domingo, 28 de dezembro de 2014

Mal me quer Bem me quer




Ser agradável, generoso, agradecido não faz mal a ninguém. Coisa mais sem propósito é ver aquela pessoa ranzinza reclamando de tudo sem dar o menor valor a alguém ou a algum favor prestado.

Pois é, esse conceito de mal me quer ou bem me quer, parece desproporcional quando se trata da outra pessoa. Àquela que passou parte da vida cuidando dos filhos, alimentam, ensinando até chegarem a juventude.


Nesta fase de afirmação quando não dependem tanto da gente (entre aspas), começam a trabalhar e ser mais independentes. OK,  tudo bem.


Coisa chata mesmo é quando começam a "jogar na cara" qualquer coisinha que fizeram ou compraram pra dentro de casa, como se fosse exploração. Não lavam um copo, a roupa que vestem... Mas se sentem no direito de até humilhar os pais. E olha que eu já vi isso acontecer muitas vezes! Aquela roupagem de família feliz acaba numa fração de segundos, principalmente quando a pessoa tem um temperamento mais explosivo. A solução é deixar falar o que quiser e ignorar os blábláblás.



Como eu tenho uma certa dose de vergonha na cara, um orgulho pra lá de exagerado e um toque de "dane-se" prefiro abrir mão de certas coisas. Então chego bem pertinho da pessoa e faço a seguinte declaração:

- Você está liberado de qualquer compromisso em relação a minha pessoa ou a casa. Use o seu dinheiro em benefício próprio.


Eu fiz isso com meu ex marido e o dispensei da tão "sofrida" pensão alimentícia, ja que ele fazia um drama danado para  o pagamento. Mas isso foi coisa minha e eu não aconselho ninguém a fazer o mesmo. Acredito que os filhos de casais separados tem direito a pensão alimentícia e que é uma obrigação dos pais prover o bem estar dos filhos.


Mas se tem algo que eu odeio é gente fazendo um relatório das coisas que paga para outra, e não importa quanto tempo passou! E pior quando todo mundo mora na mesma casa e usufrui de tudo. Além do mais, seria ótimo ter uma lei obrigando os filhos adultos a ajudar a mãe, e principalmente em caso de necessidade.


Ai alguém me censura: Que isso, agora você pegou pesado, ninguém precisa ser obrigado por lei a ajudar financeiramente os pais... Vai nessa... Sério mesmo? Tem mãe que cria os filhos com dificuldade, abandona a vida social e profissional e depois de tanto sacrifício, eles crescem, trabalham e gastam tudo em festinhas ou pagando juros sobre juros de cartões de créditos.


Para quem não entendeu o que o título do texto tem a ver com o assunto, eu explico: É muito fácil fazer dúzias de declarações de amor ou amizade, agradecimentos e tapinhas nas costas, mas quando se trata de recompensar alguém financeiramente o caso muda de figura.




Marion Vaz
 

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