quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Independência ou Morte?

 



Sinceramente, não sei o que D.Pedro quis dizer com esta frase: Independência ou Morte? Foi uma indagação mesmo? Quais eram os riscos? Pra que tipo de gente ele informou a situação? Foi um grito as margens do rio Ipiranga, lá em São Paulo, que nem era São Paulo ainda como conhecemos hoje. Mas lá estava o monarca, montado em seu cavalo, há cerca de 199 anos atrás, gritando aos quatro cantos que havia uma solução para o Brasil.

Na verdade, ainda não consigo similar a diferença. Independência ou morte? Como assim? Mas história a parte, fomos agraciados com a tal independência, que nos veio com uma baita dívida com a Coroa Portuguesa. E, apesar de tudo, estamos pagando até hoje em boletos bancários só não sabemos pra quem.

Para comemorar a data, 7 de setembro, milhares de brasileiros saíram de suas casas, em tempo de Pandemia para se aglomerarem nas ruas, saudando e dando apoio ao divino Bolsonaro. Somos independentes agora, cheios de ideias e vontade própria. Ninguém pode nos condenar.  São 199 anos de transição, de perseverança, de conquistas. A pátria amada Brasil, iluminando o céu do novo mundo. Que morte que nada! Nem pensar! Para! Somos livres!  E só pra contrariar: "Verás que um filho teu não foge a luta". Somos destemidos!


O certo é que antigamente, este dia era marcado com desfiles no centro da cidade do Rio de Janeiro. Havia arquibancadas armadas para tal fim e lá estavam os filhos da pátria, felizes assistindo a tudo. Eu, particularmente, nunca fui. Mas vi pela televisão. Com o tempo, deixou de ser importante. E na atual situação em que nos deixou a Covid-19, não sei se voltará um dia. Carnaval eu sei que vai.

Mas a indagação perdura em nossa consciência: Independência ou Morte?  O que devemos escolher? O que pode ser pior? Vamos deixar de ser colonos algum dia? E neste corre corre alguém vai morrer? Quem vai ser independente afinal? Não tenho respostas. 

O Grito do Ipiranga soltou nossas amarras e deixou livres os brasileirinhos. Apesar que algumas províncias permaneceram fieis a Portugal. Daí a tal Guerra da Independência. Seriam eles os citados mortos ocasionais? Pode ser. 

Nos anos anteriores não vi esta consciência histórica marcando a população. A gente queria mesmo era curtir o feriadão. Ontem não. Brasileiros de cara pintada e bandeira pairando no ar marcaram o 7 de setembro em muitos lugares desse país chamado Brasil. 



Marion Vaz