quinta-feira, 19 de maio de 2011

Valores Compartilhados

A declaração de Barack Obama, presidente dos EUA, em apoio ao Estado de Israel no discurso sobre a política no Oriente Médio, que foi tema de um artigo no jornal Haaretz me fez parar pra pensar no respeito às diferenças.

Ao ler determinados artigos em revistas, jornais, ou mesmo declarações públicas de pessoas cristãs que criticam constantemente o Estado de Israel, ou mesmo o Israel bíblico por não partilhar da mesma crença em Jesus, embora já se saiba que o Deus de Israel é o mesmo Deus dos crentes, fico pensando onde foi que erramos.

Sim. Nós erramos. Principalmente no passado quando e, por causa da religião, nos omitimos inúmeras vezes quando o povo judeu foi condenado e massacrado, e até culpado pela morte de Jesus.

Erramos durante os anos seguintes ao tratar os judeus como se não fossem pessoas e não tivessem direito a vida. e lhes roubamos os bens, o alimento diário, os filhos, a dignidade.

Erramos no Holocausto quando nos omitimos e por causa da nossa própria ignorância deixamos seis milhões de judeus morrerem nos Campos de Concentração.

Erramos quando ainda hoje nos deixamos levar por um sentimento de aversão aos judeus, e usamos de “palavras humanas” para fazer com que muitos deixem de crer nas profecias e nas promessas de Deus feitas a Israel.

Erramos, quando sem medida, influenciamos os crentes a interpretação unilateral de passagens bíblicas para favorecer o Cristianismo.

Erramos quando associamos todos os fariseus e escribas a pessoas hipócritas e desprovidas de temor a Deus e erramos num grau ainda maior, quando conscientemente usamos o texto bíblico para confirmar nossa linha de raciocínio. Erramos quando sem qualquer razão plausível omitimos o contexto sócio-cultural da época, sem dar o direito de alguém conhecer a Verdade.

Erramos porque não conhecemos as Escrituras e nem o poder de Deus.



Marion Vaz


O presente artigo demonstra a minha indignação ao ler uma lição de Escola Dominical que associa fariseus e escribas a hipocrisia, favorecendo a ignorância das pessoas em relação à religião judaica.

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