domingo, 30 de janeiro de 2011

A Fauna e a Flora do período bíblico

Animais e Aves da Bíblia

"Antes da época de Abraão ovelhas e cabras já pastavam nos montes acidentados de Israel e forneciam leite, queijo e carne. A lã era usava para fazer vestime4ntas e sempre foi muito valiosa.

Os campos mais férteis de Gileade e Basã, a leste do rio Jordão, fizeram com que essas regiões ficassem famosas por causa do gado.




Camelos e jumentos eram animais de carga e transporte de pessoas nos países do Oriente Médio desde os primórdios.


No Egito vamos encontrar os cavalos na época de José, ali, eles puxavam carruagens e eram montados pelos soldados em batalha.

Um número bem maior de animais selvagens habitava a terra de Israel nos tempos bíblicos, do que se conhece agora:

lobos, leões e ursos, raposas e chacais, jumento selvagem, o íbex, veados e gazelas, camundongos, ratos e outros pequenos animais.



Havia muitas cobras inofensivas, e outras, cujos ataques podiam ser letais, inclusive víboras, que possivelmente, picaram os israelitas durante as jornada pelo deserto. Havia também gafanhotos que ocasionalmente, vinham em nuvens e destruíam tudo.

No lago da Galiléia havia uma grande variedade de peixes.
Em terra, uma variedade de habitat, do semi tropical ao árido, contribuiu para a riqueza de pássaros que podem ser encontrados em Israel. Numa importante rota migratória da África para a Europa e a Ásia Ocidental, entre primavera e no outono, muitos pássaros são vistos em Israel além dos nativos. A Bíblia cita alguns desses: a águia, o abutre, a coruja, a cegonha, a garça, a andorinha, o pardal, a codorniz, a perdiz, a rolinha, a pomba, a gralha e o corvo.


Árvores e Plantas

Atualmente, algumas áreas descampadas de Israel podem ter sido regiões de florestas em tempos bíblicos. A árvore do deserto é a acácia, usada pelos israelitas para construir a Arca da Aliança e partes do Tabernáculo. Carvalhos, abetos, ciprestes e pinheiros cresciam nos montes.

Álamo, salgueiros, tamargueiras e loureiros formavam densas moitas ao longo das margens do rio Jordão.

As mais importantes eram as árvores frutíferas: vinhas e oliveiras, figueiras, romeiras, tamareiras e amendoeiras.
O cedro usado para o palácio do rei Davi e o Templo de Salomão foi importado do Líbano.

Plantas e Ervas

Os contrastes de clima resultavam numa variedade de plantas e flores silvestres.

Os montes da Galiléia exibem uma exuberância de flores: ciclamens, papoulas, narcisos açafrão, anêmona, margaridas amarelas e muitas outras.


Ervas e especiarias sempre foram valiosas, algumas por seu uso medicinal, outras pelo sabor. Entre as mais comuns encontramos: cominho, endro, alho, anis, hissopo, arruda, menta e mostarda. Em Israel há mais de 120 tipos de ervas daninhas e espinheiros."

Fonte: Manual Bíblico, Ed. SBB pág. 38, 39, 40,41

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Paralítico de Betesda


A lembrança de dias alegres não afastou a angustia que sentia naqueles derradeiros minutos de sua vida. Jesus se rende ao cansaço e deixa o corpo em contato com a terra. As mãos agarraram as partículas de pó e apertam-na entre os dedos. Isso o incomoda e então Jesus limpa as mãos nas vestes e volta à posição original.



O homem gostaria de refugiar-se no passado, mas é inútil. As horas avançam indicando que o momento fatal se aproximava. A solidão no Jardim do Getsêmani aumentava quando se lembrava da multidão que o rodeava há tão pouco tempo atrás. Foi então que surgiu uma lembrança do passado:

O dia estava clareando e ele estava caminhando pelas ruas de Jerusalém, pouco a pouco uma multidão se junta a ele. O povo o segue por todo lado, querem ouvir seus ensinamentos, querem receber curas, querem vê-lo, senti-lo, tocar em suas vestes. Jesus era agora uma figura popular e precisava conviver com isso, às vezes, até mesmo seus discípulos tinham dificuldade em controlar a multidão.

As ruas da cidade estão movimentadas, Jerusalém era uma cidade cheia de gente, de fiéis que vinham de toda a parte para oferecer sacrifícios ao Deus de Israel. Imensos portões de entrada levavam o viajante em direção a uma mistura de regozijo, paz e fé. Na páscoa, a cidade ainda se tornava mais atraente e festiva. Era prazeroso andar por suas ruas, ver seus belos e imponentes edifícios. Um dia, um de seus discípulos elogiou a bela estrutura do Templo. "Pedra sobre pedra..." Pensou o carpinteiro.

Mas naquele dia era diferente, seus passos o levaram a outro lugar, tinha que passar pela Porta das Ovelhas. Próximo a ela havia um tanque que em hebreu era chamado de Betesda. O povo gostava de contar histórias e havia uma em especial que circulava entre as gentes que de tempos em tempos, um anjo movia as águas e o primeiro que ali descesse e entrasse nas águas, sarava de qualquer enfermidade. De longe, via-se a aglomeração, eram cegos, mancos, paralíticos e enfermos a espera de um milagre.

