quinta-feira, 22 de abril de 2021

Lives e seus contratempos - proselitismo com judeus? Para com isso!

 


Aline Szewkies - Guia de Turismo em Israel

Admiro esse povo que vive postando vídeos nas redes sociais. Tem muita informação, imagens e uma série de depoimentos que alimentam a alma. Estava aqui, quietinha  no meu quarto para ver a live da querida Aline, uma guia em Israel. Quem me conhece sabe dessa minha admiração pelo povo e cultura judaica. Não tem como comparar esse sentimento com qualquer outro país. Então eu sigo muita gente que posta imagens e vídeos de Israel. Amo de paixão! E em muitos de seus vídeos Aline nos surpreende com assuntos relevantes sobre a Terra Prometida e principalmente sobre Jerusalém, minha cidade do coração. Quem quiser assistir ao canal é só clicar aqui. Os vídeos são bem interessantes e tem milhares de visualizações.

Então, como eu disse, quem faz live sempre vai se deparar com algum tipo de contratempo, principalmente quando a live é sobre perguntas e respostas. E pode acontecer com qualquer um, mas o que me chama atenção, não só em lives como em comentários de blog ou páginas de redes sociais relacionadas a Israel e cultura judaica, são os chamados "crentes" interferindo a cada segundo para propagar a mensagem do Evangelho, falar de Jesus como Messias, afirmações do tipo Jesus vem breve, e uma série de outras expressões que fogem do tema proposto na live ou no grupo. 

Não sou contra a pessoa querer enfatizar seu relacionamento com Deus ou sua crença em Jesus. Não. Cada um com seus problemas! Mas o que me deixou irritada foi a quantidade de vezes que se mencionou o nome de Jesus, a crucificação, o fato dos judeus não acreditarem no messianismo de Jesus e por aí foi. Em minha opinião uma total falta de respeito ao povo, a religião e a página judaica. Aline, por sua vez, uma moça linda, educada, profissional, um amor de pessoa, paciente ao extremo, respondeu a maior parte das perguntas com muita boa vontade. 

Com certeza e ela mesma já mencionou em lives que, para ser um profissional de Turismo em Israel e ser licenciado como guia, a pessoa precisa estudar, uma infinidade de assuntos e as religiões em suas diferentes épocas e contextos sociais, e Cristianismo e  Islamismo fazem parte do currículo. Há vídeos em que ela fala muito sobre Jesus e os lugares em que ele andou. E faz isso sem constrangimento. Por isso que eu fiquei irritada com as perguntas/afirmações agressivas de algumas pessoas cristãs em plena live e sem qualquer estima ou respeito pelo trabalho dela. Pronto. Falei!

Imagino que esta obrigatoriedade de falar do amor e sacrifício de Jesus em qualquer hora, lugar e circunstância tenha seu apoio nos textos bíblicos, como o "Ide e Pregai" (Mc. 16.15).  Mas daí a usar o livre arbítrio, a liberdade de expressão para constranger uma pessoa ou impor a própria religião a outros grupos vai além do meu entendimento. Principalmente quando se trata do povo judeu isso me irrita profundamente. Tem mais sobre o assunto aqui. Se tem coisa que eu não faço é proselitismo com judeus. Nunca! Eu respeito demais o povo e a cultura judaica. Fica aqui registrada a minha indignação e me sinto na obrigação de pedir desculpas pelo mal comportamento de tais pessoas. 

Mas teve muita gente online prestigiando a live com assuntos do momento. Alguém até falou sobre a série da Netflix: Shtisel - Eu amei e vi as 3 temporadas. Fica a dica.



Mas se você é um apaixonado pela Terra Santa e por Jerusalém vai se surpreender com os vídeos de Relaxing WALKER  dos quais eu não perco um. 

Marion Vaz



sábado, 17 de abril de 2021

Tira a Trave do olho gente!

 


Esta crítica descrita no Evangelho de Mateus 7.5 me chamou a atenção: Em um de seus discursos Jesus parece indignado com o fato de alguém está tão incomodado com um simples cisco no olho do seu próximo, mas que não enxergava a trave que estava em seu próprio olho. De início o texto faz reflexão sobre julgar os outros sob o risco de ser julgado também posteriormente.

Interessante essa nossa capacidade de querer resolver os problemas dos outros, não acha? Somos tão hábeis em criar caminhos, solucionar questões referente a qualquer assunto, ditamos regras e damos nossa opinião em tudo, tudo mesmo, mas desde que seja relacionado ao próximo! 

E fazemos justiça a este comportamento exibindo noções de intelectualidade, psicologia e nossa lista de exemplos não tem fim. Somos expert neste ou naquele assunto, resolvemos os dramas familiares num estalar de dedos. Parece até propaganda de TV. Concorda? Claro que não!  Então não seríamos chamados de hipócritas pelo próprio Jesus Cristo! Aí você deve pensar: Ei, eu não sou hipócrita não! Eu só falo daquilo que estou vendo pra ajudar, tem gente que não enxerga o que está acontecendo... Sei!

