Esta frase de uma das músicas de Cazuza nos faz refletir sobre a vida e toda essa "guerra" íntima que temos de querer saber o que nos espera lá na frente. O tempo não pára, não dá pausa, não espera você decidir o que quer.
O tic tac do relógio só revela que os minutos ficaram para trás e que é tempo de somar amigos, de viajar, de ser legal com os outros, de conversar mais, de sorrir, de aproveitar a vida, porque ela é curta.
A própria letra da música é repleta de questionamentos e decisões, algumas boas outras nem tanto. Mas o fato é que a vida segue em frente independente das nossas escolhas. E se, por alguma razão, a gente ficar parado no tempo, perdemos parte da diversão, do encantamento, das notícias.
Eu entendo que os jovens ainda têm muito tempo pela frente e podem se dar ao luxo de não pensar em nada, de "deixar para amanhã o que se podia fazer hoje". Mas com 63 não dá para fechar os olhos para essa urgência de vivenciar coisas novas. E ontem quando eu fiz um passeio até a cidade de Nova Friburgo, já estava no meu roteiro subir num teleférico.
O bondinho do Pão de Açúcar é diferente, tem uma cabine que te protege. Mas aquele teleférico era apenas uma cadeira suspensa por cordas. A nossa guia turística deu boas referências do projeto e eu nem pensei em desistir.
Mas a minha filha mais nova estava apavorada e eu insisti dela ir comigo e durante o trajeto ficamos conversando sobre vencer obstáculos, vencer os medos e adquirir novas experiências. A descida foi mais tranquila.
E voltando ao assunto do tempo que passa ligeiro, você pode decidir se ele vai atropelar a vida ou se você pode aproveitar o percurso.
Marion Vaz


