segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pulseira do Sexo


Antigamente, as crianças e adolescentes brincavam de cantigas de roda, de pique esconde, pique lata, amarelinha, passaraio e outras dessas brincadeiras que no meu tempo, eram bem comuns.

Com o avanço da tecnologia, essas diversões foram esquecidas e deixadas no passado. Hoje em dia, se alguém perguntar sobre elas pode até estar “pagando um mico”. As cantigas de roda viraram lendas e são comentadas como informações culturais de alguma região brasileira. Ainda há aqueles que vão achar que podem conter “mensagens subliminares”.

A letra da cantiga “atirei o pau no gato” foi substituída por “não atire o pau no gato” a fim de conter a violência e os maus tratos aos animais. Algo que eu não posso discordar.

Agora são comuns outros tipos de diversões que associadas a tecnologia, admitimos, serem bem mais atraentes para jovens e adolescentes. Via Internet é fácil postar recados, brincar com os mais variados jogos on-line e pasmem, crianças podem brincar de bonecas, vesti-las e curtir o momento como se fossem verdadeiras estilistas!

Concordamos que, com a violência imperando em nosso país, é bem mais seguro para os pais ter os filhos dentro de casa. E nada mais gratificante do que saber que mesmo on-line eles estão protegidos. Embora haja muitos casos de crianças serem abordadas por pedófilos e outros tipos de invasão domiciliar, para os quais, os próprios pais e parentes devem atentar.

No entanto, a mais nova onda entre os adolescentes, assustou a sociedade: a pulseira do sexo. Vendida “aos montes” cada cor designa uma atitude que, quando rebentada, o adolescente envolvido na “brincadeira” deve imediatamente favorecer ao outro.

Há algo de perverso e vulgar no uso de tais pulseiras, que, além de incentivarem uma vida desregrada, obrigam aqueles que usam a pulseira como enfeite, a saciar os desejos sexuais de alguém que ela acaba de conhecer.

Foi o que aconteceu em Londrina, quando uma adolescente sofreu abusos sexuais. A família procurou a delegacia e deu queixa. O caso foi parar nos jornais e causou polêmica quando o prefeito decretou a proibição do uso da pulseira nas escolas como medida de prevenção. Vários Estados brasileiros tomaram a mesma atitude.

Cabe agora aos pais alertar os filhos sobre o assunto. É preciso estar atento ao comportamento. O diálogo é sem dúvida o melhor caminho para ter noção do que acontece ao redor das nossas crianças.

Marion Vaz

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