Jesus já conhecia aquele lugar, aliás, ele conhecia cada cantinho daquela cidade. Desde pequeno seus pais faziam peregrinações em épocas festivas. Uma vez, aos doze anos, perdeu-se deles e ficou no Templo por três dias. Mas agora adulto, podia andar por onde quisesse e resolveu aproximar-se desse lugar. Ali depara com um quadro não muito atraente, o lugar estava cheio de pessoas enfermas e moribundas.

Um homem jogado num canto qualquer chama a atenção do mestre, era paralítico a trinta e oito anos e não havia ninguém que o ajudasse. Todo o dia vivenciava aquela mesma cena, em vão tentava se arrastar entre as pedras para chegar às águas. E outros com mais agilidade passavam a sua frente e recebiam a cura. Saiam felizes, glorificando a Deus, acompanhados de amigos e parentes. Outros passavam por cima do pobre paralítico, pisavam nele, empurrando-o para o lado e seguiam seus caminhos. O pobre o homem já sem forças recolhía-se em um canto e ficava ali gemendo, chorando, a espera de um milagre.

O homem de Nazaré, o Profeta, O Messias, Mestre, Jesus Filho de Davi, ou seja lá como o chamassem, chegou perto do paralítico. Não podia ficar alheio a sua dor e num gesto de misericórdia falou:
- Queres ficar curado?

O homem olha para cima e contempla a sua frente um homem forte, com braços largos, filho de carpinteiro, acostumado a trabalho braçal. O rosto queimado do sol de tantas andanças. Do modo como se vestia. parecia um judeu comum. Mas o doente não estava em posição de rejeitar ajuda e conta sua triste história. Com lágrimas nos olhos diz que agora já era tarde, que o anjo já tinha movido as águas e alguém fora abençoado.

Jesus sorri concordando que conhecia aquela história. Desiludido o pobre paralítico imagina que se Jesus tivesse chegado um pouquinho mais cedo, só um pouquinho mais cedo, poderia ter ajudado a entrar no tanque. Certamente ele abriria caminho no meio da multidão e o colocaria nas águas.

Mas ainda não era tarde para um milagre. Jesus se compadece do pobre homem e fala com autoridade:
- Levanta! Toma tua cama e anda!
- Hum?! O homem parece confuso. Levantar?
- Levanta e anda! Repete o Mestre.

A voz de Jesus entra pelos ouvidos do paralítico como voz de trovão. O corpo estremece. Os ossos do corpo começam a estalar e as pernas se esticam. O homem crê. As forças se renovam. E depois de tantos anos, ele consegue ficar de pé.

Atordoados, muitos dos que ainda circulam pelo tanque parecem não acreditar naquele milagre. Um reboliço de vozes e comentários. Alguém chora de alegria. O homem tenta dar o primeiro passo, mas cambaleia. Tenta de novo e dá outro passo. Logo está andando de um lado para outro. Passos firmes. As pessoas começam a glorificar a Deus. O homem que era paralítico agora está correndo, saltitando de alegria.

Jesus precisa continuar seu caminho e sai dali. Curado daquela enfermidade, o homem também vai para a cidade. Excluído da sociedade há tantos anos, agora caminha pela rua levando a cama, sem se dar conta que era shabat.

Marion Vaz

sábado, 8 de janeiro de 2011

“Não conte pra Deus o tamanho do seu problema, mas diga ao seu problema o tamanho do seu Deus!”

Eu estava observando essa frase e parei para meditar no que estava escrito. A primeira vista implica em não mencionar pra Deus aquilo que está lhe afligindo, o que seria um erro muito grande, pois a Palavra de Deus diz: “Que todas as nossas petições sejam conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas”.

Então, o homem não pode abdicar desse direito de poder entrar na presença do seu Criador e dirigir-se a ele através da oração, que é uma conversa, e dizer tudo o que está em seu coração.

Não que o Todo Poderoso não conheça o que pensamos e sentimos. Não! Ele sabe tudo a nosso respeito, nossos erros, nossos problemas, nossos pensamentos mais íntimos! O Salmista já dizia no salmo 139.16: ...Os teus olhos virão o meu corpo ainda informe e no livro todas essas coisas foram escritas... Quando nem uma delas ainda havia”.

Que maravilha pensar que existe um ser tão Poderoso, Onipresente, Onisciente e que se importa tanto com a gente! Que prazer saber que Ele ouve as nossas petições. Seria um erro não dirigir-lhe a palavra! Como se estivéssemos incomodando com nossas lágrimas!

Mas, esse não é o intuito da frase. Ela não proíbe o homem de falar com Deus, vai além de meras considerações sobre problemas. Implica numa atitude de fé!

É notório que uma vez “dentro” do problema, o homem (a mulher) fica debilitado e quanto mais o tempo se arrasta e a pessoa não vê uma solução as coisas se agravam, a fé falha sem dúvida, a tristeza consome a alma como a ferrugem consome o ferro!
Mas essa nessa hora que o homem precisa entender que um determinado problema não pode consumir os seus dias como se nada mais fosse importante. Como se a vida não valesse a pena!

Ás vezes há ocasiões que o problema cresce diariamente e toma proporções gigantescas a ponto do próprio homem, envolvido e dominado pelas circunstâncias, admitir que não há mais solução. Ele se esquece da Grandiosidade de Deus que é infinitamente maior do que tudo e todos.

É aí que a tal frase conclui seu pensamento: Um problema não pode ser tão grande que ofusque a nossa visão de Deus.


Marion Vaz