quarta-feira, 26 de junho de 2019

Deus de Milagres

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Então gente... Depois da última postagem me achei na obrigação de contar sobre os milagres que aconteceram na minha vida. Afinal, o Deus Eterno, o Soberano, o Todo Poderoso tem que ser honrado por todas as vezes que agiu a meu favor. E eu não quero ser injusta. Como disse antes somos mais dependentes Dele do que podemos imaginar. E é possível que, se a minha memória falhar agora, eu tenha que atualizar esse post daqui há alguns dias.

O certo é que muitas vezes esse Deus ouviu as minhas orações quando eu clamei e pedi socorro e misericórdia. A mais antiga das minhas lembranças, vem do tempo de criança quando estava viajando com a família para Muqui/ES e estávamos num trem. Naquela época não tinha outro método de chegar na tal cidade e lá estava eu, meu irmãos e minha mãe sacolejando em um dos vagões. Então eu coloquei a cabeça para fora da janela para sentir o vento, ver alguma coisa, não sei, e rapidamente retornei o corpo para dentro do vagão. Na mesma hora vi passar umas barras de ferro bem próximo a janela, talvez de uma ponte, não sei ao certo e estremeci. Pensei que se estivesse com a cabeça pra fora naquele momento com certeza ela seria decepada por causa da velocidade do trem. Nunca contei isso pra ninguém até agora. Respirei aliviada pensando que Deus havia mesmo me dado um livramento. Esta semana, depois de ler várias vezes o post anterior, fiquei pensando no assunto.

Outro livramento aconteceu alguns anos mais tarde, já estava divorciada e tinha três filhas. Elas estavam na escola e eu fui ao supermercado. Estava andando numa calçada e quando olhei para frente vi a lataria de um ônibus bem próxima a mim. O veículo tinha desviado de outro na estrada e subiu a calçada. Só me lembro de uma mão me puxando para o lado, mas não tinha outra pessoa por perto. Tudo foi tão rápido que nem o motorista do ônibus percebeu que não tinha me atropelado. Ele parou o veículo mais adiante e o trocador assustado ficou olhando pelo vidro procurando um corpo caído no chão. Fiquei tão perplexa que comecei a gritar balançando as mãos para chamar a atenção dele: Oi! Eu estou aqui! Eu não morri não! Ele me olhou sem entender muita coisa e depois o ônibus foi embora. Continuei meu caminho agradecendo a Deus e pensando no que seria das minhas filhas se eu tivesse morrido. Não consigo esquecer a mão de Deus me empurrando para do outro lado.

É provável que você tenha filhos e saiba o quanto eles são importantes e sinceramente, esse foi um dos meus maiores milagre. Quando a minha segunda filha nasceu, Fernanda tinha o corpo todo escurecido porque havia passado do tempo de nascer. Na verdade foram mais de 11 horas de pré parto com aquelas dores insuportáveis, que só quem já teve parto normal sabe do que eu estou falando. Graças a Deus ela nasceu com saúde e quando fez 4 meses o corpo tinha voltado a cor normal. Mas eu ficava assustada, principalmente a noite, achando que ela iria morrer e orava incessantemente pedindo a Deus que não levasse a minha filha. Acho que orei quase um ano nessa agonia. Foi então que ouvi uma voz dizendo: Eu não vou mais levar a sua filha. Meu coração sossegou. Quando ela fez um ano e começou a andar, caiu no meio do quintal e o joelho ficou roxo. Levei no médico e ela foi diagnosticada com uma doença. O médico disse que ela tinha que ficar internada até ser removida para outro hospital para operar o joelho. Ele me informou que depois de todo procedimento, era provável que ela usaria moletas pro resto da vida. Passei a noite inteira literalmente orando a Deus pedindo que curasse a minha filha daquele mal. Chorei incessantemente numa agonia só. Na manhã seguinte eu tinha convicção que Deus havia feito o milagre e que tinha ouvido a minha oração. Pedi a remoção da criança e assinei os termos de responsabilidade e levei Fernanda pra casa. Claro que isso foi uma decisão pessoal. O ideal é acatar as ordens médicas.

