segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Ressurreição de Jesus nos dias atuais



                       

O tema em si já é bem complexo devido às mudanças que tal ressurreição implica na vida daquele que tem a Cristo como seu Salvador pessoal. Ao receber a salvação em Jesus o “velho homem” deixa de existir para dar lugar à “nova criatura”.

Isso requer abnegação e paciência, força de vontade e espiritualidade, conversão genuína e amor pela Palavra de Deus. São mudanças complexas na vida que muitas vezes se estendem a família, a empresa, aos parentes e amigos.  

Mas a Morte e Ressurreição de Jesus já são comemoradas no ato da celebração da Santa Ceia nas Igrejas cristãs. Igrejas Católicas também fazem referência a história que se tornou o pilar da cristandade.

Num mundo considerado cristão, frase que não tem muita lógica se confrontada teologicamente, Jesus passou a ser o personagem central na vida, nos negócios, na mídia, na fé e na religiosidade das gentes. Ou seja, Jesus se tornou tão popular que temo que ele tenha deixado de ser especial.

E nessa época do ano então, cujo feriado de Páscoa relembra o ato de entrega total de Jesus para salvação da humanidade, o Cristo que deveria ocupar o coração, a mente e vida das pessoas, perdeu lugar nas “prateleiras”.

Pois o que se viu foi uma eufórica corrida em busca, não de salvação, de comunhão, de remissão de pecados, mas uma corrida por chocolate e ovos de Páscoa e outras guloseimas do gênero.











Veja que o termo “ovos de Páscoa” já soa como algo predominante dessa época do ano. E é claro admitindo as belas exceções feitas por aqueles que cristãos devotos, a maioria das pessoas esqueceu-se do verdadeiro significado pascoal para os cristãos: Morte e Ressurreição de Jesus.

Enquanto isso, em algumas cidades e em outras partes do mundo, a data foi comemorada como de costumes: Cristãos devotos assistiram missas, fizeram suas orações, outros assistiram peças teatrais que abordaram o tema, pagaram promessas, fizeram jejuns, almoços com a família e coisas do gênero que marcam a tradição.

Mas assistindo ao culto religioso de ontem, deparei com um contratempo em que ninguém fez referência a essa festa. Não que não tenham falado em Jesus, ofertas, etc., mas o significado do domingo de páscoa não foi sequer mencionado. O que aconteceu também no Dia da Bíblia. 

Talvez a culpa deva cair sobre os diversos cultos temáticos que agora fazem  parte da liturgia cristã, em que o domingo sujeito e elaborado de acordo com tal programação exclui tais datas. Talvez encontro agora uma razão para ter deixado do ambiente da mesma forma como entrei... Talvez...
 
Contudo o fato ocorrido reflete em descaracterização da religião e suas tradições. Imagino que daqui a alguns anos teremos dificuldade até mesmo de lembrar ou confirmar certos fatos bíblicos.

Mas também quero parabenizar as Igrejas que fizeram do feriado de Páscoa uma verdadeira festa religiosa. Lembrando também que tal data tem o seu propósito judaico de comemorar a saída do povo de Israel do Egito e sua sobrevivência para herdar a Terra prometida.

Faço votos que tal texto sirva para despertar a nossa consciência e a nossa espiritualidade.

Marion Vaz


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