domingo, 26 de junho de 2016

Consciência Judaica




Existe um sentido para a crença, independentemente se o indivíduo é religioso, simpatizante ou até mesmo laico. O mundo judaico não absorve a cultura, a fé ou as tradições de outro povo é isso é notório. Claro que existem as exceções, pessoas que resolvem não assumir sua religiosidade e passam a pensar e agir de acordo com aquilo que acreditam ser uma sociedade à parte da religião. E isso acontece em qualquer país que se permita o livre arbítrio.

Mas em relação ao povo judaico, a cultura pode marcar seu território e não é incomum detectar isso. Aconteceu num programa de televisão denominado Casamento à primeira vista, onde duas pessoas passam por várias entrevistas a fim de encontrar o seu par ideal. Um grupo de sociólogos resolve unir aqueles que acham que são compatíveis e que poderão se casar. Nenhum dos pretendentes se conhece, não trocam e-mail, não veem a foto do outro. Somente na hora do casamento é que podem estar frente a frente.

No episódio em questão, após o casamento, vão para a “lua de mel” a fim de conheceram mais um ao outro. Vários casais estão passando pelo mesmo processo. Só que um rapaz era judeu. Como a mulher com que ele se casou era cristã católica, e a festividade natalina estava próxima, ele resolveu comemorar o evento com a sua esposa. Bem... O rapaz comprou uma árvore de natal e os enfeites e fez uma surpresa para ela.

A moça ficou feliz e falava sem parar: “Nós temos uma árvore de natal” – ele contestava: “Você tem uma árvore” – Ela não parecia ouvir e repetiu: “Nós temos enfeites...” Ele afirmou: Você tem enfeites!”.

Isso me pareceu bem lógico! Esta consciência judaica enraizada no coração, os preceitos e tradições que fizeram parte da infância e juventude ainda bem solidificadas na mente e no dia a dia. Com certeza o casal vai enfrentar novos desafios até mesmo sobre outros assuntos visto que desejam viver juntos. Mas o rapaz me pareceu bem determinado quanto a sua crença ao fazer tais declarações.



Marion Vaz.

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