terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Marcelino Margarida



Morre o pastor Marcelino Margarida - um dos homens mais envolvido na prática da religiosidade e de demonstração de amor ao próximo que conheci.
     
Morreu dia 27 de janeiro, aos 92 anos, o pastor Marcelino Margarida da Silva. Pioneiros da Assembleia de Deus do Ministério de Cordovil, na cidade do Rio de Janeiro. Nascido em 17 de fevereiro de 1920, na cidade de São Francisco da Glória (MG), pastor Marcelino se converteu em 1931 e foi batizado nas águas em 1932. Ordenado a pastor em 27 de maio de 1945, na Assembleia de Deus em São Cristóvão - RJ. Em 1959, assumiu a AD em Cordovil como pastor presidente, até ser jubilado em 1976.
 
A morte não o pegou de surpresa, estava preparado. Servo de D-us, honesto, cheio da graça de D-us e de sabedoria. Louvava ao Senhor com sua vida e dedicação na obra a que dedicou todos os dias. Mesmo jubilado não perdia a oportunidade de falar do amor de D-us a quem estivesse ao seu lado. 
 
Parece que ainda o vejo entrando pelas portas da igreja (Porto Carreiro) e cumprimentando a todos, sem restrições, sem fazer acepção de pessoa. Conhecia a todos os membros da sua Igreja Assembleia de D-us em Cordovil, muitos dos quais batizou. Inclusive a mim, que por hora deixo registrado aqui.
 
Quando digo que conhecia a todos, não era aquele conhecimento superficial, mais sabia de quem eramos filhos, dos avós, e até a rua em que morávamos. Fazia questão de mencionar os nomes e até particularidades ou algum acontecimento. O Senhor conservou sua memória intacta até o último fôlego de vida.
 
Meu pai, pr Miguel Vaz, contava que durante todo o pastoriado, Marcelino Margarida ia de casa em casa visitando os fieis. No início com sua bicicleta, com o tempo adquiriu um fusquinha azul. Eu me lembro doautomóvel parado na calçada da igreja. Lembro-me agora de uma de suas visitas em nossa casa. Chegava dando a Paz do Senhor em voz alta, cantava um hino, poucas palavras e se despedia com uma oração. A benção apostólica era sempre cantada. Uma particularidade dele.
 
Homem confiável, rigoroso no que tratava a conservação das doutrinas e costumes da Igreja do Senhor. Mas tinha aquele sorriso no rosto que contagiava a todos. Nunca o vi choramingando pelos cantos. Servo fiel, obediente. Um exemplo para todos nós.
 
Não chegou a ter filhos, mas os filhos na fé que teve, nos faz ser hoje uma imensa família.
 
 
"E andou Enoque com D-us e D-us o tomou para si"
 
Gênesis 5.24
 
 
 
 
Marion Vaz
 

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