A realidade é que existe maneiras de se enxergar um problema se estivermos olhando pelo ângulo certo. Uma determinada solução pode não ser coerente num caso familiar, mesmo que tenha dado certo em outro. Uma sugestão pode ser encarada como afronta. Pode-se criar um problema maior a partir de um mau entendido. Existe N soluções mas que não se adaptam na vida de alguém. E o ser humano ali, falando de suas experiências como se pudesse resolver tudo. 

Porque é muito fácil opinar sobre assuntos e acontecimentos dos quais não temos informações concretas. É fácil resolver os problemas dos outros, quando nem sequer passamos por aquilo na vida. Não estou criticando alguém por dar um ou dois conselhos. Mas se alguém não está habilitado para resolver os contratempos dentro da sua própria casa, como é que vai julgar o outro? 

Então entra aqui a tal trave no olho, que impede alguém de enxergar seus próprios defeitos ou problemas. Neste caso posso afirmar que antes de mudar os outros talvez você tenha que mudar a si mesmo. #ficaadica. 


Marion Vaz

sábado, 3 de abril de 2021

Páscoa - Jesus Crucificado ou Ressurreto?




Domingo de Páscoa - O Jesus ressurreto tem prioridade na religiosidade do povo. Na sexta-feira, foi a vez do Jesus crucificado. Toda aquela agonia desde a prisão do Jardim do Getsêmani, a noite do julgamento e do espancamento, as dificuldades de subir o caminho do Gólgota carregando a cruz, símbolo do castigo romano. A crucificação e todas as dores no corpo, o sangue escorrendo... Será mesmo que nos demos conta de tudo isso?

É no Evangelho de João que encontramos material de excelência a respeito da deidade de Jesus. Atento a cada declaração João escreveu os discursos do Mestre sobre si mesmo e como poderíamos identificá-Lo. As Afirmações “Eu Sou” e alguns discursos são exclusivos dos escritos de João.

Então, como percebemos Jesus não podia ser simplesmente o “Nazareno”, o “Homem da Galileia”. O “Profeta”, o “Mestre” como se referiu Nicodemos. Alguns podiam vê-lo como um judeu – morador da Judeia – termo usado pela mulher samaritana observando sua maneira de falar e vestir (Jo 4.9). 

Interessante notar que a indagação de Jesus aos seus discípulos sobre o que o povo falava sobre ele, vem de encontro aquilo que os próprios seguidores do Mestre podiam estar pensando. Então Jesus foi mais específico: O povo pode estar com esses pensamentos, mas “E vós? Que dizeis quem sou eu?” E hoje não é muito diferente.


Martyn Jones inquiriu o leitor ao declarar: “O que vocês creem sobre Ele?” Tal questionamento refere-se ao fato do autor estar pensando em até que ponto se crer ou qual o significado da morte de Cristo para nós. Na percepção do autor não se precisa de conversação sobre o assunto, mas de intensidade e veracidade sobre essa crença que queremos propagar aos outros.


Percebemos no decorrer dos anos que em muitos casos, o Jesus Cristo Deus passou a ser apenas um personagem figurativo pelo qual se atrai as multidões para um templo. Em outros casos Jesus é apenas um amuleto para aqueles que se sentem constantemente ameaçados. O sangue de Jesus “viralizou”, como se diz na internet, como uma frase banal e repetitiva. E outras expressões usadas de forma viciante que denunciam a falta de temor, a ignorância, o descuido com o nome de Deus. Diariamente ouvimos: “meu Deus”, santo Deus, misericórdia, só o sangue e outras do gênero, são expressões usadas como complemento do assunto discutido. 


Com a comemoração da Páscoa ficamos indecisos sobre o verdadeiro significado desta festividade. Observamos que pessoas que passaram parte do ano sem qualquer demonstração de religiosidade, lotaram os mercados para comprar alimentos, peixes e os tão famosos chocolates. Eu me pergunto: Qual a razão disso tudo? O final de semana passou tão rápido! Não é mesmo? Mas o corpo pálido de Jesus é retirado da cruz. A vida se foi. Os discípulos se escondem, a mãe chora a morte do filho. Um sepulcro novo escavado num monte é preparado. A pedra se fecha. A esperança se perde...


Mas, no primeiro dia da semana, antes de amanhecer na cidade de Jerusalém, Maria correu ao sepulcro e se deu conta que não há corpo. Ela chora, se entristece porque não consegue entender onde foi que colocaram o corpo do Mestre. Alguém se aproxima dela e se comove. A mulher devia estar ajoelhada no chão, de cabeça baixa, completamente só. O homem a chama pelo nome. Maria ouve aquela voz e reconhece.

- Rabi?! Pergunta com o coração acelerado. Ela levanta os olhos e vê Jesus! Ele ressuscitou!


Talvez agora você entenda o significado desses dois acontecimentos distintos. Agora há um motivo para se comemorar. Feliz Páscoa.



Marion Vaz