quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Luz na Escuridão


Jesus define uma das principais características do crente: “vós sois a luz do mundo”
(Mateus 5. 14).




Imagino que ser luz implica que alguém está em trevas, tateando, perdido, até mesmo esquecido em meio a uma escuridão espiritual. A luz deve dissipar as trevas ao redor do pecador, que uma vez iluminado, tenha entendimento para encontrar o Caminho da salvação.

Essa é a grande responsabilidade diante de Deus porque as trevas são densas. Requer um compromisso de dar um testemunho verdadeiro diante da sociedade, para que o nome do Senhor seja glorificado e não envergonhado. Aquele que pratica as mesmas obras do descrente tem a mesma serventia que uma lâmpada queimada. A luz que há nele são trevas (Mt 6.23).

Ao optar em ser nova criatura, o homem começa seu processo de santificação. Suas atitudes devem concorrer para a paz e a harmonia por onde quer que passe. Jesus afirma que a luz deve estar no velador, acima de todos, para que possa clarear e ser vista por todos.

A Bíblia relata a história de dois homens que davam exemplo de retidão e sabedoria: José e Daniel. Homens íntegros e tementes a Deus, contra os quais “não se podia achar ocasião ou culpa alguma”. Que exemplo a ser seguido! Parafraseando, eram como cidades erguidas sobre os montes, cidades que não se podiam esconder. Cidades que se destacavam na paisagem. E é isso que se espera do bom cristão, que possua características que se destaquem no dia a dia.

Um bom testemunho por parte do crente inibirá o descrente a ponto de controlar suas palavras e atitudes na presença do servo de Deus.


Visão Turva

Mas como iluminar se a luz é fraca ou pior: nula? Como perceber que a luz não faz mais efeito algum sobre o pecador?

A resposta é simples: Quando o crente se esconde e quer passar despercebido (Mt 5.15). Quando é tido como mais um no meio da multidão e ninguém sabe que ele é crente! Quando comete pecado e não sente mais a presença do Espírito Santo de Deus. Quando as atitudes passam a ser iguais ou piores que as do descrente. E existem sim pessoas que se enquadram nessa situação! Às vezes, usando o bom e velho ditado popular, queremos “tapar o sol com a peneira” e os maus exemplos ficam por aí, perambulando pelas corredores das igrejas!

Quando a luz é fraca, a visão fica turva e não pode mais fazer diferença entre o que é certo ou errado. E no pior dos casos acham-se desculpas para tal procedimento.

Ficamos estarrecidas diante do crescente número de pessoas que não demonstram uma conversão genuína. Não basta apenas induzir o pecador a Cristo. É preciso conduzi-lo, estruturar na fé e na palavra para que não se tornem presas fáceis do diabo. A tendência humana é deixar-se influenciar pela maioria e ser luz deixa de ser essencial para agradar aos amigos. O perigo dessa flexibilidade é a gangorra espiritual. O cogitar entre dois pensamentos, um desequilibro que gera a morte.


“Que comunhão tem a luz com as trevas?” Pergunta o apóstolo Paulo aos coríntios (6.14).



A Luz Domina as trevas

Certo comentarista querendo ser eloqüente em seu discurso disse a seguinte frase aos seus ouvintes: A luz briga com as trevas!

Esse mesmo pensamento induz muitas pessoas a uma guerra espiritual contínua quando na verdade a Luz domina sobre as trevas! Basta acender uma lâmpada num determinado ambiente para que ele fique claro.

E na vida espiritual também. A Luz prevalece! Não há motivo para um impasse, para constrangimentos, para empate com se fossem “mocinho e bandido” brigando, como nos filmes da TV.

A luz que se transmite deve ser um farol na vida daqueles que estão em trevas. Consciente dessa responsabilidade, Tiago descreve em sua epístola: “aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados” (5.20).


Marion Vaz

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