É difícil manter a mente e o coração quando parentes e amigos ficam dizendo que uma decisão foi errada. Apesar de eu notar certa melhora na perna e joelho da minha filha levei-a a outro hospital onde, de acordo com os exames anteriores, ela seria internada por quinze dias sendo tratada com antibióticos, para então fazer a operação necessária. Feito os novos exames, raio X e exames de sangue, vários médicos se reuniram para analisar o caso. Por fim fui chamada e um deles me disse que não poderia internar minha filha. Eu comecei a chorar pensando que tinha prejudicado ela com minha decisão e perguntei o porque, se não tinha leito disponível, etc. Ele sorriu e afirmou que não poderia internar minha filha porque ela não tinha NADA! Ele mostrou os RX anterior e disse: Nesse aqui ela tem a doença, mas nesses dois exames  novos aqui, não tem nada! Eu glorifiquei a Deus e disse para os médicos que Jesus tinha curado a minha filha. Assinei a documentação e trouxe ela pra casa. Fernanda cresceu e até de patins andava no meio da rua. De vez em quanto me batia um medo, mas eu repetia: Ela está curada!

Eu tive muitas dificuldades financeiras para criar três meninas sozinha, sem emprego, sem pensão de ex marido numa casa simples e sem conforto. Às vezes, eu ia dormir perguntando a Deus: O que minhas filhas vão comer amanhã? Às vezes, eu comia pouco para sobrar pra elas. Mas Deus sempre colocou pessoas no meu caminho para me ajudar. No entanto, outras pessoas não tinham tanta compaixão assim, me ofendiam para me mostravam que a minha condição financeira era muito ruim. Chorei muito. Confesso. Eu dizia pra minhas filhas: Vocês tem que estudar para ser alguém na vida. Elas cresceram e todas conseguiram fazer faculdade com 100% de bolsa pelo Pro Uni. Nada foi fácil, nem pra elas e nem pra mim. Mas Deus nunca nos desamparou. Essa é que é a verdade.

Minha mãe teve câncer e precisou operar, depois fez quimioterapia e com certeza Deus curou ela daquela enfermidade. Meu ex marido sofreu um acidente há dois anos e teve um braço amputado. Estava em risco de perder uma perna também e todos nós oramos para Deus impedir isso. Confesso que orei muito! Apensar de todos os problemas que enfrentei por causa da omissão dele como provedor e como pai das meninas, eu não queria tamanho mal para ele. Hoje ele está se adaptando a viver sem um dos braços, mas está andando normalmente. 

É claro que eu não oro pedindo bênçãos só por mim e com certeza eu acredito no amor de Deus. Que ele é poderoso para alcançar os que estão perto, como aquelas pessoas que estão longe. Então, eu oro por pessoas que eu nem conheço e que provavelmente nunca vamos nos encontrar. Mas elas estão lá precisando de ajudar, de cura e milagres também. Às vezes, eu intercedo por pessoas que estão passando na rua ou que eu vejo nas redes sociais. Parece loucura? Talvez! 

Mas me bate aquela sensação que Deus está me ouvindo e que vai atender a minha oração. Eu sei. Nada a ver com o que eu disse no post anterior. E sabe aquele problema que eu reclamei que Deus não estava me atendendo. Pois é. Fiquei nervosa à toa. Ele já está providenciando a solução. 

Tenho ainda muitas outras bênçãos para contar. Afinal, são 57 anos de vida! Mas eu gostaria de registrar também que nem sempre Deus responde do jeitinho que a gente quer. Às vezes, Ele também diz NÃO! Pois é... Mas como eu prometi pra Ele, aqui está uma postagem falando de algumas das muitas bençãos que Ele me concedeu. 


Marion Vaz

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Em Crise com Deus

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Não sei vocês, mas de vez em quando eu entro em crise com o Criador. Hoje mesmo a gente discutiu. Ou pelo menos eu. O certo é que falei tudo que estava engasgado. Nem sei se isso é certo, já que Ele é o Todo Poderoso, Criador dos céus e da Terra e se quisesse, somente com um assopro de ar dos lábios podia dar fim a minha existência. Fico pensando se sou louca mesmo, desaforada, rebelde ou completamente inconsequente!?

Mas tem horas que me bate uma agonia só de pensar nas coisas que Deus podia fazer para melhorar a minha vida, e ao invés disso fica lá assistindo tudo. Aí eu vou aguentando tudo calada, orando, pedindo misericórdia, fazendo até jejum, na esperança que o Senhor mude um pouquinho que seja, o rumo da minha vida. Mas quando eu olho em volta e não vejo nada, o sangue ferve. Confesso.

E hoje foi um daqueles dias em que eu me aborreci com Deus. Talvez você esteja pensando que essa escritora "não está bem da cabeça". Como alguém em sã consciência, discute com Deus, o Soberano? Pois é, às vezes, me bate um arrependimento! Mas aí já falei mesmo... Aí volto eu de cabeça baixa, semblante caído, chorando, pedindo perdão pelos meus erros em palavra, pensamento e obra. E o pior de tudo é que, às vezes, acho mesmo que Deus olha pra mim e pergunta: Está mais calma agora? 

