quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

A polêmica do NÃO

 

Imagem da Google 

Eu sei que esse assunto já deu muita história nas mídias sociais e  a polêmica sobre a mulher do avião que não cedeu o seu lugar para a criança que chorava sem parar, virou uma febre nacional. Mas o que aprendemos com Jennifer Castro?  Aprendemos a dizer não, a defender nossos direitos, a exigir respeito e diferenciar o certo do errado. 

E com certeza esse assunto repercutiu de forma favorável a ela porque estamos acostumados a ceder, a dizer sim o tempo todo e ficamos até chateados quando não conseguimos resolver o problema do outro, como o que aconteceu com a advogada que filmou a cena e depois pediu para a filha postar.

E de repente nos deparamos com a cena de uma mulher que calmamente se recusou a ceder, mesmo sob pressão de olhares curiosos ou acusadores. Jennifer permaneceu quieta em seu lugar no avião. A pessoa que filmou não imaginou a quantidade de gente que iria a favor do não.  

Infelizmente, a mãe da criança também sofreu acusações, porque até então não se sabia ao certo quem estava filmando o ocorrido. Ela também foi afrontada quando os internautas a acusaram de não saber dar limites ao filho. E embora ela também tenha se pronunciado sobre o ocorrido, ficou claro para a maioria de nós que uma criança que chora por 40 minutos por não ter o que quer, precisa mudar de comportamento.

Mas o que me chamou a atenção no episódio foi a calma como Jennifer lidou com o assunto:

- Você pode ceder o assento na janela para o meu filho que está chorando sem parar?

- Não. Não posso! Ela não foi arrogante, irônica ou fez um estardalhaço. Jennifer apenas respondeu não e permaneceu firme em sua decisão.

É possível que a advogada que começou a gravar também estivesse incomodada com os gritos da criança e por isso resolveu se envolver no problema.  E os demais passageiros também deveriam estar inquietos com a situação. 

As justificativas da mãe também vieram a público. Ela estava resolvendo um problema do assento do outro filho e a avó da criança sentou no seu lugar e levou a criança menor junto. Provavelmente achando que o menino iria ficar quieto deixou-o na janela que pertencia a outra passageira. Esse foi o primeiro erro.  Não se faz isso. Nem no avião, nem no cinema, teatro, ônibus ou fila do pão. Você senta na poltrona que comprou.

A ideia da mãe ou da avó era que Jennifer realmente iria ceder o lugar para a criança e assim todos seriam felizes durante o percurso. Muita gente disse que teria cedido o lugar só para não ouvir mais chororô. Mas quem garante que a criança iria ficar quieta ou não abriria o berreiro por outra coisa?  A mãe conhece o filho que tem. Isso é fato.

E em menos de 24 horas, a advogada que filmou a cena fez Jennifer virar celebridade e ficar "famosinha".  Porque todos nós dizemos sim o tempo todo, quando na verdade queremos dizer não.  Desfalecemos para ajudar terceiros e mesmo doentes insistimos em estar presente nos lugares, nas festas e até mesmo em situações desfavoráveis, quando deveríamos estar em casa descansando. 

A imagem acima nos ensina que o Não, não precisa ser grosseiro, impaciente ou resmungão. E não precisamos fazer uma doação constante do nosso tempo, da nossa vida, do nosso sono, do nosso espaço. Apenas diga não de forma digna e simples de assimilar. 

Responda de forma serena: não, não vou, não posso, fica para outra vez. 


Marion Vaz

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Qualidade de Vida também depende do entorno?



A qualidade de vida de alguém não depende apenas dela. Por mais que a gente se cuide e deseja avançar nesse processo de busca de uma vida melhor, somos reféns dos outros. Vou explicar: Enquanto tento digitar algumas linhas desse artigo, meu espaço físico é invadido por uma melodia estridente que vem de outra casa. Infelizmente, não é algo que possa ser resolvido com diálogo porque as pessoas não têm muita educação.

Na verdade, cada um faz o que bem entende e sem qualquer apreço pelo outro. E no momento, não estou com capacidade mental para retrucar. Então escrevo essas linhas para mostrar a minha indignação. Porque se uma pessoa abaixa o som logo outra resolve ouvir o que quer no último volume. 

É sempre a mesma atitude, ou a mesma música, ou cada uma pior que a outra. E eu não sei se é por causa da idade e da minha história de vida,  eu tenho um gosto refinado para melodias. E tem músicas de hoje que são muito ruins. Mas a galera pira.

E por que você não se muda? O leitor pode estar me perguntando. Porque esse tipo de gente tem em tudo o que é lugar. Não adianta tentar remediar alugando um imóvel correndo sem me organizar financeiramente.  Mas vontade não me falta.

O pior não é lidar com os problemas, mas tentar entender o quanto essas pessoas são felizes com seus vícios e suas vidinhas medíocres.  Desculpe, mas é o que eu penso.

Então, a nossa qualidade de vida também depende do entorno, porque não dá pra fugir o tempo todo. Eu até tento quando planejo uma viagem e saio toda feliz com a minha mala de bordo. Mas ao voltar encaro essa triste realidade.

