implica na vida daquele que
tem a Cristo como seu Salvador pessoal. Ao receber a salvação em Jesus o “velho
homem” deixa de existir para dar lugar à “nova criatura”.
Isso requer abnegação e
paciência, força de vontade e espiritualidade, conversão genuína e amor pela
Palavra de Deus. São mudanças complexas na vida que muitas vezes se estendem a
família, a empresa, aos parentes e amigos.
Mas a Morte e
Ressurreição de Jesus já são comemoradas no ato da celebração da Santa Ceia nas
Igrejas cristãs. Igrejas Católicas também fazem referência a história que se
tornou o pilar da cristandade.
Num mundo considerado
cristão, frase que não tem muita lógica se confrontada teologicamente, Jesus
passou a ser o personagem central na vida, nos negócios, na mídia, na fé e na
religiosidade das gentes. Ou seja, Jesus se tornou tão popular que temo que ele
tenha deixado de ser especial.
E nessa época do ano
então, cujo feriado de Páscoa relembra o ato de entrega total de Jesus para
salvação da humanidade, o Cristo que deveria ocupar o coração, a mente e vida
das pessoas, perdeu lugar nas “prateleiras”.
Pois o que se viu foi
uma eufórica corrida em busca, não de salvação, de comunhão, de remissão de
pecados, mas uma corrida por chocolate e ovos de Páscoa e outras guloseimas do
gênero.
Veja que o termo “ovos
de Páscoa” já soa como algo predominante dessa época do ano. E é claro admitindo
as belas exceções feitas por aqueles que cristãos devotos, a maioria das
pessoas esqueceu-se do verdadeiro significado pascoal para os cristãos: Morte e
Ressurreição de Jesus.
Enquanto isso, em
algumas cidades e em outras partes do mundo, a data foi comemorada como de
costumes: Cristãos devotos assistiram missas, fizeram suas orações, outros
assistiram peças teatrais que abordaram o tema, pagaram promessas, fizeram
jejuns, almoços com a família e coisas do gênero que marcam a tradição.
Mas assistindo ao culto
religioso de ontem, deparei com um contratempo em que ninguém fez referência a
essa festa. Não que não tenham falado em Jesus, ofertas, etc., mas o
significado do domingo de páscoa não foi sequer mencionado. O que aconteceu
também no Dia da Bíblia.
Talvez a culpa deva
cair sobre os diversos cultos temáticos que agora fazem parte da liturgia cristã, em que o domingo sujeito
e elaborado de acordo com tal programação exclui tais datas. Talvez encontro
agora uma razão para ter deixado do ambiente da mesma forma como entrei...
Talvez...
Contudo o fato ocorrido
reflete em descaracterização da religião e suas tradições. Imagino que daqui a
alguns anos teremos dificuldade até mesmo de lembrar ou confirmar certos fatos
bíblicos.
Mas também quero
parabenizar as Igrejas que fizeram do feriado de Páscoa uma verdadeira festa
religiosa. Lembrando também que tal data tem o seu propósito judaico de
comemorar a saída do povo de Israel do Egito e sua sobrevivência para herdar a
Terra prometida.
Faço votos que tal
texto sirva para despertar a nossa consciência e a nossa espiritualidade.
Marion Vaz
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