A gente passa uma vida inteira ouvindo que devemos nos aproximar de Deus, conversar com Ele, falar sobre todos os nossos dilemas, todas as nossas angústias, que Ele, o Ser Supremo vai nos ouvir e atentar para o desejo do nosso coração! Que Deus é bom o tempo todo... Mas o outro lado da moeda afirma que, se algo não aconteceu, era porque não estava no tempo de Deus, não era pra ser, não foi aprovado porque Deus só quer o melhor para os seus filhos...

Para tudo gente! Imagine a confusão na minha cabeça!? Como assim não era pra ser? Eu orei! Eu perguntei! A resposta é sim? ou não? Quanto tempo eu tenho que esperar? Como assim estou pedindo errado? - Vai me dizer que você nunca se aborreceu com Deus? Ok tudo bem. É diferente com você... Com certeza, às vezes eu passo dos limites e a paciência e longanimidade de Deus excede o meu entendimento.  Tanto que ainda estou aqui...

A comunhão perfeita com Deus vai além das nossas expectativas, do nosso tempo de 24 horas, do nosso espaço de vida de 70 ou 80 anos...  Muitos dos personagens da Bíblia podiam conversar com Deus e Deus ia ao encontro deles também. E que de uma forma ou de outra somos muito mais dependente Dele do que Ele de nós. Talvez eu nem tenha o direito de aborrecer desse jeito... Talvez eu esteja apenas um pouco mais estressada hoje do que ontem. Mas às vezes eu penso, que algumas coisas podiam sim, ser diferentes.


Marion Vaz


Leia também http://marionvaz.blogspot.com/2019/06/deus-de-milagres.html


sábado, 15 de junho de 2019

Os 99% que ninguém vê

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Dizem que quanto maior a proporção, maiores as chances de se identificar ou valorizar alguma coisa. Quanto mais você se dedica em casa, no trabalho, na igreja ou em qualquer outra área da vida, mais valor vai ser agregado a sua pessoa. Quer saber?  Pura mentira! Quanto mais você trabalha, mais cansada você fica! Essa é a verdade! 

A dedicação em si não é de todo ruim. Com certeza existem momentos que alguém ou algo merecem maior atenção e amor e podemos sim dedicar o nosso tempo para ajudar, abençoar ou facilitar a vida dos outros. Mas esta história de fazer tudo pra todo mundo esperando algum tipo de gratidão é pura hipocrisia. Um método de te enganar pra que você faça de tudo e no fim, o outro lado tenha mais tempo de viver e ser feliz.

Na maioria das vezes toda a sua dedicação, ou seja, os 99% de coisas boas e perfeitas que você fez, perdem completamente o valor diante daquele maldito 1% em que você não foi tão boa, na visão egoísta da pessoa. E quer saber? Acontece o tempo todo! 

E olha que aquele 1% pode ter sido apenas um favor que você fez, um período do dia que se dedica a algo que, nem sequer era sua obrigação ou te beneficiava. E lá vem aquela falação desenfreada, o desagrado, as acusações por causa de algo que não ficou tão bom. Minha resposta é o silêncio, porque não adianta discutir e usar a razão. O 1% grita pra todo mundo ouvir o quanto você foi desleixada!  Os covardes dos 99% ficam lá, quietinhos, imóveis, escondidos, inibidos pela proporção que o 1%  tem de ficar em evidência.

Maldito 1%!

Então a gente faz um milhão de promessas de que não vai mais se importar, que não vai mais lavar um prato e que se dane a outra pessoa! E o 1% fica rindo da sua cara! E sabe por que? Porque ele nunca vai te deixar em paz. E não importa o quanto você se dedique, em algum momento, por cansaço ou por achar que é bobagem, você vai errar, vai dar margem para aquele 1%  que será valorizado.

Mas os 99% que ninguém vê é que realmente fazem parte do seu dia a dia, das horas de sono perdidas, do lazer que não aconteceu porque precisava terminar uma tarefa. Esses são tidos como obrigação. Desabafo!? Pode ser! Quem liga?

Mas agora que você leu o texto até o fim e com certeza está concordando comigo, tenho uma proposta. Não adianta chorar! O jeito é mudar de atitude e minimizar o estrago, abandonando certos afazeres e deixando que o outro tenha o que fazer também. As pessoas só dão valor quando veem o sacrifício que estão te impondo. É fato!

Então vamos mexer um pouco com a rotina diária e separar um tempo para algo mais produtivo e que realmente te faça feliz. 



Marion Vaz