E não adianta passar de cara feia, tem que sorrir e dar um bom dia. Porque o distraído nem sabe o que está fazendo. Simplesmente segue em frente sem olhar para trás. Daí a repetição dos mesmos erros.

Outro dia estava tudo tão tranquilo e o ar tão limpo que eu fiquei alguns minutos tentando aproveitar o momento, porque eles são tão raros, e eu fiquei feliz. Então, aproveite a vida e os pequenos momentos de paz. Não mude a sua vida por causa de terceiros. Faça o que te faz feliz. Viaje para conhecer outros lugares do mundo. Reescreva a sua história. Não deixe que os outros minem sua felicidade. 


Marion Vaz



domingo, 18 de agosto de 2024

Agosto - A gosto de Deus



E lá estamos nós em pleno mês de agosto. Confesso que não sou nada fã dessa parte do ano. E dias dos pais nem comemoro. Primeiro porque perdi meu pai há alguns anos e ele era uma pessoa maravilhosa. Mas dessa vez não fiz qualquer comentário sobre o assunto nas redes sociais.

Fiquei sozinha no domingo e chorei. Antigamente, eu fazia questão de sair com as minhas filhas e até cobrava presente. Afinal, criei elas sozinha porque o pai delas refez a vida depois do divórcio e dedicou seu tempo à nova família.

Passamos muitos períodos ruins por causa de altos e baixos na vida financeira. Mas hoje elas estão casadas e felizes e decidi não incomodar ninguém com meus traumas. 

Na verdade, quando chega esse dia, bate um sentimento de culpa por não ter dado a elas um pai de verdade. Alguém bom o suficiente para manter um relacionamento saudável. Eu lembro do meu e do quanto ele era dedicado, atencioso, generoso e elas não tiveram a chance de vivenciar algo parecido.

Então, como toda mãe solo eu tentei preencher o espaço vazio no coração delas e às vezes penso que deixei a desejar. Eu queria até pedir desculpas por esse drama todo, mas é assim que eu me sinto. Embora elas achem que eu sou uma mãe maravilhosa, nesse mês de agosto eu fico assim.

Quando eu olho pra elas, me bate uma incerteza, mas no geral eu penso que hoje elas são sobreviventes! E que, na pior das hipóteses, ele é que saiu perdendo e muito! Porque ele deixou de vivenciar momentos alegres e tristes, festas, passeios, viagens, fases difíceis e momentos marcantes. Ele perdeu tudo.  

Mas devo acrescentar que o Eterno Deus nunca nos abandonou. Ele sim estava presente em todas as horas e nos ajudou nas dificuldades. Ele cuidou das minhas meninas que hoje são adultas, formadas, mãe e tem suas próprias famílias. Isso me conforta. Eu tenho mais é que agradecer a Deus pelo seu amor, que nos abraçou e nos sustentou segundo a sua misericórdia. Obrigada Deus.



quarta-feira, 1 de maio de 2024

Deus no controle de todas as coisas

 

Sim. Eu gosto de pensar que o meu Deus está no controle de todas as coisas. Mesmo quando acontece algo ruim, que dói, que preocupa e mesmo não tendo solução aparente, confesso que não perco a fé no Eterno. Ele está no controle! Ponto.

Às vezes, a resposta ou a solução demora, e para nós, meros mortais, parece uma eternidade esperar algo acontecer para resolver o problema. Falta de fé? Às vezes não. Só ansiedade. 

Porque tem gente que gosta mesmo de ficar parada, olhando o tempo passar, sem mover um músculo! Como se todo trabalho tivesse que ser do Criador. Mas tem gente, que procura dar um passo à frente, buscar novos horizontes, mesmo esperando pela vontade de Deus pode e deve exercitar a fé.

Porque na verdade, nem tudo nesta vida depende do agir de Deus, por isso temos a liberdade de pensar, tomar decisões e escolher o caminho a seguir. Mas, se de alguma forma, estamos "à beira do abismo" o nosso Deus nos alerta: " Marion, presta atenção"! 

Quando ouvi esta frase, acordei assustada e pensei: Presta atenção no que? São quatro da manhã... Então, parei para pensar na minha família, nos meus netinhos trigêmeos que agora estão com 10 meses, na minha própria vida... Mas a indagação continuava martelando a cabeça: Presta atenção? 

E para desencargo de consciência, naquela semana fiz a minha campanha de oração e jejum pelas minhas filhas, minha neta, os trigêmeos, e também para minha vida, planos e viagens. Mas sempre estendo minha oração para parentes e amigos próximos. Sei lá... 

Porque na verdade, quando Deus avisa algo é porque ele está nos observando e querendo o melhor, e de repente pode acontecer algo que parece, só parece, que é bom. Então pensei no que tinha de diferente na minha vida, analisei algumas coisas e confesso que respirei profundamente antes de decidir "prestar atenção" o suficiente para entender que eu podia percorrer por outro caminho.

