O Brasil foi invadido por uma “febre” de
manifestações que começou nas principais capitais e se alastrou pelo resto do
país. O povo saiu às ruas para protestar contra o aumento das passagens de
ônibus, uso indevido do dinheiro público e outras reivindicações.
O certo é que milhares de pessoas se concentraram em
lugares específicos nas ruas das grandes cidades brasileiras e fizeram uma
passeata. À medida que as horas avançavam essa multidão aumentava. Na maior
parte do tempo do protesto foram feitas manifestações pacíficas, com cartazes,
hino nacional e palavras de ordem que exigiam do Governo, uma atitude mais
humana para com a população.
As exigências são necessárias e urgentes, de modo
que o povo nas ruas mostrou que não tem mais a intensão de ficar calado e
inerte aos desmandos do Governo, da corrupção e do descaso.
No entanto, percebe-se que no meio de um povo
pacífico existe um grupo, que vem sendo chamado de “manifestantes radicais” que
está usando métodos de destruição em patrimônio público, saqueando lojas e
depredando agências bancárias. Além de usar a força bruta para entrar em órgãos
públicos.
No Rio de Janeiro, eles quebraram até um semáforo, arrancaram
pedras da calçada, atearam fogo em carros, saquearam lojas, destruíram
orelhões, quebraram vidros de ônibus com passageiros e agências bancárias,
atearam fogo em diversos locais e numa cabine policial além de tentar invadir o
prédio da Prefeitura.
Foram colocados tapumes na frente de lojas, bancos e
prédios públicos como medida de proteção. Mas isso não intimidou os radicais
que arrancaram tudo e usaram como escudo, bem como arrastaram banheiros públicos
para usar no confronto com policiais e até um poste de semáforo para usar em
depredação.
No Distrito Federal houve confronto com policiais, os
manifestantes atearam fogo no Palácio do Itamaraty e usaram bombas. Em outras cidades houve
atitudes parecidas fornecendo um padrão comportamental.
A medida cautelar de policiais se limita na proteção
desses prédios e do pessoal que possa estar ali e dar assistência na proteção
dos manifestantes. Atitudes mais agressivas feitas no início das manifestações
foram duramente condenadas pela população e por partidos políticos. Sendo necessária
uma limitação em concordância com os manifestantes de só usar balas de borracha
e spray ou bombas de efeito moral em casos estremos.
Mas o que me parece, ao ver as imagens transmitidas
pelas Redes de TV e Internet que esse grupo radical foi previamente organizado
e estabelecido, pois a maneira como agem e a forma como se apresentam, para a
desordem e a destruição em nada se parecem com os demais manifestantes. Parecem
sim infiltrados e desordeiros, criminosos, contratados para tais distúrbios.
É provável que no meio deles, alguns se atrevam em
atitudes mais condenáveis apenas pela adrenalina, pelo ardor do momento, pois
aparecem nas imagens de “cara limpa” sem medo de serem identificados. Os demais,
no entanto, estão com o rosto coberto, chegaram aos lugares com instrumento de
pichação e tem um padrão de atitudes inerentes a bandidagem. Parecendo mesmo um
crime organizado.
Fico triste ao ver a depredação, o descaso com o
patrimônio público, o vandalismo, a afronta contra a própria população e
policiais. Não me parecem atitudes de gente que foi oprimida durante tantos anos,
mas sim atitudes criminosas e um vandalismo previamente estudado e organizado.
Digo isto porque o padrão é o mesmo em todas as manifestações feitas nas
principais cidades do país.
Outro absurdo diante de tanta destruição é que o
número de pessoas detidas é ilusório. Num grupo de 300 arruaceiros no Rio de Janeiro,
por exemplo, foi anunciado que apenas 11 pessoas foram presas. Acredito que
essa medida é vem de certa forma, incentivando ainda a mais o vandalismo.
Estudando o padrão comportamental e a violência
desses grupos radicais em meio uma manifestação popular, percebemos a
agressividade, os métodos de destruição, os ataques e a dispersão, concluímos
que eles foram instruídos e, porque não dizer, "escolhidos a dedo" para
tal confronto. Esse é o outro lado da moeda.
Quem são os mandantes? É um caso para ser apurado e
investigado pelas autoridades. Se é que isso importa.
Deixo aqui as minhas observações para protestar
contra “alguns” que acham que nós, brasileiros, não sabemos observar e pensar,
analisar fatos e chegar à verdade.
21/06/2013