sábado, 9 de fevereiro de 2013

Samba, suor e sangue


 

Enquanto assisto o desfile de Escolas de Samba pela TV fico imaginando que todo ano repetimos os mesmos rituais. No feriado de carnaval alguns teimam em se retirar para lugares mais calmos. Outros curtem os desfiles em suas casas pela TV, pois não abrem mão do conforto e da segurança de suas poltronas.

Mas a grande maioria nem por um segundo pensou em abrir mãos de seus sonhos, dos blocos carnavalescos, das escolas de samba, fantasias e adereços. O que transforma a cidade do Rio de Janeiro e demais localidades num imenso mar de gente que navega pelas ruas do Centro.

É tanta gente que as vistas não conseguem saber quem é quem. E os foliões seguem passo a passo o seu ritual de todos os anos. Eles se enfeitam com suas fantasias mil, que a gente se confunde com tantas cores, tanto ardor e tanta loucura e porque não dizer paixão!. Eles pulam, gritam, cantam e cada um sabe de cor a letra do samba  da sua Escola. Ninguém tem fome, sede,  dor ou cansaço até cumprir e com excelência o seu destino.

E pra quem ouve de longe ou de pertinho, logo se contagia com tanta alegria e ritmo. O coro se mistura com a batida frenética da bateria, o corpo se ajusta ao rebolado do participantes, a leveza dos passistas e a ginga do povo que acompanha tudo das arquibancadas.

Não existe amanhã. O agora é que é magnífico. Não existe futuro, só um presente pleno de realizações, seja ele por uma eternidade, seja apenas por 55 minutos.

Isso é que é Carnaval. Uma mistura quase “divina” de samba, suor e sangue.

MarionVaz

 

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