sexta-feira, 27 de maio de 2011

Kit Anti-homofobia

Após protestos das bancadas religiosas no Congresso, a presidente Dilma Rousseff determinou a suspensão do kit anti-homofobia, que seria distribuído nas escolas.

Através de um convênio firmado entre o Ministério da Educação (MEC), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e a ONG Comunicação em Sexualidade (Ecos) o kit de material “educativo” composto de vídeos, boletins e cartilhas com abordagem do universo de adolescentes homossexuais seria distribuído para 6 mil escolas da rede pública em todo o país do programa Mais Educação.

O kit que estava sendo analisado pelo MEC também fazia parte de um programa Escola Sem Homofobia, do Governo Federal, e contém material didático-pedagógico direcionado aos professores. O objetivo era dar subsídios para eles abordarem temas relacionado à homossexualidade com alunos do ensino médio.

No entanto para as bancadas evangélica, católica e da família o kit representava uma afronta aos valores morais e religiosos defendidos tanto pela Igreja como pela Sociedade e promovia o proselitismo “homo afetivo” nas escolas.

Para alguns a suspensão do kit, a longo ou curto prazoinsentiva a já acentuada discriminação. Para o deputado Lincoln Portela o conteúdo do material didático é “virulento” e a didática muito agressiva.

O que é a homofobia?

“O termo é usado para descrever uma repulsa face às relações afetivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos homossexuais e todos os aspectos do preconceito e da discriminação anti-homossexual”.

Apesar de ter vetado a distribuição do material, Dilma afirmou que o governo continua a defender a educação e a luta contra práticas homofóbicas, mas que nenhum ministério vai fazer "propaganda de opções sexuais".

Embora Fernando Haddad tenha negado que as bancadas religiosas do Congresso usaram o caso como moeda de troca política com o Planalto, apesar das ameaças públicas feitas pelos líderes religiosos de obstruir a pauta no Congresso e de criar CPIs para investigar atos do governo, o Ministro da Educação disse que a discussão sobre o assunto deixou de ser técnica e tornou-se política.

Para os homoafetivos deu-se um passo importante com a instituição do dia 17 de maio, como Dia Nacional de Combate à Homofobia, a partir de decreto assinado no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Já na Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul o projeto de lei nº 171/10, de autoria dos deputados Paulo Duarte e Junior Mochi, institui semana passada o Dia Estadual de Combate à Homofobia. Ao todo, são oito os estados brasileiros a aderir ao projeto. A proposta foi formulada a partir de um pedido do CentrHo (Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia) e de acordo com os parlamentares.

O dia 17 de maio foi escolhido para mobilização contra homofobia, pois em 1990 a Organização Mundial de Saúde deixou de considerar a homossexualidade uma doença. Desde então, a data é celebrada internacionalmente como o Dia de Combate à Homofobia.

Mas voltando ao assunto, eu queria propor ao nosso Governo mostrar toda essa preocupação com a educação de jovens e adolescente, idealizando um outro kit: o KIT EDUCAÇÃO. Cada aluno da rede pública receberia um PASSE para entrar na faculdade sem ter que enfrentar aquele monte de concursos que só servem para arrecadar mais dinheiro.

O governo se mobilizaria para construir mais faculdades e o aluno sairia do Ensino Médio com vaga garantida! Interessante não?

Imagine um Kit Educação contendo uma vaga numa Escola Técnica ou Faculdade, um cartão magnético para compra livros e um vale transporte? Muito fantasioso? Sério!? Mas você há de concordar, que pelo andar da carruagem, dinheiro pra projetos é o que não falta!



Marion Vaz

Fonte: http://www.google.com.br/

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