Não gosto de cobranças repetitivas, de alfinetadas, de voz mansa que parece doce, que se apega as coisas tão corriqueiras, mas implica e questiona minhas escolhas, meus sonhos, minha dedicação aos meus netos, meu amor à nação de Israel. 

Então, é isso. Na minha idade tenho que escolher o que é melhor pra mim. Sem medo. 


Marion Vaz

domingo, 3 de março de 2024

Auto retrato

http://

Eu me olhei esta semana no espelho e confesso que não gostei do que vi. A gente passa tanto tempo correndo de um lado para outro, esperando um pouco de reconhecimento e de repente se dá conta da ilusão. Não há respeito, consideração ou qualquer outro sentimento de empatia. 

Às vezes, a gente espera demais, sonha demais e se ilude com a fantasia de uma vida feliz e uma família amorosa e no fim das contas é tropeçar e cair. E agora estou aqui vazia de esperança e cheia de coisas pra reclamar, como se fosse possível encontrar uma saída.

E se eu fosse fazer um auto retrato só veria borrões por causa do modo "automático".  Quem me olha diz: "Ela está bem", " Está correndo... está bem", está trabalhando feito louca, está bem" - Tudo no automático! Sem tecla de pause. Talvez, para não ter que pensar em nada! 

Mas o espelho não é mágico e nem mente. Ele mostra o real estado físico de quem não se aprecia, não liga para a aparência, não come e não dorme direito.  Ele mostra o rosto sem maquiagem, sem adereços, sem cor. Ele mostra as lágrimas mas não vê a alma em frangalhos.

Juro que eu queria que fosse diferente! Queria rebobinar os dias e mudar fatos. Não dá. Dizem por aí que o tempo cura as feridas. Concordo. Mas também aceito que as feridas fechadas deixam marcas na pele.

E se não dá para apagar o passado, o jeito é seguir em frente, no automático. Esperando que o amanhã seja diferente ou que pelo menos, a gente tenha aprendido alguma coisa.



Marion Vaz


domingo, 4 de fevereiro de 2024

Café com Letras

 



Devo admitir que eu amo uma boa xícara de café. Seja no período da manhã ou à tarde, não dispenso aquele líquido escuro que desce queimando a garganta. Pouco açúcar, com certeza.  

Café me desperta para a vida e no dia a dia é como um empurrão para fazer as tarefas. É também uma pausa obrigatória porque todo escritor precisa para repor as energias.

Café puro, meio amargo, sem frescura. E de preferência numa xícara. Tem mais sabor. Acompanha um pedaço de bolo ou pão francês, ovos mexidos ou queijo branco. Mas se vier sozinho está tudo bem!

A gente cresce e estabelece as regras da vida. Tem preferências por roupas, paleta de cores, preços,  pratos, bebidas e acompanhamentos. Às vezes, se arrisca com petiscos.  Nada de mais. Lembrando que a vida é uma só e o que se vive, se guarda na memória.

Os sonhos realizados nos desejam sorte, a amargura da solidão se dissolve no ar. Aparece alguém, no rosto um sorriso, nos lábios um beijo. Quem diria? Um intervalo nos pensamentos para questionamentos. 

Mas, quer saber? Desta vez vou me arriscar e se der certo, deu. Porque se escrever é paixão, romantizar é se perder nos braços de um amor, de um livro, de um bom texto.

E tem horas que é preciso apenas sentir, como aquele aroma suave que vem da xícara de café, e saborear qualquer momento como se ele fosse eterno.


Leia mais textos em Point do Escritor


segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

O que você espera de 2024?

 


Findamos o ano anterior analisando tudo o que aconteceu, as perdas, as desilusões. E é esta expectativa de que o ano que começa tem sempre algo novo a oferecer que nos enche de esperança.  Queremos esquecer os aborrecimentos e entrar no novo ano com o "pé direito" como uma espécie de simpatia. Muita gente usa roupa branca, outros escolhem com quem desfrutar a virada do ano e outros até colocam uma nota de dinheiro no sapato como símbolo de boa sorte para a vida financeira.

Mas, o importante de tudo isso, não é exatamente o que esperamos conquistar, mas o que fazemos em função das nossas expectativas. Queremos muito, mas trabalhamos pouco para realizar os sonhos. Esperamos que as coisas aconteçam num passe de mágica, como se fosse uma recompensa pelo bom comportamento.

A ideia central define as grandes realizações como consequência do trabalho árduo, da dedicação e do esforço feito no ano anterior. Tudo é muito simples como aquele ditado: "o que o homem semear, vai colher"!

Com certeza, não podemos descartar os imprevistos, as dificuldades e até mesmo os danos em algumas áreas da vida. Fato. Nada é perfeito! E o que você sonhou e "plantou" em 2023 vai dar "frutos" nos anos seguintes se você se esforçar, se persistir num projeto, pensar fora da caixa. 

É como uma plantinha que a gente rega desde a semente e espera o crescimento com o passar do tempo.  E para conquistar algo você precisa de estratégia, de saber fazer as escolhas certas. 2024 é um ano como todos os outros, a diferença é por sua conta.


Marion Vaz