quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fruto Proibido

Lá está ela, no meio do jardim!
Formosa e carregada de frutos.
Parecem tão belos, desejo sentir o aroma.

Passo a passo chego mais perto
Como se algo me atraísse. Talvez não sejam assim tão ruins.
A falsa amiga também está lá, ela me observa,
Sorri como se dissesse: Não tem nada de mais em ver!




Chego mais perto, mais...
Perto demais.
A cor vibrante me cativa, preciso tocar, preciso...




Olho a minha volta, não há mais ninguém.
Ninguém para me criticar, ninguém para me acusar.

Rasteira, a serpente caminha a minha volta,
E destila o seu veneno cruel: Pegue! É seu! Não queres ser igual a Deus?

Envolvente, deslumbrante, lá está ele: O fruto proibido!
As minhas mãos o tocam, deslizam sentindo a leveza,
O aroma me atrai e meus lábios o desejam. Coma! Sinta o sabor!

A razão falha, as Ordenanças desaparecem encobertas por uma névoa. Não posso mais resistir à tentação! Pensa a Bela do Édem.

Na primeira mordida a inocência se esvai,
E o desejo toma forma de...
Pecado!



Marion Vaz

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